Rui Costa é uma das incógnitas para 2018. Qual é o papel do ciclista nesta nova fase da UAE Team Emirates? O ciclista português diz que é de líder e que a chegada de mais uns grandes nomes do ciclismo actual apenas lhe permite ter maior tranquilidade. No entanto, Rui Costa não abre muito o jogo sobre a sua temporada, numa altura em que ainda se desconhece qual ou quais as grandes voltas em que irá estar. Nem sequer avança se irá à procura de etapas como aconteceu no ano passado, ou se poderá tentar novamente apostar na classificação geral. O estatuto na equipa será confirmado com o decorrer das corridas que se seguem no seu calendário.
Por enquanto está em Abu Dhabi, onde tem o dorsal número um. Em 2017 venceu a corrida no primeiro ano em que esta prova pertenceu ao calendário World Tour e, mais importante, na casa do novo patrocinador. Em entrevista ao jornal espanhol Marca, Rui Costa referiu que o contra-relógio altera as perspectivas desta volta, mas que no domingo, último dia e com a etapa rainha, tanto ele, como Fabio Aru e Diego Ulissi vão estar preparados para tentar ganhar novamente a corrida para a UAE Team Emirates. Para já, a formação do Médio Oriente até começou bem, com uma vitória para Alexander Kristoff na primeira etapa, decidida ao sprint.
Mas é do futuro próximo de Rui Costa que mais se quer saber. "Vou continuar a ser líder, mas é certo que agora haverá outros e isso dar-me-á tranquilidade. Já sabemos que é importante ter os pontos UCI e, a partir de agora, vamos trazê-los com vários corredores", salientou. Afirmou ainda que a equipa "é um luxo" com as contratações que garantiu: "O repto é ser no futuro a melhor do mundo e está a trabalhar-se para isso." Além de Fabio Aru e Kristoff, Daniel Martin chegou para formar este trio de destaque, mas Rui Costa passa a ideia que tem de se falar de um quarteto e contar com ele para alcançar bons resultados. "[No Paris-Nice] iremos com o Daniel Martin e com o Kristoff. Assim teremos a capacidade de lutar por vitórias em etapas e também pela geral", disse.
Depois de Paris-Nice, Rui Costa tem ainda no seu calendário a Volta ao País Basco, à Romandia, a semana das Ardenas... Mas quanto às grandes voltas, o Giro parece estar fora de questão e é difícil esconder que é o regresso ao Tour que tem nos seus planos, depois de em 2017 se ter estreado na Volta a Itália e Espanha. "Teremos de ver com calma. O Fabio estará no Giro. Ali não estarei. Com o tempo iremos decidir. Quem sabe Tour e Vuelta", adiantou, recordando que não teve muita sorte em França desde que saiu da Movistar. "Espero que a sorte mude e assim possa fazer algo bonito", frisou o ciclista que conta com três vitórias de etapa no Tour.
Questionado se irá concentrar-se em "caçar etapas", Rui Costa respondeu apenas que é uma das hipóteses. "Temos ciclistas para tudo, mas por agora vou pouco a pouco. Seja como for, acredito que posso celebrar algumas vitórias." Em 2017, além de Abu Dhabi, conquistou antes da etapa rainha Volta a San Juan. No Giro foi três vezes segundo classificado, mas com o decorrer do ano, os resultados foram tendo menos relevância.
Em 2018, espera estar bem em Innsbruck, nuns Mundiais a convidar os trepadores a tirarem a camisola do arco-íris a Peter Sagan. Rui Costa considera que a prova na Áustria poderá ser a mais dura e não acredita que o eslovaco consiga um histórico quarto título consecutivo. Nunca nenhum ciclista venceu mais de três.
Muito acontecerá até aos Mundiais e Rui Costa (31 anos) tem mente que está em final de contrato. "Por agora não me preocupa em demasia", afirmou, mas não esconde que se sente bem na UAE Team Emirates e que o objectivo passar por renovar.
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