A esperança de uma curta suspensão que até pudesse permitir um regresso às corridas esta temporada, terminou esta sexta-feira com o comunicado da UCI. Jaime Rosón recebeu a pesada sanção de quatro anos após anomalias detectadas no passaporte biológico. A Movistar reagiu de imediato, anunciando o término do contrato com o ciclista espanhol que já estava suspenso provisoriamente há quase oito meses.
A Abarca Sports, dona da Movistar, salientou, em comunicado, que o caso remonta a uma altura em que Rosón não era seu ciclista, representando então a Caja Rural. Apesar de só em Junho do ano passado a UCI ter suspendido provisoriamente o ciclista, o processo remonta a Janeiro de 2017. A Movistar defendeu o seu ciclista, elogiando a postura de Rosón desde que tinha assinado pela equipa do World Tour. Prontificou-se a ajudar na defesa do corredor e, segundo o site Ciclo 21, a expectativa era que a suspensão até pudesse ser de apenas seis meses.
No entanto, o Tribunal Anti-Doping da UCI teve mão pesada. Aquele que era visto como uma potencial estrela em ascensão no ciclismo espanhol vê, aos 26 anos, a sua carreira ser travada por doping. A UCI não divulgou o início da data da suspensão, mas se for quando foi afastado provisoriamente, Rosón só poderá regressar em Junho de 2022.
"O Tribunal Anti-Doping considerou o ciclista culpado de violar uma regra anti-doping (uso de substância proibida) baseando-se em anomalias detectadas no passaporte biológico e impôs um período de quatro anos de inelegibilidade", lê-se no comunicado da UCI.
Rosón estava a realizar uma boa temporada na sua estreia pela Movistar em 2018. Top dez na Volta ao Algarve e no Tirreno-Adriatico. 18º na Volta à Romandia, tendo ganho a Volta a Aragão. A sua última corrida antes da suspensão foi o Critérium du Dauphiné, demonstrando como estava a conquistar o seu espaço.
Esteve dois anos na equipa profissional da Caja Rural, depois de evoluir na formação sub-23 (amadora), com uma passagem pela Team Ecuador em 2014. No ano seguinte sagrou-se campeão espanhol de sub-23. A época de 2017 foi a de confirmação de Rosón. Perdeu por oito segundos a Volta à Croácia para Vincenzo Nibali, mas as suas exibições chamaram a atenção. Mais tarde, na Vuelta, Rosón não desperdiçou a oportunidade para mais uma vez se mostrar. Foi 26º na geral, ficando perto de vencer a 10ª etapa, na qual foi terceiro, a 19 segundos de Matteo Trentin.
Quando foi notificado da suspensão provisória, em Junho, Rosón afirmou a sua inocência, garantindo que nunca tinha recorrido a substâncias proibidas.
Comunicado Oficial / Press Release. pic.twitter.com/fRAUzCOhqF— Movistar Team (@Movistar_Team) 15 February 2019
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