(Imagem: Print Screen) |
Sem a subida a Torre pareceu simplesmente uma etapa mais princesa do que rainha, mas pelo menos houve algum espectáculo no final. As Penhas Douradas não foram palco de movimentações, como se calhar a subida ao ponto mais alto de Portugal Continental poderia ter sido. Mas de "ses" não se vive. Interessam os factos. E um deles foi que mal o terreno inclinou para a subida final nas Penhas da Saúde, o Sporting-Tavira assumiu a sua responsabilidade e tentou quebrar uma unida W52-FC Porto. Conseguiu. Alejandro Marque deu o mote, a 13 quilómetros da meta. Durou pouco e rapidamente ficou foi para trás. Mas Frederico Figueiredo contra-atacou. Naquele momento Luís Fernandes tentou fazer o mesmo trabalho para o companheiro da Aviludo-Louletano-Uli, Vicente García de Mateos.
Foi Joni Brandão quem saltou para a frente. Destemido. Ele que foi bastante crítico de não se subir à Torre, considerando que se não houve cortes nas etapas anteriores, não deveria ter sido naquela que se dizia ser a rainha que se deveria ter mexido. Ganhou alguma vantagem. Contudo, no pequeno grupo, António Carvalho controlava o ritmo, enquanto Alarcón recebia as informações da distância de Brandão. Esperou pelo momento certo e lá foi ele em feroz perseguição.
Entretanto, Gustavo Veloso viu a Serra da Estrela ser novamente madrasta. Um ano depois disse outra vez adeus a qualquer aspiração de ganhar a sua terceira Volta. Mais de 15 minutos perdidos. Já Sérgio Paulinho não irá vencer a primeira. Mau dia para a Efapel. O líder perdeu 4:11 minutos, enquanto o Henrique Casimiro, a outra aposta de Américo Silva, perdeu mais 2:51.
Alarcón apanhou Brandão e não demorou a arrancar. O português não desistiu. Manteve o rival à vista, minimizando estragos. Subiu ao segundo lugar, a 52 segundos do espanhol na geral. E deixou o aviso que não vai baixar os braços. Brandão não esteve na Volta em 2017, devido a problemas de saúde. Então, não foi só o Sporting-Tavira a lamentar a sua ausência. Mesmo os adversários falaram de um ciclista que pode mudar a história de uma corrida. Aqui esteve o exemplo disso mesmo. E não se espera que fique por aqui. Ainda há muita Volta pela frente e até o próprio Alarcón admitiu que Brandão o fez esforçar para poder cumprir o objectivo de consolidar a liderança.
Pode ter sofrido, mas a verdade é que além de Joni Brandão, Mateos (a 1:41) e Edgar Pinto (Vito-Feirense-BlackJack, a 1:58) são os únicos que estão a menos de dois minutos. Esta segunda-feira serão 191,7 quilómetros entre Sabugal e Viseu, com duas terceiras categorias. Haverá tendência pensar que terça-feira é dia de descanso? Talvez e será compreensível depois de uns primeiros dias infernais. Literalmente! Mas, por outro lado, se houver mais alguém a querer lutar por mais do que o segundo lugar, então sigam o exemplo de Joni Brandão.
Quanto a classificações, Alarcón é agora o líder da montanha, enquanto o espanhol Xuban Errazkin, da Vito-Feirense-BlackJack, é o novo dono da camisola branca da juventude. Mateos mantém a verde dos pontos, enquanto o Sporting-Tavira - que há que recordar que já não conta com Mario Gonzalez - regressou ao primeiro lugar colectivo.
Pode ver aqui as classificações.
»»W52-FC Porto mostra quem manda na Volta a Portugal««
»»O dia foi da Aviludo-Louletano-Uli, mas o calor continua a ser protagonista«
Quanto a classificações, Alarcón é agora o líder da montanha, enquanto o espanhol Xuban Errazkin, da Vito-Feirense-BlackJack, é o novo dono da camisola branca da juventude. Mateos mantém a verde dos pontos, enquanto o Sporting-Tavira - que há que recordar que já não conta com Mario Gonzalez - regressou ao primeiro lugar colectivo.
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