Nuno Meireles sabia que ao aceitar a proposta da Equipo Bolivia poderia viver uma aventura. Estava preparado para tudo, menos para a situação que o marcou negativamente e o deixou de fora de competição mais de meio ano. O dinheiro não chegava aos ciclistas e sem receber, foram os próprios que decidiram em Junho, após o Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, que ou recebiam, ou não correriam mais. Foram longos meses até que no passado domingo (dia 4), Meireles regressou finalmente às corridas. Feliz, aliviado e principalmente motivado para colocar definitivamente para trás uma má fase da sua carreira e contribuir para a nova era da equipa que o formou como atleta.
"Estou feliz, estou motivado e é uma sensação muito boa voltar a pôr o dorsal nas costas", desabafou Nuno Meireles ao Volta ao Ciclismo. Com apenas 26 anos, o ciclista não queria pensar sequer em deixar a modalidade, mas não esconde que foram tempos difíceis. "Marcou-me. Foi uma fase muito negativa. Quando se pensa que só acontece às outras equipas e depois estamos a passar por esta situação... Normalmente pensa-se que lá fora é que está o melhor, melhor do que cá, mas nós em Portugal temos muito boas condições", salientou, não tendo dúvidas que se aparecer uma nova oportunidade para ir para uma formação estrangeira: "Agora vou pensar muito bem!"
Nuno Meireles explicou que alguns dos ciclistas "não tinham recebido um cêntimo até Junho". "Eu ainda recebi algum", disse. A última vez que competiu foi a 4 desse mês, na terceira e última etapa do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela. Os ordenados nunca foram regularizados, pelo que Meireles viu-se obrigado a pensar no futuro e prepará-lo longe das corridas. O Miranda-Mortágua, que o ajudou a formar-se como ciclista, acabou por ser também a estrutura que lhe permite retomar a carreira. "É especial voltar aqui. Foi aqui que me fiz como ciclista, foi aqui que aprendi quase tudo o que sei. É motivante regressar, ainda mais depois de tudo o que aconteceu."
No ano em que a equipa subiu ao escalão Continental, ainda que seja sub-25, Meireles tem funções bem diferentes ao que estava habituado, recordando que esteve dois anos na LA Alumínios-Antarte (2015 e 2016). Será um líder, com a responsabilidade de ajudar os jovens que formam o plantel, partilhando esse papel com António Barbio. "Temos de dar o nosso melhor, fazer resultados e espero que nós e os jovens possamos levar ao pódio o nome do Miranda-Mortágua", afirmou, acrescentando que os ciclistas mais novos são de grande talento e que acredita que podem lutar por bons resultados. Ficou ainda a garantia que, apesar da falta de experiência ao mais alto nível de grande parte do plantel - só Meireles e Barbio são profissionais, como ditam os regulamentos -, o Miranda-Mortágua está preparado para enfrentar todos os desafios, como a Volta ao Algarve, que contará com 13 equipas do World Tour.
Meireles destacou mesmo que se está a falar de uma equipa que pode ter subido de escalão este ano, mas há algum tempo que apresentava uma estrutura de elevado nível: "É uma equipa que é profissional há muito tempo. Agora aumentou a responsabilidade, mas tem condições que poucas equipas oferecem. Tenho toda a certeza que iremos estar preparados para esse desafio [da Volta ao Algarve]." O Miranda-Mortágua irá apresentar-se na Algarvia com, além de Meireles e Barbio, Hugo Nunes, Damien Marques, Gonçalo Carvalho, Jorge Magalhães e o campeão nacional de sub-23, Francisco Campos.
A época começou com uma Prova de Abertura Região de Aveiro marcada por uma queda perto do final, que partiu o pelotão e não permitiu a Meireles, nem aos colegas tentar repetir a vitória de há um ano, por intermédio de Francisco Campos. Antes do arranque, Meireles não escondeu que sentiu ansiedade. "É normal. Estava à espera deste momento, de voltar a competir, voltar a sentir a adrenalina da competição." Treinou duramente na pré-época, pois a ambição é grande, mas a simples vontade de competir é, devido a tudo o que passou, maior. Há que olhar em frente e é essa atitude de Nuno Meireles: "Foi mais de meio ano parado, mas agora estou de volta!"
