(Fotogtrafia: Podium/Volta a Portugal) |
A informação é avançada pelo site Ciclo21, com Raúl Alarcón a confirmar a proposta da estrutura de Eusebio Unzué. "Tem-se estado a falar com a Movistar, mas também com outras equipas", explicou, acrescentado: "[A Movistar] é uma super equipa e quem não gostaria de estar lá! Mas agora tenho de analisar todas as condições." O ciclista espanhol salientou ainda como a W52-FC Porto fez muito por ele. Entre as condições que procura para eventualmente mudar de equipa é que o valorizem e que tenha a oportunidade de estar na Volta a Espanha.
Alarcón venceu a terceira etapa na Volta as Astúrias, conquistando depois a geral. Seguiu para Madrid e ganhou a primeira tirada, ficando em segundo na geral e foi depois ganhar a Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela. Ainda antes de chegar à Volta a Portugal, conquistou o Grande Prémio Jornal de Notícias, ganhando duas etapas e o prólogo, um contra-relógio colectivo. Na prova rainha, venceu duas etapas, incluindo na Senhora da Graça e vestiu a amarela quase do princípio ao fim. Aproveitou a oportunidade que lhe surgiu quando Gustavo Veloso não conseguiu estar ao nível necessário, apesar de ser o número um assumido da formação do Sobrado. "Sempre respeitei os meus líderes", frisou, considerando que o que fez este ano foi precisamente aproveitar as oportunidades que o director desportivo Nuno Ribeiro lhe deu.
Alarcón, 31 anos, chegou muito novo ao World Tour. Em 2007 assinou pela Saunier Duval, que em 2008 mudou de nome para Scott-American Beef, mas a equipa acabou por sofrer com os escândalos de doping que afectaram alguns dos principais ciclistas. O espanhol teve de dar um passo atrás na carreira e chegou mesmo a voltar ao estatuto de amador. Foi em Portugal que reencontrou o caminho do profissionalismo. Em 2011 assinou pela Barbot-Efapel. Dois anos depois foi para o Louletano onde conheceu Rui Vinhas, que viria a ser importante na sua inclusão na então chamada W52-Quinta da Lixa, em 2015.
Feliz por estar em Portugal, Alarcón abriu uma porta com as suas recentes exibições que há poucos anos pensou estar completamente fechada: a do World Tour. A qualidade que o destacou enquanto um dos jovens talentos espanhóis há dez anos não se perdeu. O ciclista apresenta-se no melhor momento da carreira em termos de vitórias e não surpreende que tenha chamado a atenção da Movistar, a única equipa espanhola do principal escalão. Têm sido vários os ciclistas a anunciar a saída, com apenas três contratações para já confirmadas: Jaime Rosón (Caja Rural), Eduardo Sepulveda (Fortuneo-Oscaro) e Mikel Landa (Sky). Vão sair: Alex Dowsett (Katusha-Alpecin), Jesús Herrada (Cofidis), José Herrada (Cofidis), Gorka Izagirre (Bahrain-Merida) e Roy Sutherland (UAE Team Emirates).
Alarcón poderia assim regressar pela porta grande ao World Tour, estando ao lado de Nairo Quintana e Alejandro Valverde e tendo também dois portugueses como colegas, Nelson Oliveira e Nuno Bico. Ingressar na Movistar será muito tentador, falta saber quais serão as outras propostas. Apesar de não colocar de parte a possibilidade de ficar na W52-FC Porto, será difícil a Nuno Ribeiro segurar o ciclista, situação que o responsável também poderá vir a passar com Amaro Antunes, pois o algarvio despertou igualmente o interesse no estrangeiro.
Apesar do objectivo de vir a subir ao escalão Profissional Continental, tal não deverá acontecer em 2018. O plano passa por consolidar a estrutura antes de dar o importante e desejado passo Ninguém quer que se torne numa passagem fugaz, mas sim uma permanência longa. A continuar no terceiro escalão, o Continental, torna-se mais complicado para Nuno Ribeiro manter os seus principais valores. A qualidade de alguns dos ciclistas da W52-FC Porto - António Carvalho também despontou definitivamente em 2017, por exemplo - faz com que surja a cobiça de equipas com outro potencial financeiro e com acesso a grandes corridas internacionais. O "preço a pagar" pela excelente temporada (mais uma) da formação do Sobrado.
»»A época do ciclismo nacional chegou ao fim... e soube a pouco««
»»Amaro Antunes não larga liderança««
Apesar do objectivo de vir a subir ao escalão Profissional Continental, tal não deverá acontecer em 2018. O plano passa por consolidar a estrutura antes de dar o importante e desejado passo Ninguém quer que se torne numa passagem fugaz, mas sim uma permanência longa. A continuar no terceiro escalão, o Continental, torna-se mais complicado para Nuno Ribeiro manter os seus principais valores. A qualidade de alguns dos ciclistas da W52-FC Porto - António Carvalho também despontou definitivamente em 2017, por exemplo - faz com que surja a cobiça de equipas com outro potencial financeiro e com acesso a grandes corridas internacionais. O "preço a pagar" pela excelente temporada (mais uma) da formação do Sobrado.
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