(Fotografia: Team Sky) |
A corrida mantém o percurso maioritariamente plano e com uma etapa que decide o vencedor, desta feita com 199 quilómetros, com alguma montanha e o explosivo final em Jebel Hafeet. Nesta edição será a última. No dia antes, haverá um contra-relógio de 11 quilómetros. Tom Dumoulin (Sunweb) - que vai começar a sua época - Miguel Ángel López (Astana), Rafal Majka (Bora-Hansgrohe), Rohan Dennis (BMC), Alejandro Valverde (Movistar), Simon Yates (Mitchelton-Scott), Ilnur Zakarin (Katusha-Alpecin) e Julian Alaphilippe (Quick-Step Floors) são desde logo alguns dos candidatos a suceder Rui Costa, além de Aru e claro que não se poderá tirar o português da equação, ainda mais quando demonstrou em Omã que está em clara subida de forma. Depois haverá Mark Cavendish (Dimension Data), Marcel Kittel (Katusha-Alpecin), Caleb Ewan (Mitchelton-Scott) e Elia Viviani (Quick-Step Floors) para animar os sprints.
Porém, algumas das atenções vão focar-se em Luke Rowe. O britânico da Sky sofreu um daqueles infelizes acidentes num momento que era suposto ser de descontracção e recebeu a difícil notícia que a época de 2018 seria praticamente toda perdida. Há seis meses, o britânico de 27 anos, partiu a perna quando saltou do barco de rafting para a água, numa zona pouco profunda. 20 fracturas... No entanto, a recuperação superou qualquer das melhores expectativas. No final do ano, Rowe já falava em talvez estar preparado para ir à Volta a França, aquela que acabou por ser a sua última corrida em 2017, tendo sido um ciclista importante na quarta conquista de Chris Froome. No entanto, eis que Rowe se sentiu preparado para voltar já à competição e até pensar em atacar as clássicas.
"Quando regressei aos treinos como deve ser, percebi que, se calhar, não estava tão em baixo de forma como pensava. Conseguir sofrer um pouco no início e levei uns pontapés na cabeça algumas vezes, mas recuperei a forma e a força muito rapidamente", explicou o ciclista, no comunicado da Sky. "No estágio em Janeiro senti-me bem, fui ter com a equipa e disse que queria estar em Abu Dhabi", acrescentou.
Rowe até considera que ao ser uma estreia para ele a prova no Médio Oriente, até é uma mudança boa, mas claro que o percurso teve influência na decisão: "É uma corrida perfeita para regressar. Os sprints são turbulentos, é certo, mas as estradas são largas e muito planas, por isso, é um pouco menos stressante."
O britânico considera que estes próximos dias serão importante para perceber como poderá enfrentar as próximas semanas. E não esconde que estar nas clássicas "seria um sonho". "Tinha excluído por completo [a hipótese], mas é possível olhar para a fase final das clássicas e estar em boa forma. Seria um sonho. Mas talvez seja demasiado optimista estar lá a 100%. Ainda é cedo no processo e obviamente que ainda estou em recuperação. É um enorme objectivo e o tempo o dirá." Ou seja, tem mês e meio para perceber se estará em condições de enfrentar as duríssimas Volta a Flandres e Paris-Roubaix, a não ser que mude o seu foco para a semana das Ardenas, que não se adequam tanto às suas características.
A despedida de solteiro do irmão, na República Checa, acabou por ser memorável pelas piores razões, mas Rowe ultrapassou uma enorme adversidade. Só o seu regresso cerca de seis meses antes do que era minimamente expectável, é uma vitória. Agora é esperar para ver se a Sky poderá contar com um ciclista que tem sido aposta no bloco das clássicas, além de se ter tornado também importante na ajuda ao líder nas grandes voltas.
A Volta a Abu Dhabi arranca esta quarta-feira, com a etapa rainha final marcada para domingo e terá transmissão no Eurosport 2.
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