(Imagem: Facebook GFNY Portugal) |
Depois da experiência de organizar a prova no Brasil, Ana Paula Cavalcanti juntou agora duas paixões: Portugal e o ciclismo. Viver cá era algo que desejava há muito e ao concretizar esse objectivo foi desafiada pelos fundadores do GFNY em organizar a competição em território português. "Quando lhes disse que me estaria desligando do gran fondo do Brasil porque estava a mudar-me para Portugal, já era um sonho deles fazer a prova aqui. Eles estão falaram comigo para levar o GFNY para Portugal e eu respondi: 'agora'", contou ao Volta ao Ciclismo.
O número de gran fondos no país tem vindo a aumentar e este ano Lisboa também terá o seu. Mas afinal, no que difere o GFNY? "A diferença primordial é que nós não estamos a fazer o GFNY para ganhar dinheiro. Primeiro temos a preocupação de trazer um grande evento para Portugal, para Cascais, para todos os ciclistas que vão fazer o gran fondo. O nosso lema é oferecer a todos os ciclistas a experiência profissional por um dia. Toda a estrutura será uma para profissionais. Desde a cronometragem por chip, haverá rei/rainha da montanha, policiamento em toda a via, vias completamente fechadas ou parcialmente, mas com o trânsito controlado - os ciclistas terão a prioridade -, segurança, saúde, ambulâncias... Enfim, toda a estrutura! Carros e motos de apoio, apoio mecânico em todo o percurso, tanto nas tendas de hidratação, como apoio móvel... Toda a estrutura oferecida a um atleta profissional, será oferecida no GFNY em Portugal", assegurou Ana Paula Cavalcanti.
Dia 9 de Setembro haverá dois desafios à espera de quem quiser participar nesta festa do ciclismo. O mais curto será de 82 quilómetros, com um desnível de 1120 metros, já o mais longo será de 162 quilómetros e 2281 metros de desnível. O mediofondo não terá carácter competitivo, que basicamente significa que não terá pódio, pois todas as restantes condições são iguais nas duas provas. "GFNY será a festa do ciclista amador. Um lugar de encontro, para conhecer as novidades, para fazer uma prova bacana, bem organizada. E com esta paisagem sensacional!" Ana Paula Cavalcanti explicou que não será apenas um domingo de corrida, será todo um fim-de-semana prolongado (a partir de sexta-feira) dedicado ao ciclismo. Na Marina de Cascais, onde estará instalada a partida e a meta, também haverá uma bike expo, concertos e a organizadora referiu que juntamente com a Associação de Ciclismo de Lisboa, um dos parceiros desta prova em Portugal, está a ser pensada uma forma de também proporcionar aos mais novos uma oportunidade de também ter a sua prova.
Sérgio Paulinho e Vanessa Fernandes são dois dos embaixadores do GFNY Portugal. Dois medalhados olímpicos, duas referências do desporto nacional. E escolher uma mulher era importante para Ana Paula Cavalcanti: "Queremos incentivar as mulheres a pedalar. No Brasil tivemos um boom. Nós estamos muito próximas do número de homens, se é que não estamos quase a ultrapassar." Ficou ainda a expectativa de por cá estar também um ciclista de renome estrangeiro.
A partida será às 8:00 e há muito tempo para completar as distâncias, pois até às 17:00 a estrutura estará toda a funcionar em prol dos muitos ciclistas que são esperados. As inscrições estão a decorrer e o limite é de três mil (pode ver aqui). "Tudo será feito para o ciclistas preocuparem-se exclusivamente com o seu dia de prova, em completar o seu percurso e atingir o seu objectivo", garantiu.
O norte do país é a zona que está mais tradicionalmente mais ligada à modalidade, sem esquecer, naturalmente, que há duas equipas profissionais algarvias, assim como a corrida de categoria mais elevada a ser realizada no país: a Volta ao Algarve. Portanto, porquê Cascais para o GNFY? "Justamente para trazer para esta região o ciclismo. Trazer a paixão para aqui. Há aqui muitos praticantes e há uma carência neste tipo de provas", referiu. Depois coloca-se a questão geográfica, com Cascais a ser também um local importante para atrair estrangeiros, com Ana Paula Cavalcanti a salientar a proximidade com o aeroporto.
Visto já como um dos eventos do ano em Cascais, apesar da componente de lazer que rodeia o GFNY, há um lado competitivo que atrairá certamente muitos ciclistas amadores, portugueses e de outras nacionalidades. À espera dos vencedores, tanto nos homens como nas mulheres, está uma Specialized Tarmac 2018. Apesar de existirem categorias, as bicicletas serão o prémio para quem cortar a meta primeiro, independentemente da idade. "Isto é uma novidade para os gran fondos em Portugal. Os portugueses e os atletas que participarem merecem", realçou. Como em todos os GFNY, quem ganhar tem também entrada directa na prova original, ou seja em Nova Iorque, e no primeiro pelotão. A organizadora disse ainda que está a ser negociado um prémio adicional, mas teremos de esperar para o conhecer.
Ana Paula Cavalcanti convida todos a participarem nesta festa do ciclismo amador, seja com que bicicleta for, excepção feita às eléctricas e nada de motores! E ficou ainda uma garantia: "Vamos ficar em Cascais durante cinco anos."
Um pouco de história
Lidia e Uli Fluhme são os fundadores do GFNY. Antiga bancária em Wall Street e ele um advogado são apaixonados pelo desporto. Lidia já terminou sete vezes Ironman no Havai. Quando em 2010 começaram a tentar organizar o primeiro gran fondo, Lidia tinha como condição que a partida fosse na ponte George Washington e, apesar de ter ouvido muitos 'não', não desistiu e quando em 2011 a prova foi pela primeira vez para a estrada, o arranque foi onde queria. Em 2014, Terracina (fica a cerca de 80 quilómetros de Roma) recebeu o primeiro GFNY fora de Nova Iorque, seguindo-se Cozumel, no México.
Desde então que o calendário tem vindo sempre a crescer. No domingo, foi precisamente no México que arrancou o primeiro GFNY em 2018, em Monterrey. Colômbia, Costa Rica, Uruguai, Brasil, Panamá e Chile, completam uma viagem pelas Américas. Na Europa, além de Portugal, Alemanha, França e Polónia recebem a competição. A prova polaca também será uma estreia. Em Israel, Jerusalém é o local eleito, com a Indonésia e a Malásia a levar o pelotão amador até ao continente asiático.
"Cascais é, sem dúvida, o melhor destino de ciclismo em Portugal. Com tantas opções de percursos para antes e depois da corrida, uma viagem ao GFNY Portugal irá proporcionar umas divertidas férias de ciclismo. O percurso será uma montra da beleza de Cascais e dos locais em redor e, ao mesmo tempo, irá providenciar um grande desafio a todos", afirmou Lidia Fluhme, citada no site Endurance Sportswire.
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