(Fotografia: Rádio Popular-Boavista) |
A subida de rendimento de Domingos Gonçalves comparativamente com o ano passado foi muito importante para a Rádio Popular-Boavista que perdeu Rui Sousa - retirou-se - mas continua a ter João Benta para ir à procura de um bom resultado na Volta, ainda que esteja a realizar uma época discreta. Já com a temporada a decorrer foi recuperar Daniel Silva, cumprida que está a suspensão por doping, enquanto Luís Gomes vai confirmando credenciais. Agora mais dois ciclistas aproveitaram para se mostrar, comprovando como esta equipa aposta cada vez mais em tentar fazer ataques cirúrgicos para somar triunfos, que são agora quatro (Luís Gomes venceu o Grande Prémio Anicolor).
"As coisas mudaram e pude vencer. No início não pensava que pudesse ganhar, mas sabia que estava muito bem fisicamente. Cheguei com o objectivo de trabalhar para a equipa, mas os resultados foram surgindo e cheguei à frente da geral", explicou Pelegrí. Com vários ciclistas a terem a oportunidade para ir procurando resultados, cresce a motivação de uma equipa que pode não ter as armas de uma W52-FC Porto e Sporting-Tavira, por exemplo, mas que vai também apresentando os seus argumentos para, quando chegar à Volta, poder estar na disputa por etapas e espreitando também um possível pódio na geral. Lutar, não desistir, são as palavras de ordem.
O espanhol, de 24 anos, aproveitou a fraqueza de um Raúl Alarcón a regressar à competição depois de uma longa paragem devido a lesão. O vencedor da Volta a Portugal no ano passado, ganhou a segunda etapa e andou de amarelo desde então, mas a falta de competição notou-se no último dia da corrida (156,3 quilómetros entre Anadia e Águeda). Caiu para o 14º lugar. Depois da fortíssima exibição na etapa final no Grande Prémio Jornal de Notícias, que valeu a conquista de quase todas as classificações, a W52-FC Porto quis rodar alguns ciclistas (João Rodrigues apareceu novamente em bom plano), principalmente Alarcón. O espanhol mostrou-se, mas ainda falta para estar a 100% para o objectivo do ano.
Em forma está um Luís Mendonça que começa a levantar a questão que papel irá ter na Volta a Portugal. Apostava mais nos sprints, mas em 2018 surgiu a subir bem e está cada vez melhor. O ciclista da Aviludo-Louletanto-Uli, que ganhou a Volta ao Alentejo, esteve novamente na discussão e cinco segundos separaram-no de Pelegrí. Ficou com a camisola dos pontos, enquanto o colega David de la Fuente foi o melhor na montanha. Vicente García de Mateos, vencedor do Abimota há um ano, está a apostar completamente na Volta. Fechou a corrida na nona posição, a 2:12 minutos.
Frederico Figueiredo, o senhor regularidade de boas classificações no pelotão nacional. Prova após prova surge cada vez mais forte, num Sporting-Tavira que se vai apresentando muito melhor do que há um ano. Ajuda (e muito) não ter Joni Brandão doente e mais nenhum ciclista com limitações. Vidal Fitas vê a sua equipa a crescer e no Abimota, onde não estiveram as principais figuras, Mario Gonzalez confirmou que o director pode confiar nele, depois do russo Aleksandr Grigorev ter andado em destaque nas últimas corridas. A formação algarvia venceu a classificação colectiva, tendo conquistado o contra-relógio que abriu o Abimota.
Numa corrida com muitas camisolas para atribuir, Pedro Paulinho (Efapel) venceu as metas volantes. Mais um resultado animador, depois do terceiro lugar no Memorial Bruno Neves. João Matias (Vito-Feirense-BlackJack) ganhou a classificação Autarquias e o colega Xuban Errazquin. César Martingil (Liberty-Seguros) ficou a geral Bolinhas. O espanhol Martin Rey (Froiz) foi o melhor entre os ciclistas das equipas de clube.
(Pode ver aqui os principais resultados das equipas portuguesas em 2018)
(Pode ver aqui os principais resultados das equipas portuguesas em 2018)
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