(Imagem: print screen) |
A partir de 1 de Janeiro de 2018, quem for apanhado a ser levado por um carro de apoio não irá apenas enfrentar a desqualificação da corrida e uma multa de 200 francos suíços (cerca de 175 euros). Gianni Moscon foi o caso mais recente, nos Mundiais de Bergen, mas este ano já Romain Bardet tinha sido desqualificado - e consequentemente expulso - do Paris-Nice pela mesma razão. A UCI quer persuadir que situações destas continuem a acontecer e a nova sanção prevê uma possível suspensão de um mês e a multa sobe para cinco mil francos suíços (cerca de 4400 euros).
Não é invulgar ver os ciclistas tentarem aproveitar a deslocação dos carros para recolar ao pelotão, colocando-se atrás destes ou até agarrarem-se para o mecânico realizar algum trabalho, por exemplo. Desde que não exagerem, por norma não há problema. A questão está mesmo em agarrarem-se e o veículo acelerar, recuperando assim vários metros. Moscon, por exemplo, caiu a 35 quilómetros da meta e depois foi buscar um bidão ao carro. As imagens captam como naquele momento houve uma aceleração, sendo demasiado óbvio já que Sergio Henao, que também tinha caído, ficou rapidamente para trás. O ciclista italiano até chegou a estar numa fuga nos quilómetros finais, foi 29º, mas acabou desqualificado. Outro exemplo muito popular foi o de Vincenzo Nibali na Volta a Espanha de 2015. Tanto ele como o condutor do veículo, membro da equipa da Astana, foram mandados para casa.
Quanto ao caso de Moscon, um dos responsáveis da selecção italiana, Davide Cassani, assumiu publicamente a responsabilidade do que aconteceu. "A culpa foi minha. Eu dei-lhe o bidão e disse-lhe para se agarrar. Sei que não o deveria ter feito e peço desculpa porque toda a Itália fica mal vista. No entanto, o que aconteceu não deverá afectar a imagem do Gianni. Ele não merece ser afectado por isto. Ele é uma boa pessoa e honesta", salientou Cassani, à Gazzetta dello Sport.
Outra mudança nas sanções que será implementada pela UCI em 2018 é relativa a quem atravessa passagens de níveis quando a cancela vai fechar ou já estiver fechada, como aconteceu no Paris-Roubaix, em 2015. Até agora o ciclista seria ou desqualificado ou ainda durante a corrida poderia ser obrigado a abandonar. Agora o infractor enfrentará também uma pena de um mês de suspensão mais a multa de cinco mil francos suíços.
Estas alterações chegam quando David Lappartient foi eleito o novo presidente da UCI, na quinta-feira. No entanto, ainda foram acordadas durante o mandato do antecessor Brian Cookson, tal como a redução do número de ciclistas nas corridas: de nove para oito nas grandes voltas e de oito para sete nas restantes competições.
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