Mattijs Dachy, o mecânico da WB Aqua Protect Veranclassic, garante
que os ciclistas estão a gostar da experiência de estar na Volta a Portugal |
Mattijs Dachy destacou precisamente esse factor como o que mais os apanhou desprevenidos. "Na Bélgica os ciclistas vão no duro, há uma fuga, arrefece um pouco [no pelotão] e depois o final fica mais caótico. Aqui temos cinco situações diferentes numa etapa e para nós é um pouco difícil", explicou o mecânico principal da WB Aqua Protect Veranclassic. O director desportivo ri-se perante a descrição. "Não é fácil controlar e saber o que fazer", admitiu Frédéric Amorison. Dachy acrescentou: "Aqui uma fuga sai aos 20 quilómetros e é apanhada pouco depois. Isso nunca acontece na Bélgica!" Está a ser uma aprendizagem até para os responsáveis da equipa.
O francês Christophe Masson, o mais experiente da equipa, com 32 anos, é quem está melhor colocado na geral, na 34ª posição a 20:25. Os restantes quatro já estão a mais de uma hora de Raúl Alarcón (W52-FC Porto). São eles os belgas Thomas Deruette (23 anos), Julien Stassen (29), Ludovic Robeet (24) e Franklin Six (21). Dois ciclistas já abandonaram: Eliot Lietaer (belga, 27) e Antoine Warnier (belga, 25).
A equipa belga completa no início da corrida.
Dois ciclistas já abandonaram |
"No início foi difícil adaptarem-se, mas estão cada vez melhor e mais habituados. E agora também está menos calor e torna-se mais fácil", afirmou, visivelmente animado pelas temperaturas de 40 graus já não aparecerem mais nas previsões. "Esperávamos algum calor, mas não aquilo", desabafou, contando que além do cuidado com a hidratação, o "truque" foi recorrer aos sacos de gelo para manter os atletas o mais fresco possível.
Até final, as camisolas vistosas da AquaProtect Veranclassic talvez se encontrem na frente da corrida, em alguma fuga. No entanto, o importante para esta equipa será tirar ilações para o futuro, que querem que seja cada vez melhor para uma estrutura em crescimento. Regressar a Portugal não está fora de questão, apesar das dificuldades encontradas. "É uma fase do ano complicada, porque temos muitas corridas importantes na Bélgica. Mas é bom vir a Portugal, para os ciclistas ganharem experiência, porque a equipa quer continuar a subir", realçou. Além da Volta a Portugal, a Volta ao Algarve, em Fevereiro, também entra nos desejos da formação belga.
»»Decisões guardadas para a Senhora da Graça««
»»Estará a W52-FC Porto mesmo mais fraca?««
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