20 de agosto de 2018

Velódromo galês vai ter o nome de Geraint Thomas

(Fotografia: ©ASO/Alex Broadway)
Vencer a Volta a França catapultou Geraint Thomas para um mediatismo que não estava habituado. Nem é comparável às duas medalhas de ouro olímpicas que tem. Tem estado ao lado de Chris Froome nas vitórias do companheiro, mas ser o centro das atenções é algo completamente diferente e sucedem-se as homenagens ao britânico, que é mais referido como galês. Orgulho esse que o próprio demonstra, tendo segurado aquela bandeira quando subiu ao pódio nos Campos Elísios e mesmo na estrada durante a última etapa do Tour.

A agenda extra-competição tem sido ocupada, o que levou à especulação de quando regressaria às corridas, principalmente se estaria na Volta a Espanha. O galês optou por um calendário mais calmo, por assim dizer, apostando na Volta à Alemanha já esta semana (começa na quinta-feira) e depois segue para o Tour of Britain (Volta à Grã-Bretanha) no início de Setembro, ao lado de Froome, algo que deixou muito satisfeitos os organizadores, como se poderá calcular.

Das muitas homenagens que foi recebendo, uma tocou-o especialmente. O principal velódromo do país, em Newport, passará a chamar-se Velódromo Nacional do País de Gales Geraint Thomas. "É uma honra enorme para mim ter o velódromo com o meu nome. Para ser sincero, tenho dificuldades em acreditar", admitiu Thomas. O ciclista de 32 anos recordou como foi na pista que deu os primeiros passos no ciclismo e onde conquistou as suas primeiras grandes vitórias. Na perseguição por equipas venceu duas medalhas de ouro olímpicas, em 2008 e 2012.

A presidente da Câmara de Newport, Debbi Wilcox, salientou com Thomas se tornou numa referência desportiva em Gales, sendo um exemplo e uma inspiração para os mais novos. "Quisemos demonstrar o nosso apreço pelo seu feito. Geraint tem sido uma visita regular ao Velódromo Nacional de Gales desde que abriu em 2003 e falou sobre o que significa para ele, por isso, é apropriado que a cidade de Newport o homenageie", disse a autarca. Apropriado acaba por ser também que a primeira etapa da Volta à Grã-Bretanha termine precisamente em Newport.

Esclarecida a questão de quando Thomas voltaria a competir e enquanto for recebendo, provavelmente, mais homenagens, falta conhecer o futuro do ciclista. Em final de contrato com a Sky e sendo agora um vencedor da competição de três semanas mais importante, o galês tornou-se ainda mais apetecível. A polaca CCC, que ficou com a estrutura da BMC para 2019, admitiu ter feito uma oferta a Thomas, oferecendo-lhe liderança para o Tour e não só. Porém, a Sky quer manter um dos seus melhores ciclistas.

Com Chris Froome a continuar a ser o líder e com o objectivo de conquistar o quinto Tour ainda bem vivo, Thomas não seria obrigado a regressar ao seu papel de gregário. No entanto, o plano poderá passar por lhe dar a liderança no Giro e eventualmente na Vuelta, com a Sky assim a ter duas excelentes opções para ganhar todas as grandes voltas. De recordar a equipa soma quatro triunfos consecutivos: Tour e Vuelta de 2017 e Giro e Tour em 2018. Ou seja, se Thomas não tiver a ideia única de tentar novamente a Volta a França, poderá então ficar numa casa que tão bem conhece e onde está desde 2010. Mas para já, a dúvida continua.


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