11 de fevereiro de 2018

Uma Volta ao Algarve de campeões

(Fotografias: João Fonseca/Federação Portuguesa de Ciclismo)
Entre os vencedores das últimas edições da Volta ao Algarve e ciclistas que detêm os títulos nacionais de estrada e contra-relógio, esta será uma corrida de campeões. Muitos campeões! Estarão presentes os corredores que conquistaram seis das últimas sete edições e ainda 15 campeões nacionais! E ainda haverá um campeão europeu em título e também quatro ciclistas que já vestiram a camisola do arco-íris.

Para se perceber melhor como a Algarvia entrou definitivamente na rota das grandes equipas mundiais e dos ciclistas que as representam, nas estradas a sul do país estarão 13 das 18 formações do World Tour. Nas outras duas corridas da mesma categoria, 2.HC, que se realizam praticamente nas mesmas datas, os números são bem diferentes: na Ruta del Sol, ou Volta à Andaluzia (que também se realiza de quarta-feira a domingo) estarão sete e na Volta a Omã (de terça a domingo) estarão nove.

Este é o segundo ano em que a Volta ao Algarve pertence à segunda categoria das provas internacionais de ciclismo da UCI e pormenores como os mencionados ajudam a demonstrar como continua a crescer de importância no calendário. O mês de Fevereiro está ocupado por outras corridas que chamam as principais figuras, mas a Algarvia já tem os seus argumentos estabelecidos e parecem ser bem convincentes.

Mas vamos então aos campeões. Começando por aqueles que já colocaram o seu nome entre os vencedores da Algarvia. Primoz Roglic (Lotto-Jumbo) é uma das principais ausências depois de ter ganho em 2017. Porém, teremos por cá os vencedores desde 2011: Tony Martin (2011 e 2013), Richie Porte (2012), Michal Kwiatkowski (2014) e Geraint Thomas (2015 e 2016). Num pequeno à parte, dos vencedores que antecederam Tony Martin, há um que ainda compete: o belga Stijn Devolder representava em 2008 a Quickstep-Innergetic e agora, aos 38 anos, está na Vérandas Willems-Crelan, do escalão Profissional Continental. O último português a conquistar a Algarvia foi João Cabreira, em 2006.

Quanto ao lote respeitável de campeões nacionais que iremos ver, destacam-se desde logo os dois portugueses: Ruben Guerreiro (Trek-Segafredo) e Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista), que na sexta-feira, em Lagoa, vestirá a sua camisola de campeão de contra-relógio.

Campeões de fundo: Arnaud Démare (França, FDJ), Ramon Sinkeldam (Holanda, FDJ), Ignatas Konovalovas (Lituânia, FDJ), Bob Jungels (Luxemburgo, Quick-Step Floors), Zdenek Stybar (República Checa, Quick-Step Floors) e Ryan Mullen (Irlanda, Trek-Segafredo).

Dos campeões de contra-relógio, dois são também de fundo: Ignatas Konovalovas (Lituânia, FDJ) e Ryan Mullen (Irlanda, Trek-Segafredo). Os restantes são: Tony Martin (Alemanha, Katusha-Alpecin), Edvald Boasson Hagen (Noruega, Dimension Data), Michal Kwiatkowski (Polónia, Sky), Stefan Kung (Suíça, BMC), Jan Polanc (Eslovénia, UAE Team Emirates), Yves Lampaert (Bélgica, Quick-Step Floors), Aleksejs Saramotins (Letónia, Bora-Hansgrohe).

Ainda há mais uns nomes nesta lista de campeões. O belga da Lotto Soudal, Victor Campenaerts, é o campeão europeu de contra-relógio. Em 2017, Jonathan Castroviejo vestia essa camisola e ganhou a etapa do esforço individual, em Sagres. Este ano, não estará na corrida. Desta vez não teremos o campeão mundial de contra-relógio em título (esse é Tom Dumoulin), mas há que não esquecer que só Tony Martin já vestiu a camisola do arco-íris em quatro ocasiões e no ano passado mostrou-a no Algarve. O bielorrusso Vasil Kiryienka foi o campeão mundial nesta especialidade em 2015 e será um dos elementos da Sky na Algarvia. Como ciclistas que foram campeões do mundo de fundo teremos Michal Kwiatkowski (2014) e Philippe Gilbert (2012).

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