Segunda chegada ao sprint, segunda vitória para Groenewegen |
Começando pela luta dos pontos, ou seja, a camisola vermelha. Com o triunfo em Tavira, Groenewegen recuperou a liderança que teve quando venceu a primeira etapa, em Lagos. Michal Kwiatkowski, que vestiu a camisola na Fóia, tem menos um ponto e se ganhar a etapa pode ficar com esta classificação. O melhor para o sprinter holandês é ter a sua Lotto-Jumbo trabalhar para evitar uma fuga antes do quilómetro 16,8 e assim ir buscar pontos na meta volante. Em último caso, pode integrar a fuga como, por exemplo, fez André Greipel em 2017, garantindo dessa forma a conquista desta classificação.
Na juventude, Sam Oomen está bem encaminhado para ficar com a camisola branca que vestiu logo em Lagos, a abrir a Volta ao Algarve. O holandês da Sunweb tem 2:26 minutos sobre o companheiro de equipa, Lennard Kamna e 3:23 sobre José Neves, da W52-FC Porto. Os dois ciclistas da Liberty Seguros-Carglass, André Carvalho e André Crispim estão a 4:14 e 5:45, respectivamente. Apesar da incógnita sobre o estado do seu joelho, Oomen demonstra que o problema estará a ser ultrapassado. Ainda assim, é o Malhão e as duas passagens fazem por vezes mossa no mais talentoso dos trepadores.
Serão estes os homens no pódio após o Malhão? |
E agora a mais indefinida das classificações e aquela que mais interessa. Quem vai vencer a Volta ao Algarve? Irá Geraint Thomas tornar-se no primeiro estrangeiro a conquistar a corrida três vezes? Ou irá Michal Kwiatkowski ameaçar o colega da Sky para vencer pela segunda vez? 19 segundos separam galês e polaco, pelo que a equipa britânica pode muito bem jogar com os dois ases para "partir" a concorrência. Kwiatkowski até ganhou inadvertidamente três segundos devido a um corte no pelotão na chegada a Tavira (pode conferir aqui as classificações).
A menos de um minuto está Nelson Oliveira (32 segundos), Bob Jungels (52) e Tejay van Garderen (53). Bauke Mollema está a 1:01 e Jaime Rosón a 1:18. O espanhol poderá juntar-se a Oliveira numa táctica para tentar desequilibrar a Sky. Não será nada fácil, mas a Movistar ter estes dois homens deixa em aberto a possibilidade de ter pelo menos um ciclista no pódio e, claro, que o público que costuma tornar a subida do Malhão muito emocionante para os ciclistas portugueses, vai estar a apoiar Oliveira. O corredor de Anadia está num bom momento de forma neste início de temporada, como demonstrou na Fóia e no contra-relógio. Se conseguir o terceiro lugar, será o regresso de um ciclista português ao pódio, depois de Tiago Machado ter ficado nessa posição em 2015.
A Quick-Step Floors ainda não ganhou na Algarvia, o que é estranho para esta equipa sempre sedenta de vencer. Jungels ambiciona alto para 2018, apostando no Tour, querendo mais do que camisolas da juventude. O luxemburguês apresentou um discurso de quem estava no Algarve para ganhar e aqui está a oportunidade para o mostrar. Terá de atacar, tal como Van Garderen e ainda mais Bauke Mollema. Perante a diferença, nenhum pode esperar pelos últimos metros. A dupla subida ao Malhão promete ser animada.
Este ano não haverá Amaro Antunes para uma autêntica loucura algarvia na subida que o ciclista, agora na CCC Sprandi Polkowice, tanto gosta e que venceu em 2017. A vitória de etapa é quase tão difícil de prever como o Euromilhões. Como não há bonificações no final, é possível que uma fuga possa triunfar, já que os homens da geral podem preferir concentrar-se apenas nessa luta. Ou não!...
A partida (12:25) marcará o regresso de Faro como um dos locais de partida da Volta ao Algarve, com 173,5 quilómetros a terem de ser percorridos até à meta no já tradicional Alto do Malhão. Se não puder ver na estrada, então o Eurosport2 e a TVI24 vão transmitir todas as emoções finais.
Quanto à quarta etapa, a mais longa (199,2 quilómetros), que visitou o Alentejo, com partida em Almodôvar e chegada em Tavira, a fuga do dia foi protagonizada por Bruno Silva (Efapel), João Rodrigues (W52-FC Porto), Aleksandr Grigorev (Sporting-Tavira), Julen Amezqueta (Caja Rural), Rory Sutherland (UAE Team Emirates) e Benjamin King (Dimension Data). Já perto do final, Philippe Gilbert (Quick-Step Floors), Dylan Teuns (BMC) e Jasha Sutterlin (Movistar) tentaram surpreender, mas este foi um guião seguido sem improvisos e a Lotto-Jumbo, FDJ e Trek-Segafredo anularam qualquer escapadela.
No final, Groenewegen foi tão poderoso que houve tempo para mais festejos do que na primeira etapa. Matteo Pelucchi (Bora-Hansgrohe) e John Degenkolb (Trek-Segafredo) fizeram segundo e terceiro respectivamente, com Samuel Caldeira (W52-FC Porto) a ser o melhor português em 14º, já com um pequeno corte de três segundos.
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