Amaro Antunes com equipamento para 2019
da CCC. Algarvio vai regressar à "sua" corrida (Fotografia: Chris Auld Photography/CCC Team) |
Prenda de Natal adiantada com o anúncio das primeiras equipas confirmadas para a Volta ao Algarve. Das cinco conhecidas, quatro são do World Tour e uma Profissional Continental, com destaque para o regresso de Amaro Antunes à "sua" corrida, no ano que marcará a sua estreia ao mais alto nível do ciclismo. A CCC tomou conta da estrutura da BMC e o algarvio vai assim estar novamente na disputa, depois de ter vencido no Malhão em 2017, então ao serviço da W52-FC Porto.
Na última edição, Amaro ficou de fora depois da CCC não ter recebido um convite. A equipa polaca pertenceu ao segundo escalão em 2018, pelo que com a forte presença de equipas do primeiro, com as nove portuguesas e com o ranking europeu a influenciar a escolha das Profissionais Continentais, um ano depois de um triunfo marcante, Amaro teve de ficar de fora. Até esteve na "concorrente" Ruta del Sol, mas uma queda grave na terceira etapa, obrigou-o a abandonar.
Há outros dois portugueses do World Tour poderão estar em destaque, pois a Katusha-Alpecin também estará presente, com José Gonçalves a ter no seu calendário a prova portuguesa e Ruben Guerreiro não esquecerá a excelente exibição também no Malhão esta época, tendo ficado a quatro segundos de apanhar Michal Kwiaktkowski.
Ainda não se sabe se a Sky virá tentar mais uma vitória no Algarve, depois de nas últimas sete edições ter vencido quatro: Richie Porte em 2012, Geraint Thomas em 2015 e 2016 e Kwiatkkowski em 2018 (ganhou também em 2014, mas pela Omega Pharma-Quick-Step). Já a Sunweb estará novamente nas estradas algarvias e ficaremos a desejar que Tom Dumoulin se junte ao pelotão!
A Bora-Hansgrohe também já é presença habitual, ainda que, salvo alguma mudança de calendário, não será desta que Peter Sagan viajará até ao sul do país. Rafal Majka tem a Volta ao Algarve no seu programa e quem sabe se possa juntar um Sam Bennett para discutir os sprints de Lagos e Tavira, um Jay McCarthy ou um Emanuel Buchmann.
Além das quatro equipas do World Tour estará a Cofidis, do segundo escalão, mais uma equipa que tem escolhido o Algarve como preparação para a temporada, com o sprinter Nacer Bouhanni a ser uma possibilidade, ou então o companheiro (e rival) Christophe Laporte. Com a formação francesa a querer apostar mais na conquista de corridas e não só de etapas, tem dois reforços importantes, casos de John Darwin Atapuma (UAE Team Emirates) e Natnael Berhani (Dimension Data), que vão tentar dar um novo empurrão nas carreiras, agora ao lado dos irmãos Herrada. A ver vamos quem serão os eleitos para a Algarvia.
A estas primeiras confirmações juntam-se as nove equipas portuguesas, com a W52-FC Porto a ter desta feita estatuto de Profissional Continental. O pelotão da 45ª Volta ao Algarve vai assim ganhando forma. Há que não esquecer que este ano houve um recorde de 13 equipas do principal escalão, numa corrida de categoria 2.HC, só atrás das provas World Tour.
Apesar de não ter aparecido entre confirmações deste sábado da organização, a Quick-Step Floors também não deverá falhar nova presença, com o director Patrick Lefevere a já ter falado da possibilidade de convocar o jovem belga de quem muito se fala destes os últimos Mundiais: Remco Evenepoel. Campeão do Mundo e da Europa de juniores em contra-relógio e na prova de fundo, aos 18 anos (fará 19 a 25 de Janeiro) este ciclista ganhou quase todas as corridas em que participou em 2018. A Quick-Step Floors, ou melhor, a Deceuninck-Quick Step como se passará a chamar, não quis esperar e contratou Evenepoel, mas vai colocá-lo aos poucos nas competições, para que se possa adaptar a uma realidade bem diferente.
Mesmo sendo tão jovem e no seu primeiro ano como profissional e como sub-23, se vier à Algarvia, Evenepoel será desde logo uma das estrelas do pelotão. A corrida realiza-se entre 20 e 24 de Fevereiro, com partida marcada para Portimão (pode ver o perfil das cinco etapas no link em baixo), ficando-se agora à espera de conhecer as restantes equipas e perceber se haverá novo recorde quanto a presenças do World Tour.
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