(Fotografia: Facebook Rádio Popular-Boavista) |
José Santos destacou ao Volta ao Ciclismo que vamos continuar a ter uma Rádio Popular-Boavista sempre a tentar mexer com as corridas. No entanto, há quem vá ver o nível de exigência subir. "Vamos apostar muito no Domingos Gonçalves. Acho que ele tem de assumir mais responsabilidade e acho que tem de ter mais cabeça e sangue frio para assumir a liderança da equipa em algumas corridas", afirmou. O gémeo - o irmão, José, está na Katusha-Alpecin - regressou à equipa em 2017, sagrou-se campeão nacional de contra-relógio, vencendo ainda o Troféu Concelhio de Oliveira de Azeméis e o Circuito de São Bernardo, em Alcobaça.
Em 2018, Domingos Gonçalves (28 anos) terá então de apresentar maior protagonismo, enquanto Egor Silin tem de mostrar mais resultados. O russo chegou já no decorrer da temporada passada, depois de ter ficado sem espaço numa Katusha-Alpecin que cortou os seus laços com as origens russas. "Este ano é um ano de afirmação para ele. Ou sim ou sopas, como costumamos dizer", realçou o responsável. "O Egor é um ciclista que não terá a priori o mesmo nível do Trofimov, mas é um ciclista importante dentro da equipa e do panorama do ciclismo internacional", acrescentou.
"[Trofimov] é um corredor de World Tour e para nós é importante ter ciclistas que tenham experiência, que tenham conhecimento, que sejam uma mais valia nacional, mas também internacional"
Yuri Trofimov será assim mais um russo na Rádio Popular-Boavista, ele que chegou a cruzar-se com Silin na Katusha. Aos 34 anos assume um novo projecto depois do World Tour lhe ter fechado as portas quando a Tinkoff acabou. Em 2017 assinou pela Caja Rural, mas problemas com o visto acabaram por ditar um ano quase de paragem. Aliás, desvinculou-se ainda Julho da equipa espanhola. Ainda assim, venceu uma corrida no seu país. "É um ciclista de prestígio internacional. Foi campeão do mundo [cross-country, sub-23] e teve lugares de destaque no Giro e no Tour. Quando surgiu foi apontado como o novo Lance Armstrong, quando ainda era novo. O ano passado foi de interregno, mas no anterior foi um homem de confiança de Contador. Portanto, é um corredor de World Tour e para nós é importante ter ciclistas que tenham experiência, que tenham conhecimento, que sejam uma mais valia nacional, mas também internacional", explicou.
Luís Gomes, David Rodrigues e, claro, Filipe Cardoso são todos ciclistas que José Santos sabe bem o que pode esperar deles. Já Óscar Pelegrí, é um jovem espanhol que irá estar em teste. "Nós todos os anos temos sempre dois/três jovens para vermos o seu potencial. Temos uma boa convivência com a Caja Rural e fazemos um pouco a ponte. Aqueles ciclistas que eles vêem ter alguma possibilidade de serem profissionais no futuro, que deixam boas indicações, ficamos sempre com um ou dois corredores deles. Ficámos com o Óscar (23) e éramos para ficar com outro, mas pelo caminho teve um problema", recordou José Santos, que se refere a Manuel Sola. Houve acordo entre as partes, mas entretanto foi conhecido um teste positivo por testosterona, que levou à suspensão do atleta e, naturalmente, o contrato não foi assinado com a equipa portuguesa.
Não houve Sola, mas houve espaço para que dois juniores portugueses dessem o passo directamente de juniores para o profissionalismo: Francisco Moreira e João Salgado, ambos da da ACR Roriz. Com a pretensão de formar uma equipa de sub-23 a esbarrar nos regulamentos, José Santos optou por aproveitar e dar uma oportunidade de ouro aos dois jovens. "Íamos fazer uma equipa de sub-23, mas houve demasiadas contrariedades pelo caminho. A federação criou-nos alguns problemas para que a equipa avançasse e que iria ter o Rui Sousa à frente.", referiu. "Ficámos ali a partir pedra durante um certo tempo e quando passámos para outro projecto, fazer uma equipa em Viana do Castelo, já fomos algo tarde, porque alguns dos ciclistas que eram para ficar nessa equipa saíram e nós ficámos com poucos para formar a estrutura de sub-23", referiu.
Moreira e Salgado eram dois dos ciclistas que fariam parte dessa equipa de sub-23. "Atendendo ao figurino da construção das equipas Continentais em Portugal, podemos ter dois ou mais sub-23. Ficámos com estes dois. Vamos ver se têm algum potencial. Antevemos que possam ter algum futuro. Vamos apostar neles", garantiu. José Santos frisou que uma Volta ao Algarve ou ao Alentejo não estão no horizonte mais próximo para Moreira e Salgado, mas outras corridas do calendário nacional, como as clássicas, ou o Grande Prémio Abimota, por exemplo, poderão ser hipótese. A Volta a Portugal também não está nos planos, mas tendo em conta que faltam tantos meses, nenhuma possibilidade é totalmente afastada, nesta fase precoce da temporada.
