Equipa da Sky para a Vuelta (Imagem: Team Sky) |
O polaco apareceu de rompante no panorama mundial, sagrando-se campeão do mundo aos 24 anos, somando vitórias em clássicas e outros resultados de topo que o destacaram numa então Omega Pharma-QuickStep (actual Quick-Step Floors). A Sky "agarrou-o" em 2016 e não foram fáceis os primeiros tempos numa equipa com uma forma de trabalhar bem diferente da formação belga. De estrela em ascensão, Kwiatkowski teve de se adaptar à mentalidade de tudo por um líder e, aos poucos, ir encontrando o seu espaço. No ano passado, o polaco ganhou um monumento, a Milano-Sanremo e regressou à consistência de resultados, além de ser um exímio homem de trabalho para Chris Froome.
É um ciclista que prima pela discrição, pelo que apesar de ser mais um dos corredores da Sky que afirmou querer ser líder numa grande volta - à imagem por exemplo de Wout Poels e de Geraint Thomas, no caso do galês o desejo está mais do que concretizado -, nunca o fez em tom de ultimato. O facto de ter um contrato até 2020 demonstra precisamente como está satisfeito com o seu papel na equipa britânica e pronto para esperar pela oportunidade.
Com as reviravoltas que a época teve para a Sky, Kwiatkowski vê-se agora onde queria. Se há clássicas que lhe assentam bem, este é um daqueles ciclistas que tem nas provas por etapas mais uma arma. Um corredor completo. Venceu duas Voltas ao Algarve e recentemente conquistou a "sua" Volta à Polónia. Mas claro, ganhar o Tirreno-Adriatico permitiu-lhe afirmar-se ainda mais como o grande ciclista que merece mais do que ser um gregário.
Esta será a sua segunda Vuelta, não tendo terminado em 2016. São sete as grandes voltas no currículo deste ciclista de 28 anos. Terá Kwiatkowski capacidade para liderar? É uma questão que se colocou sobre Geraint Thomas e a resposta foi uma vitória no Tour. Claro que para o polaco o panorama é diferente. O ciclista esteve ao lado do galês em França, pelo que o desgaste físico será um factor a ter em conta, comparativamente com alguns dos adversários que irá enfrentar.
Talvez por isso David de la Cruz fale como um líder. A Sky pode não ter o seu duo de vencedores, Froome e Thomas, mas não significa que não tenha pretensões a um pouco mais de história: vencer as três grandes voltas no mesmo ano, com três ciclistas diferentes! Esta equipa está a encontrar formas de gravar o seu nome entre as melhores de sempre do ciclismo.
No entanto, De la Cruz - que fez o Giro, mas a época foi preparada a pensar na Vuelta - poderá ver-se ofuscado não só por Kwiatkowski - que certamente quererá pelo menos uma etapa irá querer -, mas também por dois jovens que muito estão a entusiasmar. Começando por Tao Geoghegan Hart. Estagiou na Sky, mas foi amadurecer na equipa de Axel Merckx, a actual Hagens Berman Axeon, durante dois anos. Em 2017 regressou e foi colocado em corridas com menor pressão. Esta temporada apareceu como um ciclista que deixou muitos de boca aberta. Que trabalho brilhante fez na Volta à Califórnia para outro jovem, Egan Bernal! Mas as boas prestações repetiram-se noutras provas e aí está a sua primeira grande volta.
Numa entrevista ao Cycling News, Tao Geoghegan Hart disse que ainda não sabia se ficaria confinado ao trabalho de gregário. Mas seja o que for que lhe esteja destinado, o britânico de 23 está no lote de ciclistas a seguir com muita, muita atenção. Mas não está sozinho. Pavel Sivakov é o russo que muito se fala, mas que ainda está precisamente naquele ano de adaptação, durante o qual a Sky não coloca demasiada pressão num ciclista de apenas 21 anos.
Sivakov é apontado por muitos como mais um ciclista de enorme potencial. Bernal, também ele um estreante na Sky e no World Tour, "roubou" muitas das atenções em 2018, entrando desde logo a um nível muito elevado. A explosão de Sivakov está para chegar, pois não parecem existir dúvidas que irá acontecer. Se será já na Vuelta, tudo dependerá do papel que lhe está destinado, à imagem do que acontece com Tao Geoghegan Hart.
