(Fotografia: © BMC Racing Team) |
Andy Rihs foi um dos mentores daquela que viria a tornar-se numa das equipas mais fortes do pelotão internacional. Entrou para o ciclismo quando a empresa que pertencia à família e onde trabalhava, a Phonak, passou a patrocinar uma equipa em 2000. Nesse mesmo ano tomou conta da BMC, passando a produzir as bicicletas com que os ciclistas da Phonak competiam. A BMC Racing Team surge em 2007, numa parceria entre Rihs e Jim Ochowicz e tem sido um projecto de sucesso, com destaque para a vitória na Volta a França com Cadel Evans, em 2011.
"O Andy não era apenas o dono e o principal patrocinador da BMC Racing Team, mas também um amigo que aproveitava a vida e adorava partilhar a alegria. Um visionário exemplar, um ávido adepto do desporto, um apaixonado ciclista e um grande apoiante da modalidade deixou-nos. A generosidade, senso de humor e o sorriso contagiante marcavam o homem que tem estado ao nosso lado desde o início da BMC Racing Team. A nossa dor é indescritível, mas vamos continuar os seus valores", lê-se no comunicado da equipa.
Na equipa Phonak, uma empresa dedicada a aparelhos auditivos, Rihs viu ser construída uma equipa que em sete anos chegou à vitória na Volta a França. Por lá passaram ciclistas como Oscar Pereiro, Santiago Botero, Axel Merckx, Oscar Sevilla e Alex Zülle, por exemplo. No entanto, o que deveria ter sido um momento de glória, ditou o final da equipa. Floyd Landis foi apanhado nas malhas do doping e perdeu o Tour para Oscar Pereiro, que nesse ano se tinha mudado para Caisse d'Epargne-Illes Balears (actual Movistar).
Fim da linha para a Phonak e a empresa até mudou de nome para Sonova. Rihs não perdeu tempo e juntou-se a Ochowicz para criar a BMC Racing Team. Apesar da origem suíça, a equipa sempre teve a bandeira americana. São mais de 200 vitórias. Venceu etapas em todas as grandes voltas, mas a grande conquista foi a geral do Tour com Cadel Evans. Greg van Avermaet deu um monumento à equipa ao vencer o Paris-Roubaix no ano passado, com a BMC a ser uma especialista no contra-relógio com dois títulos mundiais em 2014 e 2015.
Apesar do sucesso da BMC e de actualmente continuar a ter um dos melhores plantéis, com Richie Porte a ser um sério candidato ao Tour, ainda assim o futuro da equipa é incerto. Rihs partilhava a preocupação do director Jim Ochowicz em encontrar um reforço financeiro para garantir a continuidade da estrutura, que ainda não está assegurado.
Andy Rihs tinha 75 anos. Morreu num hospital em Zurique após doença prolongada.
Sem comentários:
Enviar um comentário