28 de abril de 2018

Wolfpack, a história da alcunha da Quick-Step Floors que remonta a um gangue

(Fotografia: © Sigfrid Eggers/Quick-Step Floors)
"Wolfpack" tornou-se na nova imagem de marca da Quick-Step Floors. A ideia "pegou" há cerca de um ano, ganhou forna em 2018, ainda que seja utilizada no seio da equipa desde 2012. Este época foi criada uma comunidade, todo um merchandising e a hashtag #thewolfpack não mais deixou de ser utilizada pela equipa. Mas afinal como começou o "Woldfpack", alcateia em português? Até foi num gangue na Dinamarca, mas o objectivo no ciclismo foi mesmo o de representar a união e a lealdade. E a Quick-Step Floors tem sido o exemplo disso, com uma mentalidade em prol do colectivo que já lhe rendeu 27 vitórias em 2018.

"É uma imagem muito forte, não é? Não te ris quando o 'wolfpack' está a chegar. É um bom nome. Não queres ser conhecido como os 'White Ponies' (póneis brancos), pois não?"  Brian Holm, director desportivo da equipa, é o criador do nome e explicou ao Velonews como surgiu: "Começou em 2012 quando eu vim para a equipa. Foi um pouco por piada que comecei a utilizar [a expressão] em alguns e-mails. Quando eu estava a crescer, havia um gangue no meu bairro, em Copenhaga, que se chamava 'Wolfpack' e eram uns fulanos perigosos. Os ciclistas gostaram [do nome]. Ouvia-se na equipa há uns anos, mas no ano passado o Bob Jungels começou a dizê-lo durante a Volta a Itália. Depois, o Alessandro Tegner [director de marketing da Quick-Step Floors) fez uns chapéus. E a partir daí pegou."

Holm salientou como noutros desportos as equipas têm este tipo de nomes, exemplificando com o futebol americano, e têm também mascotes. Porém, no ciclismo não é habitual, sendo que de vez em quando nascem algumas alcunhas, mas nada que seja explorado comercialmente como está a ser o nome "Wolfpack". "Há algumas piadas dentro do pelotão. Há uma equipa a que chamam "os cabeleireiros", contou o director desportivo.

"Wolfpack" pretende destacar a lealdade, característica que Holm realçou ser algo enraizado na Quick-Step Floors. Foi criado o logótipo que surgiu nas camisolas e que de imediato chamou a atenção. O autocarro já tem a imagem, que entretanto se tornou a de uma comunidade, como a própria equipa quis. Quem pretender fazer parte, só precisa de se registar no site (aqui fica o link) e terá acesso a descontos, concursos e muito mais.

"Todos parecem felizes com o nome", disse Holm, que considera que esta alcateia até tem o seu macho alfa: "Philippe Gilbert, sem dúvida. Desde o primeiro dia em que chegou à equipa, ele tem sido um líder. Quem vês a correr sem luvas? É o Gilbert. Todos abanaram a cabeça quando ele atacou na Volta a Flandres, no ano passado. Ele conseguiu, certo? É um sacana duro de roer."

Depois de uma primavera excepcional, com a conquista de dois monumentos - a Volta a Flandres e a Liège-Bastogne-Liège -, chegou o momento de atacar as grandes voltas. E se para a geral poder-se-á não colocar ninguém como grande candidato, já para continuar a somar vitórias, a Quick-Step Floors apresenta-se fortíssima. Só para que não se duvide que esta equipa vai continuar "prego a fundo" à procura de vitórias, olhando para 2017, no Giro venceu cinco etapas (quatro por Fernando Gaviria e uma assinada por Bob Jungels), cinco no Tour (todas por Marcel Kittel) e seis na Vuelta (quatro por Matteo Trentin, uma por Julian Alaphilippe e outra por Yves Lampaert).

Uns ciclistas saíram, outros têm objectivos diferentes em 2018, mas esta Quick-Step Floors está a realizar uma época sensacional, dividindo vitórias entre os ciclistas mais experientes e até por aqueles que acabaram de chegar ao World Tour. Qual será o próximo ataque do "Wolfpack"?

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