(Fotografia: Miranda-Mortágua) |
Aos 37 anos, parar é uma palavra que Hugo Sancho não nega que já vai entrando no seu léxico. Porém, enquanto a motivação existir e os desafios surgirem, o ciclista só pensa em sair para cada corrida, para cada treino com a mesma dedicação de sempre. E essa motivação cresceu em 2019, pois está de regresso a uma casa que bem conhece dos tempos de formação, ainda que agora tenha uma responsabilidade diferente. É o mais velho de uma equipa predominantemente jovem e partilhar a sua experiência terá um peso importante para que o Miranda-Mortágua possa enfrentar a época com a ambição que o director Pedro Silva sempre tem.
Depois de ter passado grande parte da carreira na LA Antarte e antes no Benfica, Sancho esteve na última temporada na Vito-Feirense-BlackJack. É dos ciclistas mais experientes e respeitados do pelotão nacional. Motivação e experiência são, para Hugo Sancho, as mais valias quando se chega à sua idade ainda a competir a alto nível. Porém, o comportamento físico é, inevitavelmente, diferente. "Corrigimos aqueles pormenores que nos vão ajudar. É óbvio que aos 37 tenta-se dar ao corpo o que ele já não tem. Se calhar fica mais lento e nós temos de trabalhar mais outras partes", referiu ao Volta ao Ciclismo.
O que poderá seguir-se à carreira de ciclista é algo que ainda não pensou muito, mas já vai começando a analisar possibilidades. No entanto, se vai parar este ano ou daqui a dois, é algo que não tem decidido. "Por um lado gostaria de ficar ligado ao ciclismo, por outro tenho algumas coisas que a família me pode proporcionar. Não sei... Ainda não pensei muito bem, mas vou pensando cada vez mais", afirmou. A família tem uma grande influência nas suas decisões: "Se eu não puder dar a elas [às filhas] o que elas precisam, eu não estaria no ciclismo. Vivo em função de ter as pessoas à minha volta felizes. Se não não estaria aqui."
Pensar na retirada fica para outra altura, pois o que tem pela frente a curto prazo é mais uma temporada, que a partir desta quarta-feira e até domingo, passa pela Volta ao Algarve. O Miranda-Mortágua viu algumas das suas principais figuras saírem, como foi o caso de Francisco Campos, Hugo Nunes, Gonçalo Carvalho e Jorge Magalhães, por exemplo. Neste segundo ano como Continental sub-25, a remodelação teve de ser profunda. "Se têm qualidade têm que dar o salto, têm de pensar no futuro deles. É sempre assim", salientou. Sendo uma equipa que aposta na formação, acaba por ser sinal do seu sucesso.
Apesar das muitas mudanças, Sancho não duvida que o Miranda-Mortágua vai estar sempre na luta, como aconteceu na Prova de Abertura Região de Aveiro, em que os ciclista da equipa muito trabalharam para colocar Daniel Freitas na disputa do sprint. "Acima de tudo podem esperar que seremos a imagem do responsável máximo desta equipa. A ambição em cada dia e tentar dignificar ao máximo os patrocinadores. E vamos estar aí para alcançar algumas vitórias, alguns resultados. Temos os nossos desafios, queremos mostrar os nossos patrocinadores. São eles que nos dão condições para seguir o ano todo", referiu.
O Miranda-Mortágua foi uma das três estruturas - UD Oliveirense-InOutBuild e LA Alumínios-LA Sport - que na época passada decidiu aproveitar a oportunidade para subir ao escalão Continental, ainda que como sub-25. Foi um passo visto com desconfiança por muitos e Hugo Sancho foi um deles. Entretanto, mudou de opinião: "Eu de início achava que ter só sub-25 não era favorável para o ciclismo. Mas também foi a forma como nos foi apresentado tudo isto. Agora vejo que o inserir das pessoas mais jovens e dar-lhes mais responsabilidade, faz com que elas evoluam. Acho que é isso que está acontecer. Têm mais responsabilidade, são profissionais e têm de se dedicar."
Por isso, considera que formações como o Miranda-Mortágua são um ponto muito positivo no ciclismo nacional. "É importante ter estas equipas, como é importante ter uma como a W52-FC Porto, uma equipa Profissional Continental, que dá outras condições e ambição aos corredores mais novos. Saíram daqui dois [Francisco Campos e Jorge Magalhães] e agora têm essa responsabilidade de competir num calendário mais abrangente e com mais qualidade. Toda esta estrutura, desde estas equipas [sub-25] e depois às com a responsabilidade da W52-FC Porto, é um ciclo que deve ser cada vez mais solidificado", realçou.
