2 de agosto de 2018

"Podemos ganhar à W52-FC Porto"

Aleskandr Grigorev foi um daqueles nomes que fez levantar o sobrolho quando o Sporting-Tavira o anunciou como reforço. Um desconhecido que Vidal Fitas foi buscar a uma equipa russa Continental, os Russian Helicopters. Porém, rapidamente se percebeu que se estava perante um ciclista de muita qualidade. Com o passar da temporada foi demonstrando ser um excelente reforço e um dos melhores ciclistas que este ano se estrearam no pelotão nacional. Ganhou lugar entre as primeiras escolhas do director desportivo e na Volta a Portugal será um elemento importante para ajudar a equipa algarvia a medir forças com a W52-FC Porto.

O ciclista russo, de 26 anos, é uma das razões que faz com que se olhe para o Sporting-Tavira como um dos colectivos mais fortes de 2018. Soma seis vitórias, uma delas precisamente por intermédio de Grigorev (no conta-relógio do Grande Prémio Jornal de Notícias) e tem estado em crescendo com o passar dos meses. O objectivo é claro: levar Joni Brandão à vitória na Volta a Portugal, ainda que Alejandro Marque seja também uma hipótese e depois do que fez há um ano, Rinaldo Nocentini não deve ser menosprezado.

"Podemos ganhar à W52-FC Porto", assegurou ao Volta ao Ciclismo. Não esconde a ambição de poder um dia estar na luta por mais vitórias, mas nos próximos dias este será um Grigorev a pensar apenas no colectivo: "Quero trabalhar para os líderes, quero fazer as coisas bem para termos uma grande vitória." Só tem elogios para toda a equipa, destacando como ao longo do ano o Sporting-Tavira participa em boas corridas, algo que o deixa ainda mais satisfeito por ter aceite o desafio de vir correr em Portugal.

A sua integração foi tão célere que quase parece que há muito que corre na formação algarvia. Riu-se perante a afirmação e frisou: "Ainda estou a aprender." Mas lá confirma: "Está a correr bem. Tenho vontade de ganhar e quero vitórias no futuro. Agora estou a fazer a estreia na Volta a Portugal e será uma experiência muito boa."

O calor foi um assunto incontornável. Grigorev mostrou-se absolutamente calmo, recordando que vive no sul de Espanha e que, por isso, até está habituado ao tempo quente, ainda que ao ver que iria enfrentar 45 graus fê-lo perceber que não seria um dia fácil. Ainda assim, mantém sempre um discurso de enorme tranquilidade. Nem o calor, nem o estar numa equipa com responsabilidade de disputar a corrida mais importante para as formações portuguesas, nada parece perturbar Grigorev. "Sou uma pessoa tranquila. Há muitas corridas, para quê andar preocupado? A experiência está a correr bem. Mas claro que me preocupa estar bem para a ajudar a equipa", afirmou.

Grigorev começou a Volta a perder apenas nove segundos para Rafael Reis (Caja Rural) no prólogo de Setúbal, tendo esta quinta-feira chegado a Albufeira integrado no pelotão. É um ciclista de trabalho, sem dúvida, e certamente que Vidal Fitas e os líderes da equipa depositam muita confiança nele. E se for preciso assumir algo mais, Grigorev está a mostrar características que cada vez mais tendem a destacá-lo no pelotão nacional.


Sem comentários:

Enviar um comentário