E até é possível que pelo menos um deles esteja à partida na Prova de Abertura Região de Aveiro, que se realiza este domingo entre Oliveira do Bairro e Torreira (155,5 quilómetros). João Benta sofreu uma queda no treino de quarta-feira e tem o pulso muito inchado. Ainda não está afastada a possibilidade de alguma fractura e a Volta ao Algarve poderá estar em risco se se confirmar a pior das hipóteses. Para já, Benta falhará o arranque de temporada este fim-de-semana, o que abre as porta aos jovens da equipa.
A Rádio Popular-Boavista volta a apostar num misto de veterania, experiência e juventude, com José Santos a mostrar-se confiante que Yuri Trofimov poderá ser um ciclista importante, além de João Benta e Domingos Gonçalves, sem nunca afastar os restantes corredores, todos com um perfil de lutadores. "Acho que este ano poderemos estar mais fortes", realçou o director desportivo, que agora sem Rui Sousa, inicia uma nova fase da equipa, pois como o próprio frisou, "é um ciclo". Além dos resultados desportivos, José Santos assegurou ainda que a equipa irá manter a proximidade com o público - algo que Rui Sousa era rei -, pois considera que essa ligação é também muito importante.
»»"Nunca pensei... É uma grande oportunidade e assim já ficam as portas abertas para o futuro"««
»»O pelotão nacional visto por Nuno Sabido««
»»Objectivos cumpridos, expectativas confirmadas... Menos uma««
Não houve Sola, mas houve espaço para que dois juniores portugueses dessem o passo directamente de juniores para o profissionalismo: Francisco Moreira e João Salgado, ambos da da ACR Roriz. Com a pretensão de formar uma equipa de sub-23 a esbarrar nos regulamentos, José Santos optou por aproveitar e dar uma oportunidade de ouro aos dois jovens. "Íamos fazer uma equipa de sub-23, mas houve demasiadas contrariedades pelo caminho. A federação criou-nos alguns problemas para que a equipa avançasse e que iria ter o Rui Sousa à frente.", referiu. "Ficámos ali a partir pedra durante um certo tempo e quando passámos para outro projecto, fazer uma equipa em Viana do Castelo, já fomos algo tarde, porque alguns dos ciclistas que eram para ficar nessa equipa saíram e nós ficámos com poucos para formar a estrutura de sub-23", referiu.
"Vamos ver se têm algum potencial [Francisco Moreira e João Salgado]. Antevemos que possam ter algum futuro. Vamos apostar neles"
Moreira e Salgado eram dois dos ciclistas que fariam parte dessa equipa de sub-23. "Atendendo ao figurino da construção das equipas Continentais em Portugal, podemos ter dois ou mais sub-23. Ficámos com estes dois. Vamos ver se têm algum potencial. Antevemos que possam ter algum futuro. Vamos apostar neles", garantiu. José Santos frisou que uma Volta ao Algarve ou ao Alentejo não estão no horizonte mais próximo para Moreira e Salgado, mas outras corridas do calendário nacional, como as clássicas, ou o Grande Prémio Abimota, por exemplo, poderão ser hipótese. A Volta a Portugal também não está nos planos, mas tendo em conta que faltam tantos meses, nenhuma possibilidade é totalmente afastada, nesta fase precoce da temporada.
E até é possível que pelo menos um deles esteja à partida na Prova de Abertura Região de Aveiro, que se realiza este domingo entre Oliveira do Bairro e Torreira (155,5 quilómetros). João Benta sofreu uma queda no treino de quarta-feira e tem o pulso muito inchado. Ainda não está afastada a possibilidade de alguma fractura e a Volta ao Algarve poderá estar em risco se se confirmar a pior das hipóteses. Para já, Benta falhará o arranque de temporada este fim-de-semana, o que abre as porta aos jovens da equipa.
A Rádio Popular-Boavista volta a apostar num misto de veterania, experiência e juventude, com José Santos a mostrar-se confiante que Yuri Trofimov poderá ser um ciclista importante, além de João Benta e Domingos Gonçalves, sem nunca afastar os restantes corredores, todos com um perfil de lutadores. "Acho que este ano poderemos estar mais fortes", realçou o director desportivo, que agora sem Rui Sousa, inicia uma nova fase da equipa, pois como o próprio frisou, "é um ciclo". Além dos resultados desportivos, José Santos assegurou ainda que a equipa irá manter a proximidade com o público - algo que Rui Sousa era rei -, pois considera que essa ligação é também muito importante.
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