Hugo Sancho é um dos ciclistas com mais de 25 anos escolhido pelo Miranda-Mortágua para ajudar a dar continuidade a um projecto de referência na formação, pois este é um ciclista que pode ser uma voz de comando essencial durante as corridas: "Acima de tudo sou o mais velho e tenho de transmitir algumas coisas aos mais novos. É uma responsabilidade que não pesa, mas é uma responsabilidade."
Depois de ter passado grande parte da carreira na LA Antarte e antes no Benfica, Sancho esteve na última temporada na Vito-Feirense-BlackJack. É dos ciclistas mais experientes e respeitados do pelotão nacional. Motivação e experiência são, para Hugo Sancho, as mais valias quando se chega à sua idade ainda a competir a alto nível. Porém, o comportamento físico é, inevitavelmente, diferente. "Corrigimos aqueles pormenores que nos vão ajudar. É óbvio que aos 37 tenta-se dar ao corpo o que ele já não tem. Se calhar fica mais lento e nós temos de trabalhar mais outras partes", referiu ao Volta ao Ciclismo.
O que poderá seguir-se à carreira de ciclista é algo que ainda não pensou muito, mas já vai começando a analisar possibilidades. No entanto, se vai parar este ano ou daqui a dois, é algo que não tem decidido. "Por um lado gostaria de ficar ligado ao ciclismo, por outro tenho algumas coisas que a família me pode proporcionar. Não sei... Ainda não pensei muito bem, mas vou pensando cada vez mais", afirmou. A família tem uma grande influência nas suas decisões: "Se eu não puder dar a elas [às filhas] o que elas precisam, eu não estaria no ciclismo. Vivo em função de ter as pessoas à minha volta felizes. Se não não estaria aqui."
Pensar na retirada fica para outra altura, pois o que tem pela frente a curto prazo é mais uma temporada, que a partir desta quarta-feira e até domingo, passa pela Volta ao Algarve. O Miranda-Mortágua viu algumas das suas principais figuras saírem, como foi o caso de Francisco Campos, Hugo Nunes, Gonçalo Carvalho e Jorge Magalhães, por exemplo. Neste segundo ano como Continental sub-25, a remodelação teve de ser profunda. "Se têm qualidade têm que dar o salto, têm de pensar no futuro deles. É sempre assim", salientou. Sendo uma equipa que aposta na formação, acaba por ser sinal do seu sucesso.
"É importante ter estas equipas [sub-25], como é importante ter uma como a W52-FC Porto, uma equipa Profissional Continental, que dá outras condições e ambição aos corredores mais novos"
Apesar das muitas mudanças, Sancho não duvida que o Miranda-Mortágua vai estar sempre na luta, como aconteceu na Prova de Abertura Região de Aveiro, em que os ciclista da equipa muito trabalharam para colocar Daniel Freitas na disputa do sprint. "Acima de tudo podem esperar que seremos a imagem do responsável máximo desta equipa. A ambição em cada dia e tentar dignificar ao máximo os patrocinadores. E vamos estar aí para alcançar algumas vitórias, alguns resultados. Temos os nossos desafios, queremos mostrar os nossos patrocinadores. São eles que nos dão condições para seguir o ano todo", referiu.
O Miranda-Mortágua foi uma das três estruturas - UD Oliveirense-InOutBuild e LA Alumínios-LA Sport - que na época passada decidiu aproveitar a oportunidade para subir ao escalão Continental, ainda que como sub-25. Foi um passo visto com desconfiança por muitos e Hugo Sancho foi um deles. Entretanto, mudou de opinião: "Eu de início achava que ter só sub-25 não era favorável para o ciclismo. Mas também foi a forma como nos foi apresentado tudo isto. Agora vejo que o inserir das pessoas mais jovens e dar-lhes mais responsabilidade, faz com que elas evoluam. Acho que é isso que está acontecer. Têm mais responsabilidade, são profissionais e têm de se dedicar."
Equipa que estará presente na Volta ao Algarve (Imagem: Miranda-Mortágua) |
Hugo Sancho é um dos ciclistas com mais de 25 anos escolhido pelo Miranda-Mortágua para ajudar a dar continuidade a um projecto de referência na formação, pois este é um ciclista que pode ser uma voz de comando essencial durante as corridas: "Acima de tudo sou o mais velho e tenho de transmitir algumas coisas aos mais novos. É uma responsabilidade que não pesa, mas é uma responsabilidade."
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