12 de agosto de 2017

Equipa dos gémeos Oliveira quer subir de escalão em 2018

(Fotografia: Davey Wilson/Axeon Hagens Berman)
Axel Merckx realizou um trabalho excepcional em transformar a sua estrutura naquela que é considerada por muitos a melhor na formação de jovens ciclistas. Desde 2009 que 22 ciclistas deram o salto para o World Tour, depois de passarem pela Axeon Hagens Berman. Já teve nomes diferentes e em 2018 até deverá sofrer uma ligeira mudança para acompanhar uma ainda maior: Merckx vai concorrer a uma licença Profissional Continental. A equipa norte-americana quer subir de escalão para também assim ter mais possibilidade de participar noutro tipo de corridas, ainda que um dos principais objectivos é mesmo a nível interno. Este ano ficou de fora da Volta à Califórnia, sendo esta a principal competição do país e que em 2017 estreou-se no calendário World Tour.

Poderá ser uma boa notícia para os gémeos Oliveira. Ivo e Rui assinaram este ano pela Axeon Hagens Berman, com mais um de opção. Pelas exibições e evolução dos dois ciclistas de 20 anos, é possível que ambos permaneçam na equipa. Os gémeos nunca esconderam como consideram ter sido um passo muito importante na ainda curta carreira, tendo em conta como vários ciclistas conseguem mostrar-se ali e mudar-se para uma equipa do World Tour. Taylor Phinney, Lawson Craddock, Joe Dombrowski e Jasper Stuyven são quatro nomes da lista, de onde se destaca também um português: Ruben Guerreiro, actual campeão nacional de estrada e que este ano está na Trek-Segafredo.

"O investimento adicional do patrocinador irá permitir a equipa de continuar a sua tradição de formar jovens e ciclistas talentosos ao mais alto nível neste desporto. Colocar corredores neste nível [World Tour] continuará a ser o nosso objectivo. Acreditamos que este programa é único e importante para o futuro da modalidade", salientou Axel Merckx, no comunicado divulgado pela equipa. Ou seja, a aposta continuará a ser em ciclistas sub-23, com 60% a serem americanos, pois a estrutura continuará a ficar registada nos Estados Unidos.

Além da ambição de subir de escalão - a candidatura terá de ser aprovada pela UCI -, a equipa irá mudar de nome. Será uma troca: Hagens Berman Axeon. A firma de advogados passará a ser o principal patrocinador. Como já foi referido, um dos objectivos passará por regressar à Volta a Califórnia. Apesar de nos últimos anos vários ciclistas da equipa terem estado muito bem na corrida, tal não foi suficiente para convencer a organização a dar um convite à Axeon Hagens Berman em 2017. Ao pertencer agora ao calendário World Tour, as equipas Continentais nem deveriam ter acesso, contudo, a UCI autorizou a atribuição excepcional de dois convites. Nenhum foi para a formação de Axel Merckx.

No entanto, mais benefícios estarão à disposição se conseguir a licença do segundo escalão, além da Volta à Califórnia. A equipa vai apostando no calendário europeu, inclusivamente em Portugal, apesar de dar prioridade ao americano. Ao ser Profissional Continental poderá receber convites para competições mais importantes, o que será um salto qualitativo para os jovens que Merckx está a formar. Ou seja, pode começar a colocá-los mais cedo ao lado dos melhores ciclistas.

Se conseguir a licença, a futura Hagens Berman Axeon juntar-se-á às americanas UnitedHealthcare e Novo Nordisk, com a Rally Cycling - que esteve na Volta ao Algarve - a também ter intenções de seguir o mesmo caminho.

»»Gémeos Oliveira estão a mudar o ciclismo de pista em Portugal«

Sem comentários:

Enviar um comentário