(Fotografia: Hagens Berman Axeon) |
Mas há que começar por um dos grandes momentos do ciclismo nacional. João Almeida venceu uma das principais clássicas nos sub-23, pois mesmo não estando incluída na Taça das Nações, basta ser uma das corridas que em elite é considerado um monumento, pelo que vencer nos escalões mais jovens é do mais prestigiante para os ciclistas que ambicionam alto. Almeida confessou no final que tinha acabado de concretizar um segundo sonho este ano: o primeiro foi ir para a Hagens Berman Axeon, o segundo, vencer a Liège-Bastogne-Liège.
Este é um ciclista que tem razões para sonhar bem alto. Estamos a falar de um corredor que dominou os escalões de juniores, juntamente com Daniel Viegas (actualmente na equipa sub-23 de Alberto Contador, a Polartec-Kometa), e que não hesitou em ir para o estrangeiro com apenas 18 anos.
Este é um ciclista que tem razões para sonhar bem alto. Estamos a falar de um corredor que dominou os escalões de juniores, juntamente com Daniel Viegas (actualmente na equipa sub-23 de Alberto Contador, a Polartec-Kometa), e que não hesitou em ir para o estrangeiro com apenas 18 anos.
Na Unieuro Trevigiani-Hemus 1896 venceu uma etapa no Tour de Mersin (Turquia), na Toscana Terra di Ciclismo Eroica e na Volta à Ucrânia, onde foi ainda o vencedor da classificação da juventude. Ainda a época não tinha terminado e a Hagens Berman Axeon tinha apresentado um contrato a João Almeida. A resposta está aí. É considerada uma das melhores equipas de formação e Axel Merckx tem colocado muitos ciclistas no World Tour, como foi o caso de Ruben Guerreiro. O director da equipa reagiu à vitória de Almeida no Twitter e dificilmente podia ser mais expressivo: "Yeaaaaaahhhhh!"
O melhor resultado na Liège-Bastogne-Liège tinha sido precisamente de Guerreiro, agora da Trek-Segafredo. Foi terceiro, atrás de Logan Owen - que era seu companheiro de equipa e agora está na EF Education First-Drapac p/b Cannondale - e de um "tal" Pavel Sivakov, um dos ciclistas que mais curiosidade está a gerar actualmente, tendo este ano assinado pela Sky.
Recuando um pouco na lista de vencedores encontramos Michael Valgren (Astana e que este ano ganhou a Omloop Het Nieuwsblad), Tosh Van der Sande (Lotto Soudal), Ramunas Navardauskas (Bahrain-Merida), Jan Bakelants (AG2R) e Grega Bole (Bahrain-Merida). Mais recentemente triunfaram Bjorg Lambrecht (Lotto Soudal) e Guillaume Martin (Wanty-Groupe Gobert), dois jovens que este ano se vão estrear na elite e sobre os quais recai enorme expectativa para os seus futuros.
Recentemente, numa entrevista ao Volta ao Ciclismo, João Almeida salientou que sentia que tinha "de corresponder à expectativa", apesar de os responsáveis da equipa não lhe estarem a colocar pressão. "Não me pediram nada de especial. Apenas para estar numa boa forma e para gostar do que faço", disse então (poder ler aqui a entrevista completa). Podem não lhe ter pedido nada de especial, mas, com apenas 19 anos, João Almeida conseguiu algo muito, muito especial.
De referir ainda o 20º lugar de Ivo Oliveira, a 40 segundos do companheiro de equipa. Já Tiago Antunes foi 107º, a 10:14, naquela que foi a última corrida do português com a camisola do Centro Mundial de Ciclismo da UCI. Antunes escreveu no Facebook que lhe foi "prometido um calendário recheado com corridas UCI, incluindo o Giro para sub-23, a verdade é que tal não tem sido cumprido". Assinou pela Aldro Team, equipa sub-23 de Manolo Saiz.
Classificação via ProCyclingStats (texto continua em baixo).
E no ZLM Tour...
De referir ainda o 20º lugar de Ivo Oliveira, a 40 segundos do companheiro de equipa. Já Tiago Antunes foi 107º, a 10:14, naquela que foi a última corrida do português com a camisola do Centro Mundial de Ciclismo da UCI. Antunes escreveu no Facebook que lhe foi "prometido um calendário recheado com corridas UCI, incluindo o Giro para sub-23, a verdade é que tal não tem sido cumprido". Assinou pela Aldro Team, equipa sub-23 de Manolo Saiz.
Classificação via ProCyclingStats (texto continua em baixo).
E no ZLM Tour...
Da Bélgica para a Holanda. A Selecção Nacional procurava garantir desde já o apuramento para os Mundiais no ZLM Tour, esta sim uma corrida da Taça das Nações. O objectivo estava bem definido: ficar entre os 15 primeiros para assim pontuar. Era tudo o que era necessário para a questão da qualificação ficar resolvida.
José Poeira seleccionou um grupo de muita qualidade e foi Rui Oliveira quem selou a presença de Portugal nos Mundiais de Innsbruck, na Áustria. O ciclista foi sétimo, numa corrida ganha pelo italiano Matteo Moschetti, que tem somado vitórias na Polartec-Kometa de Alberto Contador e já garantiu um contrato com a Trek-Segafredo.
"A equipa esteve bem ao longo de toda a corrida, cumprindo o objectivo de estar na discussão do ZLM Tour e de garantir os primeiros pontos na Taça das Nações. Agora há que pensar no futuro e, especialmente, na Corrida da Paz, outra prova da Taça das Nações, na qual um bom desempenho pode valer o apuramento para a Volta a França do Futuro", realçou o seleccionador José Poeira.
Quanto aos outros portugueses, a corrida não foi fácil. André Crispim sofreu uma queda, mas chegou no pelotão (37º), Francisco Campos foi 100º, a 2:14 minutos, Daniel Viegas, 110º, a 5:30, Miguel Salgueiro, 111º, também a 5:30. Marvin Scheulen, que furou numa altura decisiva da prova, abandonou.
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