A aventura em Portugal poderia ter começado em 2017, mas problemas com o visto afastaram Soufiane Haddi do pelotão nacional. Foi um ano difícil para o marroquino, depois de três anos na Skydive Dubai. Porém, a amizade com Edgar Pinto manteve-se e o ciclista português voltou a querer Haddi ao seu lado e desta feita tudo correu bem. A Vito-Feirense-Blackjack ganhou um ciclista que se compromete a fazer o que for preciso para estar a 100% para ajudar o amigo a ganhar a Volta a Portugal.
Porém, o ano não começou da melhor forma e atrasou a preparação física de Haddi. Em Janeiro foi à La Tropicale Amissa Bongo, no Gabão, e ao serviço da selecção sofreu uma queda na segunda etapa, tendo mesmo de passar pelo hospital. O marroquino admitiu que não tem sido fácil recuperar a condição física, mas está confiante que quando chegar o momento mais importante da temporada, vai corresponder às expectativas. "Espero conseguir estar em força e o meu objectivo para esta época, com esta equipa, é a Volta a Portugal. Vou correr e treinar muito bem a pensar nisso", assegurou ao Volta ao Ciclismo.
Soufiane Haddi agradece a confiança da equipa, do director desportivo Joaquim Andrade e claro de Edgar Pinto, um amigo que diz ter sido decisivo para aceitar competir em Portugal. "Estou muito feliz por estar aqui, precisamente porque estou com o meu amigo. Ele ligou-me e eu queria vir já no ano passado, mas tive problemas com os papéis, mas este ano correu tudo bem", contou. "Para mim é melhor correr com uma equipa e não apenas ficar no meu país a correr pela selecção. O Edgar é meu amigo e foi por ele que vim", acrescentou.
Por Marrocos é um especialista do contra-relógio, contando com quatro títulos nacionais, entre 2013 e 2016. Em 2015 juntou ainda o título de estrada. No entanto, o momento que poderia fazer sonhar com uma viragem na carreira acabou por não se confirmar como um salto para voos maiores. Estávamos em 2016, quando venceu a classificação da juventude da Volta a Dubai. Nomes como Marc Soler, Jan Polanc, Michael Gogl, Natnael Berhane pertencem a essa lista, estando actualmente a afirmarem-se ao mais alto nível. Por curiosidade, Marcel Kittel ganhou essa edição da corrida.
Foi o arranque para uma época de 2016 positiva em termos de resultados, mas a Skydive Dubai afundou-se financeiramente e o projecto fechou portas. Falhada a mudança para a então LA Alumínios-Metalusa-Blackjack, Haddi perdeu praticamente um ano de ciclismo. "A estrutura da equipa era diferente", recordou, comparando com a que encontrou na Vito-Feirense-Blackjack. "Aqui tenho todas as condições para treinar e correr apesar da equipa ser mais pequena", acrescentou. A única dificuldade de adaptação que encontrou acabou por ser a barreira linguística. Contou que na Skydive Dubai, entre o inglês e francês todos os ciclistas conseguiam entender-se. "Aqui é mais difícil, mas os ciclistas falam um pouco de inglês", disse, salientando como sente que encontrou uma família.
Haddi considera que essa união é uma das armas da equipa: "Aqui todos trabalhamos uns para os outros." Naturalmente que o marroquino espera conseguir vir a estar na discussão de alguma corrida, até para assim conseguir definitivamente relançar a sua carreira aos 27 anos. No entanto, prefere, para já, colocar como objectivo estar a bom nível no apoio aos colegas: "É normal que eu queira também ganhar, mas para mim é mais difícil, pois estive um ano sem correr e depois comecei a época com uma queda. É difícil, mas vou tentar recuperar a minha condição e estar no meu melhor nas próximas corridas."
E essa será na Volta a Marrocos, sendo que irá vestir novamente as cores da selecção nacional. A corrida arranca amanhã em Rabat e termina dia 15, em Casablanca. Haddi não se importa nada com este regresso, pois se há outro factor que lhe está a custar adaptar-se em Portugal é o frio!
Quanto a vitórias, Haddi realçou que a de Edgar Pinto na quarta etapa da Volta ao Alentejo, na chegada a Portalegre, foi importante. Deu tranquilidade e ainda mais ambição. "Agora desejamos mais e mais." Porém, pede que, além da equipa estar em boas condições físicas, que tenha um pouco de sorte.
Ainda são poucas as corridas feitas em Portugal, mas Haddi destaca a dureza que tem encontrado. "Mas eu gosto", afirmou. E não hesita em dizer que aconselharia outros ciclistas do seu país e de outras nações africanas, a tentarem integrar uma equipa portuguesa. "No meu país é difícil fazer este desporto, correr na Europa e noutras grandes corridas. Claro que os aconselho a vir para Portugal!"
