14 de agosto de 2017

O contingente português na Vuelta

(Fotografia: Facebook Rui Costa)
Estamos em contagem decrescente para o início da Vuelta, a última grande volta do ano. São poucas as equipas que ainda não confirmaram o nove eleito e das que contam com portugueses no plantel, só uma ainda não definiu os ciclistas. Rui Costa, Nelson Oliveira, José Gonçalves e Rafael Reis estão confirmados na Volta a Espanha.

Para Rui Costa e José Gonçalves será a segunda presença numa corrida de três semanas em 2017. Ambos estiveram no Giro e será de esperar um papel idêntico aos que tiveram em Itália. Rui Costa está a ter um ano muito diferente ao que tem sido habitual desde que está ao mais alto nível do ciclismo. Será a sua 10ª grande volta, mas tal como aconteceu no Giro, fará a sua estreia na Vuelta.

Louis Meintjes será o homem para a geral, pelo que o campeão do Mundo de 2013 deverá ter a liberdade para procurar vitórias de etapas. No Giro fez dois segundos lugares e a motivação está em alta para a corrida espanhola, naquele que está a ser uma excelente temporada de Rui Costa. Só lhe falta uma etapa numa grande volta. Porém, também é possível que o poveiro dê uma ajuda a Meintjes, pois ainda com John Darwin Atapuma nos eleitos, a UAE Team Emirates tem a responsabilidade de fazer algo interessante na corrida.

Já José Gonçalves conhece bem os cantos à Vuelta. Já fez duas, ainda que no ano passado tenha abandonado. A estreia em 2015 foi memorável: um segundo lugar, um terceiro e dois quintos em etapas. Foi dos ciclistas mais combativos, então ao serviço da Caja Rural. Perante as características do ciclista português de 28 anos, bem que gostaríamos de o ver com liberdade para também ele tentar ganhar uma etapa. Porém, com Ilnur Zakarin como líder, o mais provável é que seja novamente um aliado muito importante para o russo, tal como aconteceu no Giro.

Para Nelson Oliveira chegou a oportunidade de salvar algo de uma época infeliz. A queda no Paris-Roubaix estragou-lhe parte da temporada, tendo ficado de fora das escolhas para o Tour. Nos Nacionais viveu o insólito momento de nem sequer partir para o contra-relógio por não saber da mudança de horário da partida. Mas já naquela altura tinha a Vuelta em mente, corrida onde conquistou uma etapa em 2015, ao serviço da Lampre-Merida. Sem o lesionado Alejandro Valverde e com Nairo Quintana a descansar depois de fazer o Giro e o Tour, a Movistar apresenta-se sem um líder claro, pelo que Nelson Oliveira poderá tentar a sua sorte.

Quanto a Rafael Reis fará a sua estreia numa grande volta. Para o ciclista da Caja Rural é o concretizar de um sonho. Assinar pela equipa espanhola foi um passo que procurava na sua carreira e estar na Vuelta era um dos seus objectivos do ano. A Caja Rural quer ganhar uma etapa e é possível que Rafael Reis tente entrar em alguma fuga e também terá a oportunidade para mostrar as suas qualidades como contra-relogista.

De fora estão José Mendes e Tiago Machado. O primeiro esteve no Giro, mas não irá regressar à corrida na qual foi o líder da equipa em 2016. O ciclista está em final de contrato com a Bora-Hansgrohe e desconhece-se ainda o seu futuro. Quando a Machado esteve no Tour e foi dos melhores corredores da Katusha-Alpecin. Nuno Bico (Movistar) e Ruben Guerreiro (Trek-Segafredo) ainda não são apostas para estas andanças.

A Manzana Postobón foi convidada para a Volta a Espanha, contudo, não apresentou o seu nove. Ricardo Vilela faz parte do plantel, mas não aparece nos pré-convocados. A equipa colombiana deverá apostar maioritariamente em ciclistas do seu país.

A Vuelta começa este sábado na cidade francesa de Nîme, com um contra-relógio por equipas.

(Nota de actualização: A Manzana Postobón já confirmou entretanto a equipa para a Vuelta e Ricardo Vilela irá ser o quinto português na corrida)

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