A expectativa aumenta quanto a um mercado de transferências que poderá ser muito animado se os responsáveis da BMC continuarem sem conseguir garantir o futuro da estrutura. Sendo uma das equipas mais fortes do pelotão, muitos dos corredores não terão falta de interessados, com as restantes formações a aguardarem por novidades, podendo mesmo até estar a adiar algumas contratações, não vá um dos ciclistas da BMC que lhes interesse ficar mesmo livre.
Recentemente surgiu uma notícia que dava conta de uma autêntica dança de patrocinadores que poderia salvar a estrutura da equipa americana. A Giant deixaria a Sunweb e a Deloitte não apoiaria mais a Dimension Data e seria assim formada uma nova parceria. No entanto, o cenário não foi confirmado e a única certeza continua a ser que a BMC vai deixar de patrocinar a equipa World Tour.
"Não tenho fumo branco sobre o futuro. De momento não posso formar uma equipa porque não tenho dinheiro", desabafou ao Het Niewsblad um ainda assim esperançoso Jim Ochowicz. O director da BMC mantém a crença que irá encontrar uma solução, mesmo que apareça mais para o fim da época. Ciente que isso significará ficar sem muitos, se não todas, as suas principais estrelas e não só, Ochowicz só pensa em, pelo menos, manter viva esta estrutura, que teve um dos seus melhores momentos quando Cadel Evans venceu a Volta a França em 2011.
E com a aproximação do Tour, Richie Porte aparece como um dos principais candidatos. Ochowicz garante que a concentração será total na corrida e nos objectivos traçados. Porém, será difícil afastar potenciais interessados, pois se já no Giro houve algumas conversas sobre eventuais transferências, no Tour essas ganham intensidade. Muitos gostam de resolver o futuro antes da Volta a França, mas a incerteza da BMC está a mudar um pouco essa paradigma.
Porte tem sido dos ciclistas que mais tem falado sobre o assunto. Se ficar é a opção número um, também não hesitará em mudar de ares. O australiano deu um prazo que já terminou. Contudo, não está sozinho na lista dos ciclistas muito procurados. É aqui que poderá a entrar a Bahrain-Merida. A equipa quer continuar a crescer, não se centrado apenas em Vincenzo Nibali. As clássicas são um dos focos e, por isso, Greg van Avermaet estará no topo das preferências. O belga não esconde que quer ficar na BMC, mas se chegar ao ponto de ter de pensar noutras possibilidades, a Bahrain-Merida tem em aberto um lugar de líder para as corridas que Avermaet tanto gosta.
Mas há mais. Pode continuar sem convencer como um ciclista capaz de lutar por uma grande volta, contudo, o bom Giro valorizou novamente Rohan Dennis. O australiano, de 28 anos, estará também a interessar à Bahrain-Merida. Com mais a equipas a ter capacidade para dar o que estes ciclistas querem a nível de estatuto, se a questão acabar em dinheiro, eis uma estrutura que tem que sobra para colocar na mesa das negociações.
Entre potenciais líderes, como Dylan Teuns e eventualmente Tejay van Garderen (eis alguém também a precisar urgentemente de um bom, ou melhor, excelente resultado), e ciclistas para trabalhar e/ou para lutar por algumas vitórias - Alessandro de Marchi e Stefan Küng, por exemplo -, há muito por onde escolher nesta BMC como reforços para 2019.
Entre potenciais líderes, como Dylan Teuns e eventualmente Tejay van Garderen (eis alguém também a precisar urgentemente de um bom, ou melhor, excelente resultado), e ciclistas para trabalhar e/ou para lutar por algumas vitórias - Alessandro de Marchi e Stefan Küng, por exemplo -, há muito por onde escolher nesta BMC como reforços para 2019.
Quando em 2016 a IAM, mas principalmente a Tinkoff fecharam portas, o mercado foi muito movimentado. No entanto, como o final das equipas foi anunciado cedo, tal permitiu que as negociações decorressem em janelas temporais normais. Se a BMC arrastar a sua incerteza e os seus ciclistas tentarem aguardar um pouco na expectativa de perceber se haverá hipótese de permanecer, poder-se-á estar perante um mercado um pouco estagnado. Pelo menos até alguém não esperar mais. A partir de então poderá verificar-se um efeito bola de neve e Jim Ochowicz arrisca ver os seus ciclistas a assinaram por outras equipas e a ficar com poucas opções para garantir um conjunto tão forte como actualmente. Isto pensando que, apesar das dificuldades, acabe por aparecer o patrocinador ou patrocinadores que salvem a BMC.
Para já continua a incerteza sobre se o World Tour poderá perder uma das suas melhores equipas.
»»A dança de patrocinadores que poderá salvar a estrutura da BMC««
»»Richie Porte stressado com indefinição do futuro da BMC««
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