17 de agosto de 2017

Portugal com seis ciclistas nos Mundiais. W52-FC Porto convidada para contra-relógio por equipas

(Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo)
A um mês do início dos Mundiais, a UCI divulgou o número de ciclistas que cada nação poderá levar para Bergen nas diferentes categorias. O seleccionador José Poeira poderá formar uma equipa com seis ciclistas para atacar o percurso norueguês. Já no contra-relógio todas os países podem inscrever dois ciclistas. Também é nesta especialidade que as equipas dos três escalões podem participar e a W52-FC Porto volta a figurar entre as convidadas e tem até dia 22 para confirmar a sua presença. A Quick-Step Floors é a campeã em título, depois de no ano passado terem participado poucas formações devido às despesas elevadas para transportar toda a logística de uma equipa para o Qatar.

O máximo de ciclistas permitido por selecção é nove. Bélgica, Espanha, Colômbia, França, Itália, Austrália, Holanda, Grã-Bretanha, Alemanha e a Noruega conseguiram garantir esse número através do ranking mundial, que serve de base para a UCI determinar o número de corredores por selecção.

Serão uns mundiais interessantes depois de há um ano o percurso completamente plano e o intenso calor terem prejudicado uma competição que foi pouco interessante até ao sprint final, no que diz respeito à prova de elite. Na Noruega, o percurso é um pouco mais acidentado, com uma subida a meio com potencial para partir o pelotão (as corridas serão feitas em circuito). Ou seja, tanto pode servir para sprinters que passem bem algumas dificuldades - Alexander Kristoff tem os Mundiais assinalados como grande objectivo da temporada - como pode favorecer ciclistas com capacidade para escapar na subida e que depois tenham a capacidade de manter um ritmo elevado - Tom Dumoulin também estará a pensar em conquistar o título mundial, tanto na prova de estrada, como no contra-relógio.


Para Portugal, o percurso poderá significar o regresso de Rui Costa aos Mundiais (venceu em 2013), depois de no ano passado não ter sido chamado, já que um terreno completamente plano não lhe dava grandes hipóteses de lutar por uma vitória. 2016 foi um ano para sprinters puros, 2017 abre novamente as portas a outros ciclistas. José Gonçalves também encaixa bem num percurso assim, tal como Ruben Guerreiro, o actual campeão nacional, e Nelson Oliveira.

O ciclista da Movistar também terá lugar na prova de esforço individual e este ano o percurso deverá agradar-lhe um pouco mais. Oliveira não gosta de terrenos completamente planos e os altos e baixos de Bergen assentam-lhe melhor. Porém, no final estará uma dificuldade que poderá quebrar até os que sobem melhor: os 3,4 quilómetros até à meta têm uma pendente média de 9,1%.


O campeão do Mundo, Tony Martin, não terá ficado nada satisfeito com esta subida final. De referir, que alguns ciclistas estão automaticamente qualificados para esta competição e não entram nos dois que cada país pode inscrever. Ou seja, a Alemanha terá Martin mais dois, se assim quiser. Se por alguma razão Martin não estiver disponível, não poderá ser substituído.

Os outros ciclistas com lugar garantido são Victor Campenaerts (campeão europeu, Bélgica), Meron Teshome (campeão africano, Eritreia), Dmitriy Gruzdez (campeão asiático, Cazaquistão), Jose Louis Rodriguez Aguilar (campeão pan-americano, Chile) e Sean Lake (campeão da Oceania, Austrália).

Quanto às restantes categorias, Portugal poderá ter três ciclistas na elite feminina - em condições normais, Daniela Reis terá presença garantida -, nos sub-23 masculinos José Poeira pode escolher quatro corredores, nos juniores poderão ir três. No escalão feminino de juniores podem ser inscritas quatro ciclistas. Os contra-relógios estão todos limitados a dois atletas por nação. Todos os países têm até 31 de Agosto para confirmar as suas inscrições.

As corridas começam no dia 16 de Setembro, com a elite masculina a fechar o programa no domingo, 24.

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