(Fotografia: Team Sky) |
Recentemente foi noticiado em Itália, no Corriere della Sera, que Froome estaria disponível para chegar a acordo e assim receber uma sanção menos pesada, ou seja, afastando o cenário de dois anos se suspensão, como aconteceu com Diego Ulissi em 2015. Como causa, ficaria sem a Vuelta e a medalha de bronze dos Mundiais, no contra-relógio. Ulissi, recorde-se, cumpriu nove meses de castigo.
O jornal referia que o britânico estaria convencido que não poderia vencer o processo e assim, pelo menos poderia aspirar estar na Volta a Itália, ou pelo menos no Tour. As palavras publicadas esta segunda-feira indicam que Froome continua disposto a lutar. "Estou confiante que vamos conseguir averiguar o que aconteceu e estou a trabalhar muito com a equipa para que tal aconteça. Ninguém está mais interessado do que eu em avançar com as coisas o mais rapidamente possível", lê-se no comunicado. O ciclista realçou ainda que compreende que "a situação cria uma enorme incerteza" e que tal gera "muito interesse e especulação".
O jornal referia que o britânico estaria convencido que não poderia vencer o processo e assim, pelo menos poderia aspirar estar na Volta a Itália, ou pelo menos no Tour. As palavras publicadas esta segunda-feira indicam que Froome continua disposto a lutar. "Estou confiante que vamos conseguir averiguar o que aconteceu e estou a trabalhar muito com a equipa para que tal aconteça. Ninguém está mais interessado do que eu em avançar com as coisas o mais rapidamente possível", lê-se no comunicado. O ciclista realçou ainda que compreende que "a situação cria uma enorme incerteza" e que tal gera "muito interesse e especulação".
As últimas informações apontam que a defesa irá recair na hipótese de o funcionamento irregular dos rins ter provocado os elevados valores de salbutamol, detectados na sétima etapa da Vuelta, corrida que acabaria por conquistar. Teme-se que o caso poderá arrastar-se por vários meses, pois mesmo após a decisão do órgão que está a conduzir o processo na UCI, o caso poderá acabar no Tribunal Arbitral do Desporto..
Mauro Vegni, director do Giro, tem sido activo no apelo para que haja uma rápida conclusão. O responsável da RCS Sport não quer uma repetição da edição de 2011, ganha por Alberto Contador, que também esperava a conclusão de um processo que acabaria com a sua suspensão e a retirada de todos os resultados desde o Tour do ano anterior, quando houve a análise positiva por clembuterol. O antigo ciclista espanhol tem sido um dos que tem pedido para que a decisão seja rápida, pois sabe bem o que é competir na incerteza.
Se Chris Froome for sancionado, todos os resultados que alcançar até ao anúncio da conclusão do processo, a começar com a vitória na Vuelta, ser-lhe-ão retirados.
Que ambiente irá encontrar Froome?
O britânico acusou o dobro do permitido de salbutamol, mas sendo uma substância que não dá uma suspensão provisória imediata, Froome pode competir. As suspeitas de doping na Sky têm acompanhado a equipa nos últimos anos. Inclusivamente, os ciclistas da equipa já sofreram na pele a ira de adeptos que lhes cuspiram e até agrediram durante uma Volta a França, quando nos jornais se especulava sobre o que se estaria a passar na Sky. Não ajuda o famoso "pacote suspeito" que envolve Bradley Wiggins, quando este era o líder da formação britânica, que assombrou a equipa no último ano.
Com alguns ciclistas do pelotão a serem da opinião que Froome deveria ter sido suspenso pela Sky, ou então ter-se auto suspendido, como defendeu Romain Bardet (AG2R), fica a dúvida: que ambiente irá Froome encontrar em prova, tanto pelos corredores, como pelos adeptos. Lance Armstrong até disse algo que provavelmente terá razão. Se o britânico for ao Tour sem o processo concluído, vai ter três semanas infernais.
Talvez mais do que ciente da delicadeza da situação, o director da Ruta del Sol, ou Volta a Andaluzia, já veio dizer que irá receber Froome de braços abertos. "Será um prazer e uma honra", disse Joaquín Cuevas à agência Efe, citado pela Marca. Será a terceira presença de Froome nesta prova espanhola. Estreou-se em 2011 na 50ª posição, numa edição ganha por Markel Irizar. Regressou em 2015, já como vencedor de um Tour, e bateu na geral Alberto Contador, por dois segundos.
"Treinei duramente em Janeiro. Já passaram alguns anos desde a minha última Ruta del Sol. Foi uma corrida que gostei e por isso estou entusiasmado por regressar", admitiu o líder da Sky. O ciclista colocou os dados dos seus treinos na conhecida aplicação Strava e foram cerca de cinco mil quilómetros e muitos a ritmo bem elevado.
A Volta ao Algarve era uma hipótese já que a Sky será uma das equipas presentes. A prova portuguesa realiza-se na mesma data da espanhola. Não haverá Froome, mas estará Geraint Thomas (vencedor em 2015 e 2016) e que procura ser novamente líder numa grande volta, tendo até já avisado Froome e a Sky que quer a sua oportunidade, mesmo que tenha de estar ao lado do companheiro de equipa. Michal Kwiatkowski, outro vencedor da Algarvia, em 2014, também colocou a corrida na sua agenda. Também o polaco vai reclamando um maior estatuto.
Além de se questionar qual será o ambiente nesta estreia em competição de Froome em 2018, fica também a pergunta de como estará o ambiente dentro da própria equipa. Wout Poels quer igualmente mais do que ser gregário em grandes voltas, David de la Cruz chegou à Sky e já quer a Vuelta para ele. Como sairá a liderança de Froome deste caso? Mais uma questão, cuja resposta poderá depender muito da resolução do processo. Mas dificilmente tudo será como antes...
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»»Advogado de Ulissi alerta que Froome arrisca sanção máxima devido à opção de defesa««
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