(Imagem: Print screen) |
Esta não é a primeira vez que a marca opta por esta mudança. Já aconteceu em 2016 e 2017, sendo o Paris-Nice a corrida então escolhida. Desta vez a aposta foi numa das competições mais importantes do ano. De oito etapas, passarão para 21 de exposição mediática, além dos três dias de descanso, do dia a apresentação...
"Porque o giro é uma das três maiores corridas e chega a uma larga audiência mundial, em 171 países, é perfeito para esta opção. Ainda mais, Itália é um mercado importante para a Soudal. Desejamos à equipa a melhor sorte no Giro e estamos entusiasmados por ver a camisola da Fix ALL na televisão", afirmou Dirk Coorevits, CEO da Soudal.
Fix ALL é o nome de um dos produtos da Soudal. É um selante e um adesivo e já tem publicidade a rigor para a prova que se aproxima (ver vídeo no final do texto). E o grande responsável em fazer falar-se bastante deste nome será Tim Wellens. A Lotto Fix ALL irá com o objectivo de colocar o belga entre os primeiros na geral. Aos 26 anos conquistou uma posição de líder e está a assumir um papel de relevo na equipa, numa altura em que a principal estrela está a apagar-se: André Greipel.
Dos sprints para a geral, a Lotto Fix ALL poderá ter razões para estar confiante que Wellens poderá tentar meter-se no top dez. O seu registo em grandes voltas não é nada de fantástico. Fez dois Giros (54º em 2014 e 96º em 2016) e dois Tours (129º em 2015 e abandonou no ano passado). No entanto, em Itália já ganhou uma etapa, em 2016, num ataque que deu em vitória. E esta tem sido a história dos triunfos de Wellens. É um ciclista que tem um percepção perfeita de quando deve tentar a sua sorte.
Tem sido um ciclista que a equipa tem estado a aprimorar desde 2013, depois de no ano anterior ter convencido durante o estágio que realizou. Aos poucos foi demonstrando a capacidade para ganhar corridas por etapas, mas sendo belga, as clássicas também entram sempre nos seus planos. Em 2018 começou a aquecer - e de que maneira - em Espanha. Ganhou no Trofeo Serra de Tramuntana e depois foi conquistar brilhantemente a Ruta de Sol (e uma etapa), onde estavam alguns dos principais voltistas da actualidade. Ficou feita a candidatura a algo mais para uma grande volta.
Colocou a semana das Ardenas como prioridade e antes venceu a Brabantse Pijl. Porém, nos momentos decisivos das três corridas que apontou, não conseguiu produzir a performance desejada e ainda criticou o companheiro que na Flèche Wallonne fez terceiro. Acusou Jelle Vanendert de não o ter ajudado, com a Lotto Soudal a sair em defesa do ciclista e forçando Wellens a pedir desculpa. Um momento menos bonito de quem talvez ainda esteja a aprender a ser líder.
Depois de se consagrar como corredor para corridas por etapas, mas de uma semana, é altura de Wellens mostrar se tem estofo para as três. Se se apresentasse com o objectivo de ir atrás de etapas, então estaria no topo da lista dos ciclistas que provavelmente sairiam do Giro com pelo menos uma. No entanto, querendo começar a afirmar-se como homem de geral, será um passo importante na carreira de Wellens. O potencial parece lá estar e a equipa acredita no seu ciclista, rodeando-o de companheiros experientes e de qualidade para o apoiarem. Sem ser um conjunto ao nível de uma Sky ou Sunweb, ciclistas como Sander Armée, Lars Ytting Bak e Adam Hansen (o homem que terminou 19 grandes voltas consecutivas e vai agora tentar a 20ª) serão importantes. Tosh Van der Sande, Victor Campenaerts, Jens Debusschere e Frederik Frison completam uma equipa que não deverá apostar apenas numa classificação geral.
A Lotto Soudal/Fix ALL também quererá garantir etapas e Wellens será o principal responsável por conseguir uma, mas Sander Armée, que no ano passado venceu na Vuelta, poderá ter liberdade em algum dia, com Campenaerts a ter de ir a fundo nos contra-relógios.
Pela sua evolução, pelo que demonstrou este ano, Wellens entra no grupo de ciclistas a seguir com atenção.
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