(Fotografia: Facebook Volta à Catalunha) |
A 1 de Julho temeu-se que a carreira de Valverde pudesse ter terminado, depois da grave queda no contra-relógio do Tour. O espanhol recuperou e regressou à sua senda vitoriosa: já são nove, contando com etapas, classificações gerais e montanha. Há algo que falta no seu currículo: a Amstel Gold Race. Tem cinco Flèche Wallonne e quatro Liège-Bastogne-Liège. Há três curiosidades que fazem com que Valverde vá receber muita atenção: será que vence finalmente a Amstel Gold Race; será que faz a tripla das Ardenas; será que bate o recorde de Eddy Merckx? Neste caso está a duas vitórias do belga na semana das Ardenas. Tem oito contra dez de Merckx, que venceu nas três corridas.
Mas fiquemos por agora pela competição que se realiza na Holanda. Há outro nome que procura uma marca história: Philippe Gilbert. O belga está a um triunfo de igualar o holandês Jan Raas, ou seja, cinco Amstel Gold Race. Não conseguiu o primeiro cinco do ano, isto é, ganhar a Milano-Sanremo e o Paris-Roubaix e assim ficar com os cinco monumentos, mas também admite não estar obcecado em ganhar este domingo. Aliás, avisa que a Quick-Step Floors tem outra arma a jogar: Julian Alaphilippe. Valverde tem andado a frustar o jovem belga nas outras duas corridas das Ardenas, mas já ficou mais do que claro que Alaphilippe é homem para se tornar numa figura destas clássicas na Holanda e Bélgica. E a equipa bem precisa de uma vitória, afinal há uma semana que não ganha!
Michal Kwiatkowski venceu em 2015 e foi segundo em 2017, atrás de Gilbert. O polaco da Sky já se tornou um candidato em praticamente todas as corridas em que participa. Porém, atenção. Mesmo muita atenção a Tim Wellens e Tiesj Benoot. Os dois ciclista da Lotto Soudal demonstraram na Brabantse Pijl que estão bem fisicamente. Primeiro e terceiro classificado. Estão entre os principais candidatos. E é melhor não desviar o olhar nem por instantes de Vincenzo Nibali. Ganhou a Milano-Sanremo e nem era um dos principais objectivos. Mas a semana das Ardenas é.
Peter Sagan está de regresso à Amstel Gold Race cinco anos depois. Chega à corrida confiante e com o pedregulho, troféu do Paris-Roubaix. Será a única corrida das Ardenas que fará, mas o eslovaco não sabe competir só para passear a sua camisola de campeão do mundo. E até tem um incentivo, pois uma vitória será uma bela forma de festejar a renovação de contrato do patrocinador Bora até 2021.
Dos homens que vêm da fase do pavé, é Greg van Avermaet quem estará mais pressionado. O belga da BMC está a zero e a temporada não tem estado a correr nada bem.
Atenção aos portugueses
Rui Costa tem esta semana como uma das suas preferidas do ano, tendo um especial apreço pela Liège-Bastogne-Liège, na qual já fez terceiro em 2016. A UAE Team Emirates levará também Daniel Martin e Diego Ulissi, mas será importante para o ciclista português obter um bom resultado, até porque tem uma posição a defender na estrutura, numa altura em que se continua sem saber que grandes volta ou grandes voltas irá fazer. Depois da queda no Paris-Nice, Rui Costa mostrou na Volta ao País Basco que estava a recuperar a boa forma.
Ruben Guerreiro também gosta destas corridas das Ardenas. Ele que foi terceiro na Liège-Bastogne-Liège em sub-23 há dois anos, em 2017 experimentou pela primeira vez na categoria de elite e ganhou experiência como pretendia a Trek-Segafredo. Este ano surge com um estatuto de maior relevo e o início de temporada tem sido bastante positivo, com aquele segundo lugar no Malhão a ser uma das suas grandes exibições. Terá Bauke Mollema como líder, mas o português poderá ter a sua oportunidade.
Pode ver aqui a lista de inscritos completa.
De referir que a semana das Ardenas também está no calendário World Tour feminino e Daniela Reis, da Doltcini-Van Eyck Sport, estará em prova na Amstel Gold Race.
O Cauberg tão longe
Serão 263 quilómetros entre Maastricht e Berg en Terblijt. O famoso Cauberg será passado três vezes, a última das quais a cerca de 20 quilómetros do fim. No entanto, o facto de já não ser o factor decisivo causa algumas dúvidas entre os ciclistas e alguns adeptos. Mas as corridas evoluem e não vão faltar motivos de interesse. E não será apenas o sobe e desce, os muros que farão a diferença. A organização irá colocar o pelotão a passar por estradas bem estreitas e já referiu que tal poderá fazer diferenças. Uma má colocação e a corrida pode ser perdida.
»»Antes das Ardenas, os mais e menos de uma grande época de clássicas do pavé««
»»Cunego já preparou o seu futuro pós-ciclista e vai continuar na modalidade a ajudar... os japoneses««
Ruben Guerreiro também gosta destas corridas das Ardenas. Ele que foi terceiro na Liège-Bastogne-Liège em sub-23 há dois anos, em 2017 experimentou pela primeira vez na categoria de elite e ganhou experiência como pretendia a Trek-Segafredo. Este ano surge com um estatuto de maior relevo e o início de temporada tem sido bastante positivo, com aquele segundo lugar no Malhão a ser uma das suas grandes exibições. Terá Bauke Mollema como líder, mas o português poderá ter a sua oportunidade.
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