Agora é tempo de pensar em si próprio e na Vito-Feirense-Blackjack, pois terminada uma primeira fase de temporada mais intensa, o calendário acalma até que no final de Maio arrancará a todo o gás até à Grandíssima. É com a maior das naturalidades que deixou a garantia: "Claro que podemos ganhar a Volta a Portugal. Eu desejo isso e uma das condições para vir para aqui foi apresentar-me bem nessa corrida."
»»Edgar Pinto: "Cheguei mesmo a ponderar abandonar"««
»»João Matias: "Se me dão mais responsabilidade é porque estão a acreditar em mim e foi algo que eu conquistei"««
»»Joaquim Andrade: "Estamos confiantes que poderemos criar a curto prazo um projecto muito forte no ciclismo"««
Soufiane Haddi agradece a confiança da equipa, do director desportivo Joaquim Andrade e claro de Edgar Pinto, um amigo que diz ter sido decisivo para aceitar competir em Portugal. "Estou muito feliz por estar aqui, precisamente porque estou com o meu amigo. Ele ligou-me e eu queria vir já no ano passado, mas tive problemas com os papéis, mas este ano correu tudo bem", contou. "Para mim é melhor correr com uma equipa e não apenas ficar no meu país a correr pela selecção. O Edgar é meu amigo e foi por ele que vim", acrescentou.
"Tenho todas as condições para treinar e correr apesar da equipa ser mais pequena"
Por Marrocos é um especialista do contra-relógio, contando com quatro títulos nacionais, entre 2013 e 2016. Em 2015 juntou ainda o título de estrada. No entanto, o momento que poderia fazer sonhar com uma viragem na carreira acabou por não se confirmar como um salto para voos maiores. Estávamos em 2016, quando venceu a classificação da juventude da Volta a Dubai. Nomes como Marc Soler, Jan Polanc, Michael Gogl, Natnael Berhane pertencem a essa lista, estando actualmente a afirmarem-se ao mais alto nível. Por curiosidade, Marcel Kittel ganhou essa edição da corrida.
Foi o arranque para uma época de 2016 positiva em termos de resultados, mas a Skydive Dubai afundou-se financeiramente e o projecto fechou portas. Falhada a mudança para a então LA Alumínios-Metalusa-Blackjack, Haddi perdeu praticamente um ano de ciclismo. "A estrutura da equipa era diferente", recordou, comparando com a que encontrou na Vito-Feirense-Blackjack. "Aqui tenho todas as condições para treinar e correr apesar da equipa ser mais pequena", acrescentou. A única dificuldade de adaptação que encontrou acabou por ser a barreira linguística. Contou que na Skydive Dubai, entre o inglês e francês todos os ciclistas conseguiam entender-se. "Aqui é mais difícil, mas os ciclistas falam um pouco de inglês", disse, salientando como sente que encontrou uma família.
Haddi considera que essa união é uma das armas da equipa: "Aqui todos trabalhamos uns para os outros." Naturalmente que o marroquino espera conseguir vir a estar na discussão de alguma corrida, até para assim conseguir definitivamente relançar a sua carreira aos 27 anos. No entanto, prefere, para já, colocar como objectivo estar a bom nível no apoio aos colegas: "É normal que eu queira também ganhar, mas para mim é mais difícil, pois estive um ano sem correr e depois comecei a época com uma queda. É difícil, mas vou tentar recuperar a minha condição e estar no meu melhor nas próximas corridas."
"No meu país é difícil fazer este desporto, correr na Europa e noutras grandes corridas. Claro que os aconselho a vir para Portugal!"
E essa será na Volta a Marrocos, sendo que irá vestir novamente as cores da selecção nacional. A corrida arranca amanhã em Rabat e termina dia 15, em Casablanca. Haddi não se importa nada com este regresso, pois se há outro factor que lhe está a custar adaptar-se em Portugal é o frio!
Quanto a vitórias, Haddi realçou que a de Edgar Pinto na quarta etapa da Volta ao Alentejo, na chegada a Portalegre, foi importante. Deu tranquilidade e ainda mais ambição. "Agora desejamos mais e mais." Porém, pede que, além da equipa estar em boas condições físicas, que tenha um pouco de sorte.
Ainda são poucas as corridas feitas em Portugal, mas Haddi destaca a dureza que tem encontrado. "Mas eu gosto", afirmou. E não hesita em dizer que aconselharia outros ciclistas do seu país e de outras nações africanas, a tentarem integrar uma equipa portuguesa. "No meu país é difícil fazer este desporto, correr na Europa e noutras grandes corridas. Claro que os aconselho a vir para Portugal!"
Agora é tempo de pensar em si próprio e na Vito-Feirense-Blackjack, pois terminada uma primeira fase de temporada mais intensa, o calendário acalma até que no final de Maio arrancará a todo o gás até à Grandíssima. É com a maior das naturalidades que deixou a garantia: "Claro que podemos ganhar a Volta a Portugal. Eu desejo isso e uma das condições para vir para aqui foi apresentar-me bem nessa corrida."
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