Richie Porte espera que possa haver uma continuidade do projecto da BMC. O australiano está feliz na equipa, mas confessa que começa a ser stressante as semanas passarem e não se saber se em 2019 a estrutura mantém-se ou não. Maio está aí, o que significa que se aproxima a data limite que Porte tinha definido para definir o futuro. Caso a BMC não desse certezas, o ciclista tinha alertado que iria começar a procurar uma nova equipa.
Estávamos no arranque da Volta ao Algarve quando o australiano deixou o aviso. Em final de contrato, Richie Porte é um ciclista que, apesar de já ter 33 anos, é dos mais valiosos do pelotão. Apesar de lhe ainda faltar um grande resultado numa volta de três semanas - entre furos e quedas, o azar tem perseguido o australiano - é um ciclista que oferece garantias de estar na luta por vitórias. Sair da Sky para a BMC foi um passo acertado na sua carreira em 2016, deixando de vez o papel de escudeiro de Chris Froome, para ser líder indiscutível.
Apesar da prioridade ser ficar na BMC se a estrutura tiver futuro - mesmo que seja com outro patrocinador -, não hesitará sair se a incerteza se arrastar até final de Maio. "Não quero mentir. É um pouco stressante. Nós andamos de bicicleta e é o trabalho dos directores encontrar um patrocinador para o próximo ano. Seria triste ver a BMC sair. É uma grande equipa e tivemos uns anos muito bons", salientou Porte ao Cycling News. O australiano considera que chegou o momento da verdade, mas avança que não tem conhecimento se já há propostas em cima da mesa para assinar por outra equipa. "Não tenho a certeza. Terá de perguntar ao meu empresário, Andrew McQuaid", disse, acrescentando que vai fazendo figas para que a BMC se mantenha na estrada em 2019.
Porte recordou como na BMC se está a sofrer com a morte de um dos seus mentores, Andy Rhis: "Esta equipa era a sua paixão e queremos que isso continue." O director Jim Ochowicz está a tentar salvar um projecto que na última década se tornou dos mais fortes no ciclismo. Porém, arrisca-se a começar a perder corredores se não conseguir garantir o dinheiro necessário para manter uma equipa do nível World Tour.
Greg van Avermaet é a outra estrela da equipa. O seu limite é um pouco mais alargado do que o de Richie Porte, mas o belga também já alertou que após a Volta a França irá querer definir o seu futuro.
Há um ano foi a outra equipa americana que ameaçou fechar portas. A então Cannondale-Drapac chegou inclusivamente a recorrer ao crowdfunding para angariar o dinheiro que lhe faltava, mas um patrocinador acabou por aparecer: a Education First. Agora é a BMC que confirma as dificuldades que já eram faladas em 2017. Além de Porte e Avermaet, nomes como Dylan Teuns, Rohan Dennis, Alessandro de Marchi, Damiano Caruso, Nicholas Roche, Jurgen Roelandts e mesmo Tejay van Garderen - ainda que estejamos perante um ciclista que suscita cada vez mais dúvidas, não dando tantas garantias como se esperaria nesta fase da sua carreira -, estarão a entrar em potenciais listas de reforços.
Por agora, Richie Porte quer manter-se concentrado no seu objectivo não só de temporada, mas de carreira: a Volta a França. A temporada não tem sido fácil. Uma infecção respiratória obrigou-o a falhar o Tirreno-Adriatico e foi um mês e meio sem competir. Depois da Volta ao Algarve (27º), regressou na Volta ao País Basco, mas abandonou. Porém, na Volta à Romandia, o australiano deu mostras de estar a recuperar a forma, tendo terminado na terceira posição, a 35 segundos do vencedor, Primoz Roglic (Lotto-Jumbo).
Há um ano, Porte chegou num momento fantástico de forma ao Tour, mas uma queda não só acabou com a sua corrida, como com a temporada. Aos poucos, Porte volta a construir uma candidatura para tentar ganhar a competição que mais deseja.
»»Morrreu o dono da BMC««
»»Wolfpack, a história da alcunha da Quick-Step Floors que remonta a um gangue««
»»Um Chris Froome no Giro rodeado por algumas incertezas««
Estávamos no arranque da Volta ao Algarve quando o australiano deixou o aviso. Em final de contrato, Richie Porte é um ciclista que, apesar de já ter 33 anos, é dos mais valiosos do pelotão. Apesar de lhe ainda faltar um grande resultado numa volta de três semanas - entre furos e quedas, o azar tem perseguido o australiano - é um ciclista que oferece garantias de estar na luta por vitórias. Sair da Sky para a BMC foi um passo acertado na sua carreira em 2016, deixando de vez o papel de escudeiro de Chris Froome, para ser líder indiscutível.
Apesar da prioridade ser ficar na BMC se a estrutura tiver futuro - mesmo que seja com outro patrocinador -, não hesitará sair se a incerteza se arrastar até final de Maio. "Não quero mentir. É um pouco stressante. Nós andamos de bicicleta e é o trabalho dos directores encontrar um patrocinador para o próximo ano. Seria triste ver a BMC sair. É uma grande equipa e tivemos uns anos muito bons", salientou Porte ao Cycling News. O australiano considera que chegou o momento da verdade, mas avança que não tem conhecimento se já há propostas em cima da mesa para assinar por outra equipa. "Não tenho a certeza. Terá de perguntar ao meu empresário, Andrew McQuaid", disse, acrescentando que vai fazendo figas para que a BMC se mantenha na estrada em 2019.
Porte recordou como na BMC se está a sofrer com a morte de um dos seus mentores, Andy Rhis: "Esta equipa era a sua paixão e queremos que isso continue." O director Jim Ochowicz está a tentar salvar um projecto que na última década se tornou dos mais fortes no ciclismo. Porém, arrisca-se a começar a perder corredores se não conseguir garantir o dinheiro necessário para manter uma equipa do nível World Tour.
Greg van Avermaet é a outra estrela da equipa. O seu limite é um pouco mais alargado do que o de Richie Porte, mas o belga também já alertou que após a Volta a França irá querer definir o seu futuro.
Há um ano foi a outra equipa americana que ameaçou fechar portas. A então Cannondale-Drapac chegou inclusivamente a recorrer ao crowdfunding para angariar o dinheiro que lhe faltava, mas um patrocinador acabou por aparecer: a Education First. Agora é a BMC que confirma as dificuldades que já eram faladas em 2017. Além de Porte e Avermaet, nomes como Dylan Teuns, Rohan Dennis, Alessandro de Marchi, Damiano Caruso, Nicholas Roche, Jurgen Roelandts e mesmo Tejay van Garderen - ainda que estejamos perante um ciclista que suscita cada vez mais dúvidas, não dando tantas garantias como se esperaria nesta fase da sua carreira -, estarão a entrar em potenciais listas de reforços.
Por agora, Richie Porte quer manter-se concentrado no seu objectivo não só de temporada, mas de carreira: a Volta a França. A temporada não tem sido fácil. Uma infecção respiratória obrigou-o a falhar o Tirreno-Adriatico e foi um mês e meio sem competir. Depois da Volta ao Algarve (27º), regressou na Volta ao País Basco, mas abandonou. Porém, na Volta à Romandia, o australiano deu mostras de estar a recuperar a forma, tendo terminado na terceira posição, a 35 segundos do vencedor, Primoz Roglic (Lotto-Jumbo).
Há um ano, Porte chegou num momento fantástico de forma ao Tour, mas uma queda não só acabou com a sua corrida, como com a temporada. Aos poucos, Porte volta a construir uma candidatura para tentar ganhar a competição que mais deseja.
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