(Fotografia: Podium/Volta a Portugal) |
Daniel Mestre espreitou, mas não teve espaço para passar. Vicente García de Mateos partiu um pouco tarde de mais, mas quando há uma equipa que ocupa a estrada como a W52-FC Porto, é difícil fazer melhor. O domínio só aumenta etapa após etapa. Ninguém encontra a fórmula para bater esta super formação. Aquela forma como foi preparado o ataque na subida ao Santuário de Santa Lúzia, em Viana do Castelo, era notório que dificilmente alguém ultrapassaria os homens de azul e branco. Só para que não houvesse dúvidas que ali há uma equipa que manda, Amaro Antunes até meteu a mão no ombro no líder da juventude, Krists Neilands (Israel Cycling Academy) quando o jovem letão tentou intrometer-se entre os ciclistas da equipa portuguesa. É quase caso para dizer, que atrevimento de Neilands!
Gustavo Veloso disse que a preparação era a pensar em mais uma vitória de Alarcón, mas que neste tipo de chegadas com curvas e contra curvas, não se pode olhar para trás. Mesmo que fosse para o camisola amarela, a verdade é que o galego não perdeu a oportunidade de mostrar porque é que entrou na Volta como líder da equipa, não estando disposto a largar já o objectivo de ganhar a sua terceira Grandíssima. Em 2016 teve de respeitar Rui Vinhas, mas a diferença de tempo era maior. Agora são 36 segundos que podem ser recuperados num contra-relógio. Talvez por isso mesmo o discurso de Alarcón tenha mudado um pouco: Veloso é novamente o favorito precisamente porque é um bom contra-relogista.
Pelo meio há ainda Amaro Antunes (terceiro na geral). Será que também terá a possibilidade de ganhar uma etapa depois de tanto trabalhar? Toda esta conversa de "ele é favorito" e "ele é que está de amarelo", tem apenas o propósito de deixar os adversários a pensar quem têm de ter mais atenção. Ou seja, já não basta a W52-FC Porto ser claramente superior, como ainda tem os sempre vistos como candidatos a estarem todos em posição de ganhar a meio da prova. Como controlar uma situação destas? Talvez não haja muito mais a fazer do que esperar por uma eventual fraqueza e aproveitar de imediato se ela acontecer, como referiu Jorge Piedade. O director desportivo do Louletano-Hospital de Loulé é dos que estará mais satisfeito, pois está a ver Vicente García de Mateos a cumprir e com os seis segundos de bonificação, até se aproximou um pouco mais da frente (37 segundos).
As diferenças são curtas e talvez por isso ainda não se diga que a dúvida é quem da W52-FC Porto irá ganhar, até porque se no contra-relógio não houver nenhuma vantagem grande, tudo pode acontecer. Há que ter em conta como Alejandro Marque e Rinaldo Nocentini têm qualidade no esforço individual, por exemplo. Mas que estão todos de acordo quanto a este domínio avassalador, isso estão. De acordo, mas não rendidos. Afinal ainda há muita montanha, a começar já esta quinta-feira com a passagem no Viso e teremos também o Salto da Pedra Sentada, um dos locais míticos do Rali de Portugal. A chegada será em Fafe e não haverá desculpas para os rivais se conterem. Sexta-feira é dia de descanso e começam a escassear as ocasiões para colocar pressão à W52-FC Porto. A Volta a Portugal termina na terça-feira.
Veja aqui a classificação.
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