Stefan Küng ganhou o contra-relógio de Lagoa |
O que ninguém questionava era a fortíssima possibilidade de Stefan Küng ganhar esta sexta-feira em Lagoa. Era um dos candidatos, campeão suíço, escola BMC - equipa que tinha no contra-relógio uma arma fortíssima - e que este ano mudou-se para a Groupama-FDJ. E sim, é um dos melhores do mundo e que dá gosto ver nesta especialidade. A sua postura é simplesmente perfeita, a sua pedalada poderosa, um contra-relogista exemplar que mostrou toda a sua classe nos 20,3 quilómetros do percurso de Lagoa. Deixou Soren Kragh Andersen (Sunweb) a dois segundos, Yves Lampaert (Deceuninck-QuickStep) a cinco e Ryan Mullen (Trek-Segafredo) - outro dos candidatos à vitória do dia - a oito. O melhor português foi José Gonçalves (Katusha-Alpecin), que ficou a 50 segundos de Küng, que cumpriu a distância em 24:33 minutos.
Mas Küng teve mesmo de partilhar as atenções com o jovem Pogacar, que ficou apenas a 17 segundos do seu tempo. Com apenas 20 anos, este esloveno está a realizar uma corrida memorável, ele que é vencedor da Volta a França do Futuro de 2018 e que a UAE Team Emirates há ano e meio já tinha garantido que entraria na equipa nesta temporada. Não está a precisar de grandes adaptações, apenas de uma oportunidade. Com Fabio Aru a passar novamente ao lado de uma corrida, Pogacar teve via aberta e revelou que também o contra-relógio está a ser trabalhado.
Assim terá de ser se aspira, e certamente que sim, a lutar por grandes voltas. Porém, tão novo, apenas na sua terceira prova como ciclista do World Tour - estava numa equipa Continental do seu país, a Ljubljana Gusto Xaurum -, a dose de confiança que o esloveno está a receber coloca-o definitivamente como um dos favoritos para conquistar a Algarvia, podendo juntar-se no historial a um compatriota. Primoz Roglic, na então Lotto-Jumbo, venceu há dois anos a corrida portuguesa.
"Sentia-me confiante, mas não esperava reforçar a liderança. Fiz um bom contra-relógio, fui bem orientado no esforço pelo meu director desportivo e consegui um excelente resultado. Agora estou com a camisola amarela e com o apoio da minha equipa vamos tentar protegê-la até ao fim", disse no final da terceira etapa o ciclista esloveno.
No entanto, terá de se preocupar com vários adversários. Além de Wout Poels, a Sky poderá ainda jogar com David de la Cruz, pois o espanhol está a 57 segundos. No ano passado, teve Geraint Thomas e Michal Kwiatkowski para pressionar os adversários, mas o galês era líder da Algarvia no início da etapa do Malhão. Sam Oomen (Sunweb) perdeu algum tempo e ficou a 1:08 minutos, nada que tire definitivamente o holandês da luta pela geral. Todos os restantes ciclistas já têm mais de dois minutos para recuperar.
Amaro Antunes é o português que ainda olha para um bom lugar na classificação geral. Tentou defender-se no contra-relógio, mas perdeu 1:18 para Küng, ou seja, 1:01 para Pogacar. São agora 2:43 de diferença para o camisola amarela. No entanto, um top dez faz parte dos seus objectivos, como, naturalmente, voltar a vencer no "seu" Malhão.
"Sentia-me confiante, mas não esperava reforçar a liderança. Fiz um bom contra-relógio, fui bem orientado no esforço pelo meu director desportivo e consegui um excelente resultado. Agora estou com a camisola amarela e com o apoio da minha equipa vamos tentar protegê-la até ao fim", disse no final da terceira etapa o ciclista esloveno.
No entanto, terá de se preocupar com vários adversários. Além de Wout Poels, a Sky poderá ainda jogar com David de la Cruz, pois o espanhol está a 57 segundos. No ano passado, teve Geraint Thomas e Michal Kwiatkowski para pressionar os adversários, mas o galês era líder da Algarvia no início da etapa do Malhão. Sam Oomen (Sunweb) perdeu algum tempo e ficou a 1:08 minutos, nada que tire definitivamente o holandês da luta pela geral. Todos os restantes ciclistas já têm mais de dois minutos para recuperar.
Amaro Antunes é o português que ainda olha para um bom lugar na classificação geral. Tentou defender-se no contra-relógio, mas perdeu 1:18 para Küng, ou seja, 1:01 para Pogacar. São agora 2:43 de diferença para o camisola amarela. No entanto, um top dez faz parte dos seus objectivos, como, naturalmente, voltar a vencer no "seu" Malhão.
Este sábado será dia dos sprinters, mas depois do que aconteceu na chegada a Lagos, com a queda a sete quilómetros da meta a estragar as contas a muitos ciclistas com pretensões à geral, Pogacar e a UAE Team Emirates terão de estar bem atentos. Mas se não houverem surpresas, o Malhão promete uma luta acesa pela conquista da Volta ao Algarve. Pogacar é ainda líder da juventude e da montanha, com Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep) a vestir a camisola vermelha dos pontos e a querer somar mais uns quantos com uma vitória em Tavira. Tentará repetir a dobradinha nos sprints da Algarvia que Dylan Groenewegen fez há um ano. O ciclista da Jumbo-Visma não conseguiu discutir o sprint de Lagos devido à queda, mas fará tudo por uma triunfo em Tavira, tal como Arnaud Démare (Groupama-FDJ), Pascal Ackermann (Bora-Hansgrohe) e John Degenkolb (Trek-Segafredo). Christophe Laporte (Cofidis) abandonou na etapa da Fóia e Edvald Boasson Hagen (Dimension Data) não partiu para o contra-relógio.
Classificações da Volta ao Algarve, via ProCyclingStats.
Classificações da Volta ao Algarve, via ProCyclingStats.
Quarta etapa: Albufeira – Tavira, 198,3 quilómetros
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