20 de fevereiro de 2019

Jakobsen começa afirmação entre os melhores do sprint na Volta ao Algarve

E no fim ganha a Deceuninck-QuickStep. A senda vitoriosa da equipa belga volta a passar pelo Algarve, dois anos depois de Fernando Gaviria ter ganho em Lagos. Foi precisamente no mesmo local que uma das potenciais novas estrelas da formação somou mais um triunfo. Fabio Jakobsen foi uma das revelações de 2018 e, na sua primeira corrida de 2019, não perdeu tempo em iniciar a sua afirmação entre a elite do sprint.

É o oitavo triunfo da curta carreira do holandês de 22 anos e só um não foi numa corrida World Tour ou HC. Juntamente com Álvaro Hodeg tornou-se num dos sprinters que a Deceuninck-QuickStep quer transformar nos melhores do mundo, agora que Gaviria escolheu sair para a UAE Team Emirates. Tanto um como o outro já venceram em 2019 e tanto um como o outro receberam logo no início da temporada um contrato até 2021.

Mesmo com Dylan Groenewegen (Jumbo-Visma), Arnaud Démare (Groupama-FDJ), John Degenkolb (Trek-Segafredo), Pascal Ackermann (Bora-Hansgrohe) e Christophe Laporte (Cofidis) a serem uma forte concorrência, a vitória de Fabio Jakobsen não é uma surpresa. Primeiro porque esta Deceuninck-QuickStep tem um plantel em que qualquer ciclista pode ganhar e segundo porque o holandês já tinha demonstrado o seu potencial no sprint.

É a nona vitória da equipa em 2019 e ainda só vamos em Fevereiro, com seis corredores diferentes a comporem esta lista que vai certamente crescer e muito durante a temporada. Por esta altura em 2018, tinha 10. O ritmo vai certo, portanto.

Queda provoca cortes na classificação

Mas esta primeira etapa da Volta ao Algarve não cumpriu o guião esperado. Começou com uma fuga de portugueses. Pedro Paulinho (Efapel), David Ribeiro, Marvin Scheulen (ambos da LA Alumínios-LA Sport), José Mendes (Sporting-Tavira) e Rafael Lourenço (UD Oliveirense-InOutBuild), com Mendes a tentar mais tarde uma aventura solitária. Entretanto David Ribeiro já tinha garantido que subia ao pódio em Lagos para vestir a camisola da montanha, num momento especial para o ciclista e para a equipa Continental sub-25.

"É um sentimento magnifico estar aqui no pódio de uma corrida com os melhores do mundo. Sabemos que devido ao valor deste pelotão defender esta camisola azul é é uma tarefa muito complicada, para não dizer impossível, por isso, vou desfrutar ao máximo esta conquista", afirmou o ciclista.

Mais tarde foi Sérgio Paulinho, acabado de chegar da Volta à Colômbia, e Antonio Angulo, ambos da Efapel. Bora-Hansgrohe, Deceuninck-QuickStep e Jumbo-Visma assumiram sempre as despesas da perseguição, mas o guião começou a ser quebrado a menos de 20 quilómetros da meta. O forte vento que se fez sentir e um estreitamento de estrada provocou alguns cortes no pelotão. Susto para muitos, mas a situação foi resolvida. Já a sete quilómetros do fim, uma queda na frente do pelotão levou muitos aos chão e a estrada ficou tapada. Quem ficou atrás e não caiu, também não conseguiu passar rapidamente. Um grupo de pouco mais de 20 ciclistas discutiu o sprint, com Groenewegen, o vencedor das duas etapas para este tipo de corredores da Algarvia em 2018, a ser um dos ausentes.


David Ribeiro subiu ao pódio juntamente com Fabio Jakobsen
Jakobsen coleccionou camisolas em Lagos: amarela (geral), pontos (vermelha) e juventude (branca). Terá de "emprestar" as últimas duas a Démare e Neilson Powless (Jumbo-Visma).

"É sensacional vencer aqui no Algarve. É minha primeira corrida do ano, depois de muito treino no Inverno e diante do primeiro sprint da época nunca se sabe como está a nossa condição", referiu Jakobsen.

Entre os portugueses, o melhor foi Daniel Freitas, reforço do Miranda-Mortágua. Ainda assim, o ciclista já foi um dos afectados pelo corte no pelotão, cortando a meta 22 segundos depois de Jakobsen. Foi 30º.

A queda forçou o abandono do homem da Sky, Eddie Dunbar. Vários ciclistas perderam tempo, com Fabio Aru (UAE Team Emirates) a já ter 1:05 minutos para Enric Mas (Deceuninck-QuickStep), Sam Oomen (Sunweb) e Wout Poels (Sky), por exemplo, que chegaram na frente. Esta quinta-feira é dia de Alto da Fóia, pelo que a classificação irá ficar bem diferente, mas a queda logo na primeira etapa poderá ter baralhado um pouco as contas.

Pode ver aqui as classificações completas, via ProCyclingStats.

Segunda etapa: Almodôvar – Alto da Fóia, 187,4 quilómetros

Depois dos sprinters e da etapa mais longa da corrida (199,1 quilómetros que começaram em Portimão) serão os trepadores a entrar em acção, com a Fóia a marcar novamente o ponto mais alto da Volta ao Algarve. O pelotão parte às 12:10 e a chegada está prevista para cerca das 17:00. A acção final poderá ser vista no Eurosport e TVI24.


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