13 de julho de 2018

Groenewegen venceu e iniciou uma rivalidade numa etapa que até aborreceu Sagan

(Fotografia: ©ASO/Pauline Ballet)
Hoje foi um daqueles dias... Um daqueles dias em que se tenta combater o sono mesmo adorando-se esta modalidade. Mais de 200 quilómetros, a etapa mais longa desta edição do Tour, com a acção a resumir-se a um sprint... Pelo menos esse momento valeu a pena, mas foram cinco horas e meia em que nem os homens que tentaram as fugas acreditavam que valia a pena. Contudo, é uma forma de mostrar o patrocinador, sempre importante, é certo, mesmo sem vitória no final. Houve um pequeno susto quando o pelotão ficou partido devido ao vento e à tentativa da AG2R em apanhar alguém desprevenido. Abriu-se um pouco os olhos. Mas tudo voltou a normal e lá regressou o tédio.

Dylan Groenewegen ganhou. E que vitória. Senhor deste sprint frente de um Fernando Gaviria (Quick-Step Floors) que desta feita foi batido como normalmente bate a concorrência. São dois grandes sprinters de uma nova geração que começa a ocupar o lugar de Mark Cavendish, Marcel Kittel e André Greipel. Esta é uma rivalidade que está apenas nos primeiros episódios e que promete tornar-se numa de muito espectáculo e história. É principalmente isso que se pode retirar dos 231 quilómetros entre Fougères e Chartres, o início de uma rivalidade, pois o que fica deste dia é o segundo triunfo do holandês da Lotto-Jumbo no Tour, depois de em 2017 ter ganho nos Campos Elísios.

Fisicamente são dois ciclistas idênticos e com características para os tornar em duas referências desta especialidade. Groenewegen, 25 anos, está na sua terceira grande volta, sempre no Tour, somando então duas vitórias de etapa. Gaviria, 23, está na sua segunda e além dos dois triunfos já mencionados tem outros quatro no Giro de 2017, tendo também vencido a classificação por pontos. O colombiano pode parecer destinado a uma carreira brilhante, mas também é preciso ter um bom rival para tornar as vitórias ainda mais históricas. Groenewegen tem tudo para ser esse rival.

Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) - que tal como Gaviria perseguia a terceira vitória neste Tour - ficou na terceira posição e não hesitou em dizer que a etapa desta sexta-feira "foi mesmo aborrecida". "Andámos com muita calma e depois competimos nos últimos 10 quilómetros", disse o tricampeão do mundo e líder da classificação por pontos. Greg van Avermaet (BMC), que manteve a camisola amarela, questionou se "etapas destas são mesmo necessárias nas grandes voltas". Este ano até houve uma melhoria, pois serão "apenas" cinco com 200 ou mais quilómetros, quando em 2017 foram sete.

(O texto continua por baixo do vídeo.)




Talvez tenha sido um dia para acalmar um pelotão que mesmo nas etapas planas tem enfrentado problemas, que fizeram alguns dos candidatos perderem tempo. As quedas têm sido um elemento central. Hoje tudo foi mais calmo. Dia aborrecido, sim, mas há que pensar que no domingo há uns sectores de pavé que vão animar e bem a corrida. Antes haverá mais uma etapa com potencial para não diferir muito da desta sexta-feira. Tendo em conta o que já aconteceu neste Tour, nunca se sabe se uma queda, um furo ou uma avaria voltará a atacar um candidato, mas já se quer é que chegue a nona etapa, pois hoje não vale a pena prolongar muito a escrita, pois a tirada já foi longa de mais.

Pode ver aqui as classificações completas.

Oitava etapa: Dreux - Amiens Métropole, 181 quilómetros



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