Jonathan Castroviejo, Sergio Henao, Salvatore Puccio e Dylan van Baarle completam uma equipa sem as duas principais estrelas, mas com um Kwiatkowski que é dos melhores ciclistas do pelotão internacional e com dois jovens que podem nesta Vuelta iniciar um caminho rumo a uma carreira que para já promete bastante. Agora que venha a confirmação de todo o talento que lhes é reconhecido. A nova geração está aí e a Sky pode muito bem ter três das futuras estrelas: Bernal, Hart e Sivakov.
»»Velódromo galês vai ter o nome de Geraint Thomas««
»»Thomas deixou cair a máscara num ano que se espera ser de mudança para o Tour««
É um ciclista que prima pela discrição, pelo que apesar de ser mais um dos corredores da Sky que afirmou querer ser líder numa grande volta - à imagem por exemplo de Wout Poels e de Geraint Thomas, no caso do galês o desejo está mais do que concretizado -, nunca o fez em tom de ultimato. O facto de ter um contrato até 2020 demonstra precisamente como está satisfeito com o seu papel na equipa britânica e pronto para esperar pela oportunidade.
Com as reviravoltas que a época teve para a Sky, Kwiatkowski vê-se agora onde queria. Se há clássicas que lhe assentam bem, este é um daqueles ciclistas que tem nas provas por etapas mais uma arma. Um corredor completo. Venceu duas Voltas ao Algarve e recentemente conquistou a "sua" Volta à Polónia. Mas claro, ganhar o Tirreno-Adriatico permitiu-lhe afirmar-se ainda mais como o grande ciclista que merece mais do que ser um gregário.
Esta será a sua segunda Vuelta, não tendo terminado em 2016. São sete as grandes voltas no currículo deste ciclista de 28 anos. Terá Kwiatkowski capacidade para liderar? É uma questão que se colocou sobre Geraint Thomas e a resposta foi uma vitória no Tour. Claro que para o polaco o panorama é diferente. O ciclista esteve ao lado do galês em França, pelo que o desgaste físico será um factor a ter em conta, comparativamente com alguns dos adversários que irá enfrentar.
Talvez por isso David de la Cruz fale como um líder. A Sky pode não ter o seu duo de vencedores, Froome e Thomas, mas não significa que não tenha pretensões a um pouco mais de história: vencer as três grandes voltas no mesmo ano, com três ciclistas diferentes! Esta equipa está a encontrar formas de gravar o seu nome entre as melhores de sempre do ciclismo.
No entanto, De la Cruz - que fez o Giro, mas a época foi preparada a pensar na Vuelta - poderá ver-se ofuscado não só por Kwiatkowski - que certamente quererá pelo menos uma etapa irá querer -, mas também por dois jovens que muito estão a entusiasmar. Começando por Tao Geoghegan Hart. Estagiou na Sky, mas foi amadurecer na equipa de Axel Merckx, a actual Hagens Berman Axeon, durante dois anos. Em 2017 regressou e foi colocado em corridas com menor pressão. Esta temporada apareceu como um ciclista que deixou muitos de boca aberta. Que trabalho brilhante fez na Volta à Califórnia para outro jovem, Egan Bernal! Mas as boas prestações repetiram-se noutras provas e aí está a sua primeira grande volta.
Numa entrevista ao Cycling News, Tao Geoghegan Hart disse que ainda não sabia se ficaria confinado ao trabalho de gregário. Mas seja o que for que lhe esteja destinado, o britânico de 23 está no lote de ciclistas a seguir com muita, muita atenção. Mas não está sozinho. Pavel Sivakov é o russo que muito se fala, mas que ainda está precisamente naquele ano de adaptação, durante o qual a Sky não coloca demasiada pressão num ciclista de apenas 21 anos.
Sivakov é apontado por muitos como mais um ciclista de enorme potencial. Bernal, também ele um estreante na Sky e no World Tour, "roubou" muitas das atenções em 2018, entrando desde logo a um nível muito elevado. A explosão de Sivakov está para chegar, pois não parecem existir dúvidas que irá acontecer. Se será já na Vuelta, tudo dependerá do papel que lhe está destinado, à imagem do que acontece com Tao Geoghegan Hart.
Jonathan Castroviejo, Sergio Henao, Salvatore Puccio e Dylan van Baarle completam uma equipa sem as duas principais estrelas, mas com um Kwiatkowski que é dos melhores ciclistas do pelotão internacional e com dois jovens que podem nesta Vuelta iniciar um caminho rumo a uma carreira que para já promete bastante. Agora que venha a confirmação de todo o talento que lhes é reconhecido. A nova geração está aí e a Sky pode muito bem ter três das futuras estrelas: Bernal, Hart e Sivakov.
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