(Fotografia: Twitter Alejandro Valverde) |
A 1 de Julho temeu-se o pior. Alejandro Valverde sofreu uma aparatosa queda no contra-relógio inaugural da Volta a França, embateu nas barreiras e o estado da sua perna foi assustador, algo que a sua reacção deixou logo transparecer. Estava a ser uma época fabulosa para o espanhol: 11 vitórias, incluindo a Liège-Bastogne-Liège e a Flèche Wallonne. Com aquela queda que levou o ciclista a levar as mãos à cabeça ao ver a sua perna esquerda, questionou-se: acabou? 37 anos e a motivação continua inabalável. Valverde não desistiu. A Movistar apenas contava ter o seu ciclista em 2018. Não. Valverde não é um atleta comum. Lutou, recuperou e na segunda-feira terá alta médica. Objectivo? Estar à partida da Volta a Guangix, corrida chinesa que encerra o calendário World Tour (19 a 24 de Agosto).
É em Múrcia, a sua terra, que Valverde tem estado a ser submetido a intensas sessões de fisioterapia de forma a recuperar das graves lesões. O El Periódico escreve que a equipa opta por um discurso mais prudente, antes de avançar com qualquer data de regresso. Para já, Valverde tem pedalado "dentro de portas", mas quando receber a alta médica vai então regressar à estrada. Os responsáveis da Movistar querem que Valverde tenha calma e, por isso, as primeiras saídas serão para testar a condição física e se o ciclista sente algum tipo de dores ou outro tipo de problemas.
Não há qualquer pressão para que o espanhol regresse rapidamente às corridas. A Movistar viveu recentemente a desilusão de ver um ciclista que fez uma recuperação milagrosa, para depois ver-se obrigado a terminar a carreira. O caso de Adriano Malori foi diferente, pois o ciclista chegou a estar em coma. Foi logo no início do ano (2016), regressou nas clássicas do Canadá, mas em 2017 anunciou que não conseguia estar ao nível que um ciclista profissional tem de estar.
Valverde tem 37 anos, mas a sensação é que poderá ser um atleta com longevidade e a Movistar até lhe deu um contrato até 2019. Apesar da excelente recuperação, é natural que o nervosismo se mantenha, pois até ser testado na estrada, em treino e depois em competição, será difícil ter a certeza que o grande Valverde terá mais um fôlego numa carreira que o coloca como um dos melhores de sempre nesta modalidade.
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