(Fotografia: © Team Sky) |
Serão cinco semanas fora de competição, ou seja, até 12 de Setembro. A agressão a Elie Gesbert, da Fortuneo-Samsic, na 15ª etapa do Tour, valeu a Gianni Moscon a expulsão imediata da corrida e agora conheceu a restante sanção. O ciclista e a Sky aceitam a decisão, com o italiano fazer novamente mea culpa. No entanto, sendo o corredor recorrente em situações pouco abonatórias, parece estar a escapar a um castigo interno.
"Reagi no calor do momento e nunca foi a minha intenção atingir o ciclista. As imagens demonstram que não lhe acertei, mas arrependo-me das minhas acções e já pedi desculpa tanto ao Elie Gesbert como à equipa Fortuneo-Samsic", afirmou o ciclista, em declarações publicadas pela Sky. "Temos uma responsabilidade para com todos os nossos ciclistas que levamos muito a sério. Gianni ainda é um ciclista relativamente jovem, no início da carreira e vamos continuar a ajudá-lo e a apoiá-lo no que ele precisa de aprender, desenvolver e ultrapassar isto", salientou o director Dave Brailsford.
As palavras do responsável máximo já dão a entender que não serão tomadas medidas drásticas apesar de há um ano Moscon ter sido acusado de proferir comentários racistas contra Kevin Reza, então ciclista da FDJ. A Sky suspendeu-o por seis semanas, obrigou-o a frequentar um curso de consciencialização e ficou a ameaça que comportamento idêntico levaria ao término imediato do seu contrato. Apesar da gravidade da acção de Moscon no Tour - mesmo que não tenha acertado em Gesbert - o italiano de 24 anos poderá passar incólume a nível interno.
De recordar que Moscon enfrentou recentemente as acusações de Sebastien Reichenbach, também da FDJ, de o ter atirado ao chão numa corrida, no final de época de 2017. Foi o suíço quem divulgou publicamente os comentários de Moscon contra Reza. No entanto, o italiano foi ilibado por falta de provas.
E com tantos casos, o facto de nos Mundiais ter aproveitado uma "boleia" do carro de apoio para recuperar tempo perdido, o que o levou a ser desqualificado, tornou-se em mais uma mancha numa curta carreira que continua a prometer muito, mas que está a começar muito mal a nível de personalidade. Para um ciclista de tanto talento, é lamentável que em pouco mais de um ano se veja envolvido em tantas situações negativas.
Em casos idênticos ao de Moscon no Tour, tivemos a UCI a suspender Lars Boom (Lotto-Jumbo) durante um mês depois de ter agredido Preben Van Hecke (Sport Vlaanderen-Baloise), na Volta à Noruega. No ano passado, Andrey Grivko cumpriu 45 dias de suspensão depois de dar um murro a Marcel Kittel (então na Quick-Step Floors), que deixou o alemão a sangrar do sobrolho, na Volta ao Dubai.
Sem comentários:
Enviar um comentário