18 de fevereiro de 2019

TAD anula suspensão de quatro anos

Cinco meses depois de ter sido sancionado com quase quatro anos de suspensão devido a irregularidades no passaporte biológico, Ibai Salas viu o Tribunal Arbitral do Desporto espanhol (TAD) anular a sentença. O ciclista representava a Burgos-BH e a sua suspensão foi a segunda de um corredor da equipa, o que levou a que também a formação fosse afastada da competição por 21 dias.

Segundo a Europa Press, o TAD justificou a decisão por não ser possível determinar se Salas recorreu ou não a substâncias proibidas, ou a métodos proibidos de dopagem. Ou seja, considera que o passaporte biológico não é suficiente para provar que o ciclista cometeu alguma infracção.

Com 27 anos, um regresso à modalidade ao nível em que se encontrava não seria uma missão fácil se tivesse de cumprir a sanção. No entanto, a decisão da Agência Espanhola de Protecção da Saúde no Desporto (AEPSD), agora anulada, fez com que a Burgos-BH deixasse de contar com o ciclista que estava na equipa desde 2014. E como estava suspenso, não tem licença para competir.

Esta sanção teve impacto directo na Burgos-BH, pois foi o segundo caso de doping em 12 meses, depois de David Belda ter sido suspenso por quatro anos ao acusar EPO. Juntou-se ainda o de Igor Merino, a quem foi detectada a utilização de uma hormona de crescimento. A formação espanhola não esperou pela UCI e auto-suspendeu-se e até promoveu um seminário para todos os membros da estrutura sobre doping. A UCI viria depois a confirmar a esperada suspensão, com a Burgos-BH a falhar a Tropicale Amissa Bongo e o Challenge de Maiorca.

A agência de comunicação que representa Salas reagiu através de um comunicado enviado para a Europa Press, destacando como "esta actuação irregular da AEPSD pressupôs o final da carreira profissional de Ibai Salas", que considera ter sido "acusado injustamente de dopagem". Realçou ainda como o corredor viveu "um calvário que durou mais de dez meses até conseguir demonstrar a sua inocência."


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