»»"O Barbio e o Meireles vão ter um papel ingrato, mas muito importante"««
»»O pelotão nacional visto por Nuno Sabido««
"Estou feliz, estou motivado e é uma sensação muito boa voltar a pôr o dorsal nas costas", desabafou Nuno Meireles ao Volta ao Ciclismo. Com apenas 26 anos, o ciclista não queria pensar sequer em deixar a modalidade, mas não esconde que foram tempos difíceis. "Marcou-me. Foi uma fase muito negativa. Quando se pensa que só acontece às outras equipas e depois estamos a passar por esta situação... Normalmente pensa-se que lá fora é que está o melhor, melhor do que cá, mas nós em Portugal temos muito boas condições", salientou, não tendo dúvidas que se aparecer uma nova oportunidade para ir para uma formação estrangeira: "Agora vou pensar muito bem!"
Nuno Meireles explicou que alguns dos ciclistas "não tinham recebido um cêntimo até Junho". "Eu ainda recebi algum", disse. A última vez que competiu foi a 4 desse mês, na terceira e última etapa do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela. Os ordenados nunca foram regularizados, pelo que Meireles viu-se obrigado a pensar no futuro e prepará-lo longe das corridas. O Miranda-Mortágua, que o ajudou a formar-se como ciclista, acabou por ser também a estrutura que lhe permite retomar a carreira. "É especial voltar aqui. Foi aqui que me fiz como ciclista, foi aqui que aprendi quase tudo o que sei. É motivante regressar, ainda mais depois de tudo o que aconteceu."
"Agora aumentou a responsabilidade, mas [o Miranda-Mortágua] tem condições que poucas equipas oferecem. Tenho toda a certeza que iremos estar preparados para esse desafio [da Volta ao Algarve]"
No ano em que a equipa subiu ao escalão Continental, ainda que seja sub-25, Meireles tem funções bem diferentes ao que estava habituado, recordando que esteve dois anos na LA Alumínios-Antarte (2015 e 2016). Será um líder, com a responsabilidade de ajudar os jovens que formam o plantel, partilhando esse papel com António Barbio. "Temos de dar o nosso melhor, fazer resultados e espero que nós e os jovens possamos levar ao pódio o nome do Miranda-Mortágua", afirmou, acrescentando que os ciclistas mais novos são de grande talento e que acredita que podem lutar por bons resultados. Ficou ainda a garantia que, apesar da falta de experiência ao mais alto nível de grande parte do plantel - só Meireles e Barbio são profissionais, como ditam os regulamentos -, o Miranda-Mortágua está preparado para enfrentar todos os desafios, como a Volta ao Algarve, que contará com 13 equipas do World Tour.
Meireles destacou mesmo que se está a falar de uma equipa que pode ter subido de escalão este ano, mas há algum tempo que apresentava uma estrutura de elevado nível: "É uma equipa que é profissional há muito tempo. Agora aumentou a responsabilidade, mas tem condições que poucas equipas oferecem. Tenho toda a certeza que iremos estar preparados para esse desafio [da Volta ao Algarve]." O Miranda-Mortágua irá apresentar-se na Algarvia com, além de Meireles e Barbio, Hugo Nunes, Damien Marques, Gonçalo Carvalho, Jorge Magalhães e o campeão nacional de sub-23, Francisco Campos.
A época começou com uma Prova de Abertura Região de Aveiro marcada por uma queda perto do final, que partiu o pelotão e não permitiu a Meireles, nem aos colegas tentar repetir a vitória de há um ano, por intermédio de Francisco Campos. Antes do arranque, Meireles não escondeu que sentiu ansiedade. "É normal. Estava à espera deste momento, de voltar a competir, voltar a sentir a adrenalina da competição." Treinou duramente na pré-época, pois a ambição é grande, mas a simples vontade de competir é, devido a tudo o que passou, maior. Há que olhar em frente e é essa atitude de Nuno Meireles: "Foi mais de meio ano parado, mas agora estou de volta!"
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