(Fotografia: Fundação Contador, Polartec-Kometa) |
Com cada vez mais equipas do World Tour ao escalão Continental, dos sub-23 até aos juniores a procurarem reforçar-se com talentos colombianos, é cada vez menos invulgar ver anúncios de contratações de ciclistas daquele país. A Polartec-Kometa, de Alberto Contador, não é excepção. Recentemente assinou com um jovem que estará à experiência na formação de sub-23, na qual está o português Daniel Viegas. John Stiven Ramírez começou por mostrar-se no BTT, mas logo como júnior demonstrou potencial na estrada.
Ramírez participou em algumas corridas em Espanha nesse escalão, integrando o projecto que tem como objectivo juntar ciclistas espanhóis e colombianos: Codelse-Daessa Sport. Durante dois anos somou vários pódios e algumas vitórias. Na sua estreia como sub-23, o colombiano de 19 anos fechou 10º na Volta à Província da Corunha, que terminou no domingo.
"É um corredor completo, com perfil de trepador, mas também se adapta bem aos contra-relógios. Creio que se pode adaptar muito bem à equipa porque, como correu dois anos na categoria de júnior em Espanha, conhece as corridas e a forma de competir aqui", salientou o director desportivo das equipas da Fundação Contador, Félix García Casas, em comunicado.
Sem surpresa, Ramírez não esconde a alegria por estar na Polartec-Kometa, considerando que é "uma oportunidade que vai mais além do que poderia imaginar", garantindo em declarações ao site Nuestro Ciclismo, que irá dar tudo o que a equipa pedir. E o colombiano está perfeitamente ciente que esta pode ser uma porta de entrada para um nível mais elevado do ciclismo mundial.
Estamos a falar de uma estrutura que este ano passou a ter também uma equipa Continental, onde está outro colombiano, Wilson Peña. Também funciona como estrutura de desenvolvimento para a Trek-Segafredo, com o italiano Matteo Moschetti a ser o primeiro a preparar-se para dar o salto. Já assinou contrato para 2019 com a equipa americana, na qual Alberto Contador terminou a carreira.
No site da Polartec-Kometa, quando foi anunciada a contratação de Ramírez, lê-se que "o ciclismo colombiano não é uma moda passageira". Nairo Quintana, Rigoberto Urán, Johan Estebán Chaves e os Henao, por exemplo, foram determinantes na consolidação da Colômbia como uma potência do ciclismo nos últimos.
A nova geração já está aí com Miguel Ángel López e, claro Egan Bernal, sem esquecer Ivan Ramiro Sosa, da Androni-Sidermec-Bottecchia. Isto só para referir os trepadores, que continuam a ser o que mais se vê naquele país, mas com os sprinters a também começarem a aparecer e com muita qualidade: Fernando Gaviria é o expoente máximo, já seguido de perto por Álvaro Hodeg na Quick-Step Floors e com Juan Molano, da Manzana Postobón, a mostrar que na Colômbia há muito mais que potenciais voltistas. Os colombianos vieram para ficar e para ganhar!
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