12 de agosto de 2018

A última afirmação da W52-FC Porto

(Fotografia: © João Fonseca/W52-FC Porto)
Num último grito para mostrar quem manda definitivamente na Volta a Portugal, a W52-FC Porto fez um autêntico assalto à classificação colectiva. Com mais uma vitória na geral, camisola da montanha, três etapas, tudo por Raúl Alarcón e ainda mais todo o controlo que esta equipa realizou durante semana e meia, mais não era preciso para que não restassem dúvidas quem continua no topo do ciclismo nacional. E sem adversário à altura. Mas era quase uma questão de orgulho. Com dois segundos a separar a equipa do Sporting-Tavira, foram cinco os ciclistas azuis e brancos no top dez do contra-relógio de Fafe.

Impressionante! Cinco! Só Joni Brandão lá ficou pela equipa algarvia, com 1:54 a ser a diferença final entre as duas formações. Poder-se-ia dizer que a rivalidade clubística motivou ainda mais esta exibição, mas esta W52-FC Porto gosta de ganhar. E no principal palco, não quer papéis secundários. Teria feito performance idêntica fosse quem fosse que estivesse à sua frente.

A 80ª edição da Volta a Portugal foi azul e branca, com um Vincente García de Mateos a intrometer-se na festa final ao ganhar o contra-relógio de 17,3 quilómetros e empatar em número de vitórias de etapas com Alarcón. O espanhol da Aviludo-Louletano-Uli tentou ainda chegar ao segundo lugar, mas Brandão defendeu-se o suficiente para o manter, por 11 segundos. Mateos repete o terceiro e a camisola dos pontos de 2017.

Para o Sporting-Tavira foi uma derradeira frustração, com o próprio Joni Brandão a salientar como acabaram por ser segundos em quase tudo: na geral, na montanha e por equipas. E nem uma etapa esta equipa conquistou. Xuban Errazquin (Vito-Feirense-BlackJack) confirmou a classificação da juventude.

(Fotografia: © João Fonseca/W52-FC Porto)
Além dos prémios da Volta, a W52-FC Porto fica com outras distinções: a figura da Volta foi inevitavelmente Alarcón, o herói ou super combativo, como existe no Tour, tem de ficar entregue a um Rui Vinhas que estava preparado para ir para o hospital, mas continuou em prova, com ligaduras nos braços e pernas, pontos no rosto e mão... Tudo fez para ajudar o seu amigo a ganhar mais uma Volta a Portugal depois de chocar contra um carro de outra equipa. A revelação, que não deixa de ser uma confirmação de todo o seu talento, vai para João Rodrigues. 23 anos e está a caminho de se tornar num dos melhores gregários e vamos ver para o que mais poderá evoluir, nesta que foi a sua segunda Volta, a primeira pela equipa azul e branca. Foi segundo no contra-relógio, mostrando todo o trabalho que tem feito neste sentido.

Noutra perspectiva, a W52-FC Porto até pode ficar também com uma das desilusões da corrida, com António Carvalho a estar muito abaixo do esperado, depois de há um ano ter sido uma das figuras principais. Mas até terminou muito forte o contra-relógio, no repto para ganhar colectivamente.

Mais um ano de festa no Sobrado após um domínio quase total da W52-FC Porto!

Pode ver aqui as classificações finais.

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»»"Aqui uma fuga sai aos 20 quilómetros e é apanhada pouco depois. Isso nunca acontece na Bélgica!"««

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