(Fotografia: © Bettiniphoto.net/Movistar Team) |
De mal a pior. A época de Alejandro Valverde com a camisola de campeão do mundo vestida não está a ser para esquecer, mas começa a não andar longe disso. Com apenas uma vitória até ao momento e com uma época de clássicas abaixo do esperado, o espanhol é agora obrigado a abdicar da Volta a Itália, onde iria regressar três anos depois de uma estreia que terminou com um terceiro lugar no pódio e uma vitória de etapa.
O dia de aniversário teve poucas razões para o ciclista celebrar. A 25 de Abril, Valverde completou 39 anos e no treino de preparação para a Liège-Bastogne-Liège - monumento que conquistou quatro vezes - caiu. Ainda participou na clássica, mas foi impossível superar as limitações físicas, tendo abandonado. O diagnóstico foi um edema ósseo no sacro, osso triangular no fundo da coluna vertebral. De imediato a presença no Giro ficou em risco e esta sexta-feira chegou a confirmação do pior cenário.
A Movistar realçou num comunicado que o ciclista não conseguiu superar o problema, garantindo que "o campeão do mundo irá continuar a recuperação sem riscos", de forma a "retomar nas próximas semanas o seu ritmo normal de actividade e enfrentar com energias renovadas a segunda parte da época".
Valverde reagiu no Twitter: "Uma pena não pode estar finalmente numa grande prova como o Giro, mas há que ouvir o corpo e recuperar a 100% para enfrentar o melhor possível o resto do ano. Muita sorte aos meus companheiros da Movistar em Itália."
Fica agora a questão se Valverde irá à Volta a França, o que significaria o regresso do tridente que há um ano falhou por completo. Nairo Quintana e Mikel Landa estão na pré-lista para o Tour, com o espanhol a atacar primeiro o Giro. É uma corrida que nunca escondeu que aprecia, mas uma queda logo no arranque da temporada, no final de Janeiro, deixou Landa K.O., só regressando à competição quase dois meses depois.
Landa terá a companhia de uma das revelações de 2019, precisamente no Giro, o equatoriano Richard Carapaz, com Carlos Betancur a poder entrar também na equipa.
Depois de uma semana das Ardenas que sim, foi para esquecer (além da queda, antes, na Fléche Wallonne, tinha engolido uma abelha e foi picado), com alguns segundos e terceiros lugares no início da temporada e até uma boa estreia na Volta a Flandres (sétima posição), a verdade é que este Valverde nada tem a ver com o ciclista que tem sido avassalador na primeira fase da temporada em épocas recentes.
O próprio ciclista até já disse que começa a acreditar na chamada "maldição do arco-íris", ou seja, o campeão do mundo em título tem dificuldades em alcançar triunfos. A Movistar também se ressente do menor rendimento vitorioso, somando apenas sete conquistas. Apenas a de Valverde, na terceira etapa da Volta aos Emirados Árabes Unidos, foi de categoria World Tour.
O objectivo de Valverde é correr até 2021, com os Jogos Olímpicos de Tóquio, no próximo ano, a ser um dos principais objectivos neste final de carreira.
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