4 de agosto de 2018

Alaphilippe dá mais uma vitória a uma equipa que está sem nome para 2019

(Fotografia: PhotoGomez/Donostiako Klasikoa‬)
Férias depois do Tour? Não. Para Julian Alaphilippe houve umas folgas, mas há que aproveitar o momento de forma e o ano fenomenal do francês continua. Depois da Flèche Wallonne e das duas etapas no Tour, além duas também ganhas na Volta ao País Basco e uma na Colombia Oro y Paz, agora este ciclista foi vencer a Clássica de San Sebastián. Começam a faltar adjectivos para este corredor de apenas 26 anos, que mesmo não sendo um trepador puro, foi ganhar a classificação da montanha na Volta a França. Mais uma pérola da Quick-Step Floors, equipa que vai em 52 vitórias! A aposta é se ainda chega às 100. Porém, perante tanta qualidade e tanto triunfo e nas grandes corridas, parece quase mentira que a falta de patrocinador volte a estar no assunto dia desta super estrutura.

Não, a equipa não está em risco. Longe disso. Até terá mais uma nova empresa a colocar o nome nas camisolas, a marca de cerveja sem álcool Maes. E a Quick-Step renovou por três anos, mas a ameaça de há um ano é agora cumprida: não será mais o patrocinador principal. Ou seja, a equipa está sem nome para 2019. Foi o director, Patrick Levefere, quem o confirmou, ainda durante o Tour.

O Lidl fica até 2019 e talvez por mais dois anos, mas não quer aumentar o seu investimento, segundo o responsável. A marca de bicicletas Specialized não vai largar a equipa. Mas falta então alguém que queira dar o nome e pagar por isso. Hipótese? Wolfpack (matilha), a alcunha que a equipa utiliza. Lefevere disse mesmo que o logotipo criado e que deu origem a todo um movimento que qualquer pessoa pode fazer parte - é só registar-se no site - pode passar a estar em destaque nos equipamentos.

"Mantemos a esperança que algo apareça. Talvez o Julian Alaphilippe possa abrir algumas portas no mercado francês. Ele tem mais carisma que qualquer outro ciclista francês, mais do que Romain Bardet. O Alaphilippe tem senso de humor e é um exemplo para os mais novos", salientou na altura Lefevere ao site belga HLN.

O ciclista parece disposto a responder ao repto de se tornar numa das imagens da equipa, que apesar de não ter o futuro em risco, tal não significa que possa perder alguma força financeira para corresponder às exigências de alguns dos seus principais ciclistas. O Het Nieuwsblad deu conta que Niki Terpstra poderá estar de saída, pois Lefevere não tem capacidade monetária para dar ao ciclista o que este pede para renovar. A UAE Team Emirates e a Dimension Data estarão atentas à situação.

No entanto, haverá algo a pesar na escolha de Terpstra: é que tem-se verificado uma tendência para os ciclistas saem da Quick-Step Floors não conseguirem alcançar as prestações e os resultados que tinham quando representavam a equipa belga. Que o digam Marcel Kittel e Matteo Trentin, só para referir dois dos mais recentes exemplos.


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