(Fotografia: Bora-Hansgrohe/© Bettiniphoto) |
Sagan, então com 21 anos, estava na Volta a Suíça e no final desse dia, na terceira etapa, o ciclista foi o mais forte no sprint e subiu à liderança da classificação por pontos, que não mais abandonou. Depois dessa corrida foi para os Nacionais, onde conquistou o primeiro título eslovaco, dos cinco consecutivos. O resto é história e essa conta com o feito inédito de três títulos mundiais consecutivos entre 2015 e 2017. As únicas vezes que não teve uma camisola de campeão vestida foi quando teve de envergar as de liderança de uma classificação, normalmente a de pontos, mas também umas das gerais. Houve uma que só vestiu quando subiu ao pódio: a de campeão da Europa (2016). Como era campeão do mundo e assim continuou, não iria certamente trocá-la!
A última equipa a ver Sagan com a camisola dos patrocinadores, utilizada por todos os ciclistas, foi a Liquigas-Cannondale, que em 2013 passaria a ser somente Cannondale. A Tinkoff contratou, em 2015, um campeão nacional que nesse mesmo ano conquistou o primeiro título mundial. Nesse ano também venceu o contra-relógio nos Nacionais, só para ter dois equipamentos especiais! A Bora-Hansgrohe subiu ao World Tour em 2017 e tem aquele que não larga a mais famosa camisola, a do arco-iris (partilha a notoriedade com a amarela da Volta a França).
Vontade não falta a Sagan de escrever um pouco mais de história nos Mundiais e ganhar o quarto título consecutivo. Nunca ninguém ganhou tantos, seguidos ou não (nem Eddy Merckx). O problema é que o percurso de Innsbruck, na Áustria, é claramente para os trepadores. O eslovaco até tem alterado um pouco a sua temporada - também devido à sua recente paternidade -, apostando nos estágios em altitude. Até já foi noticiado que depois do Tour estaria a pensar perder algum peso e assim tentar ter alguma hipótese de manter a camisola de campeão do mundo. Ainda assim, desta feita Sagan não vai aparecer entre os principais favoritos.
(Fotografia: Twitter @BORAhansgrohe) |
Certo é que resolveu conquistar o sexto título nacional em grande estilo: 95 quilómetros de fuga solitária! Juraj ficou a 2:16 minutos e o também ciclista da Bora-Hansgrohe, Michael Kolar, fechou o pódio a 6:07 (fotografia à direita), tendo surpreendido ao terminar a carreira nesta corrida. A equipa alemã anunciou a decisão do corredor de apenas 25 anos, que irá permanecer na Bora-Hansgrohe, mas num papel de relações públicas.
Nem todas as equipas gostam de ter de mudar os equipamentos escolhidos para dar a maior visibilidade possível aos patrocinadores. A Bora-Hansgrohe não está entre elas, tendo tendência a coleccionar títulos nacionais e a aproveitar muito bem esse facto a nível de marketing. Quem tem Sagan já sabe que terá de lhe fazer equipamentos especiais de campeão, mas tendo em conta as vitórias e a popularidade que o tornaram num dos ciclistas com imagem mais valiosa, talvez nenhuma equipa se importasse de mudar as camisolas.
Nice video from today's race at the Slovak and Czech national championships. Happy to be the Slovak champion for the 6th time (Video courtesy of @rtvs) @BORAGmbH @Hansgrohe_PR @iamspecialized @sportful @ride100percent pic.twitter.com/Fg3sBNno6C— Peter Sagan (@petosagan) 24 June 2018
Outros campeões de fundo:
Domigos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista) - Portugal
Gorka Izagirre (Bahrain-Merida) - Espanha
Yves Lampaert (Quick-Step Floors) - Bélgica
Michal Kwiatkowski (Sky) - Polónia
Vegard Stake Laengen (UAE Team Emirates) - Noruega
Matej Mohoric (Bahrain-Merida) - Eslovénia
Antoine Duchene (Groupama-FDJ) - Canadá
Gediminas Bagdonas (AG2R) - Lituânia
Jonathan Brown (Hagens Berman Axeon) - Estados Unidos da América
Merhawi Kudus (Dimension Data) - Eritreia
Tsgabu Grmay (Trek-Segafredo) - Eitópia
Eduard Grosu (Nippo-Vini Fantini-Europa Ovini) - Roménia
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Sagan também colecionou uma Volta à Califórnia
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