Rui Oliveira está entusiasmado com a perspectiva de entrar em 2018 em grande. Há um ano, apesar, do contrato garantido com a Axeon Hagens Berman, o ciclista recuperava de uma fractura na perna, o que lhe prejudicou a pré-época e o arranque da temporada. Agora está de "perfeita saúde", como realçou, e motivado para começar a temporada de forma muito competitiva e, quem sabe, alcançar a sua primeira vitória, que em 2017 lhe fugiu por escassos centímetros numa corrida nos EUA.
A fotografia de Rui com as mãos na cabeça foi marcante. O ciclista admitiu que se sentiu frustrado pelo resultado na segunda etapa da Joe Martin Stage Race, a 31 de Março. Porém, com o tempo, percebeu a importância do resultado. "Foi um misto de sensações. Foi mesmo por pouco. O corredor que me ganhou já vez Voltas a Itália, a Espanha... mas perder pela aquela margem mínima foi um bocado frustrante. Depois, pensando bem, vir de onde vim, com muitas quedas e muitas lesões, só tinha de estar orgulhoso do que fiz", salientou ao Volta ao Ciclismo. O director Axel Merckx elogiou publicamente a prestação do seu ciclista. De referir, que voltou a ser segundo no dia seguinte, ganhou a classificação da juventude e foi oitavo na geral.
O argentino Lucas Sebastian Haedo, da UnitedHealthcare, tirou aquela que poderia ter sido a primeira vitória na estrada para Rui Oliveira, mas o corredor de Gaia já só pensa no futuro e de alcançar bons resultados, para assim garantir a presença na Volta à Califórnia. A equipa poderá ter novamente acesso à corrida mais importante do calendário norte-americano, agora que será Profissional Continental (falhou este ano porque ao ser Continental e como prova estreou-se no nível World Tour, a formação americana acabou por não receber um convite).
"O Axel e todo o staff sabe muito sobre como correr àquele nível internacional e sem dúvida que nos dá uma bagagem muito grande"
Esta subida ao segundo escalão torna a época ainda mais emocionante. "Sendo o Axel [Merckx] belga e tendo treinadores reconhecidos na Europa, isso pode abrir-nos portas para corridas HC e quem sabe World Tour. É nessas competições que nós, jovens ciclistas, nos queremos afirmar para um dia estar ao mais alto nível", afirmou. "Temos a oportunidade de aceder a melhores corridas, como a Volta à Califórnia. Se for chamado para a fazer, será um dos principais objectivos da época, por isso é que interessa começar bem a temporada para chegar a Maio e fazer essa corrida", acrescentou.
A realidade que encontrou ao representar a Axeon Hagens Berman, dos EUA, foi naturalmente diferente da portuguesa, o que permitiu a Rui e ao irmão, Ivo, evoluir naquela que é considerada uma das melhores equipas de sub-23 do mundo, que tem como director o antigo ciclista Axel Merckx. O belga já colocou mais de 20 ciclistas no World Tour, pelo que uma segunda temporada na estrutura - que se irá chamar em 2018 Hagens Berman Axeon - é mais uma grande oportunidade na carreira do gémeos.
"Foi um primeiro ano espectacular. Aprendi coisas que nunca pensei aprender. O Axel e todo o staff sabe muito sobre como correr àquele nível internacional e sem dúvida que nos dá uma bagagem muito grande para um dia podermos estar ainda melhor nos níveis mais altos", realçou. Rui Oliveira deu um exemplo: "Aprende-se a correr em equipa, o que é muito importante. Pensei que já sabia fazer isso, mas os treinadores sabem muito e lêem a corrida de uma maneira fenomenal. Tudo bate certo com o que eles dizem e nós só temos de nos guiar pelo que eles dizem e ter a força para fazer isso!"
O jovem ciclista recordou que foi muito bem acompanhado quando competia em Portugal, trabalhando "com pessoas que sabem muito", mas a realidade no estrangeiro é outra: "As pessoas lá fora têm outro conhecimento, se calhar aqui ainda falta evoluir um pouco, mas sem menosprezar os treinadores daqui."
A pista faz parte do ADN de Rui Oliveira que este ano conquistou o título europeu de sub-23 na corrida de eliminação e mais tarde tornou-se no primeiro português a conquistar uma medalha nos Europeus na categoria de elite, com um bronze na mesma corrida. "Ser campeão europeu era um dos meus principais objectivos para época e ainda consegui uma medalha no Campeonato da Europa de elite, que foi fenomenal. Houve coisas más este ano, mas o que interessa foram as coisas boas", frisou. O ciclista refere-se às quedas que o afastaram da competição, como a da Volta a França do futuro (Tour de l'Avenir). Partiu um braço e a sua temporada de estrada praticamente terminou ali.
2018 marcará também o início da qualificação para Tóquio2020: "Estou focado principalmente na estrada, mas os Jogos Olímpicos serão um grande objectivo, quem sabe no omnium e no madison. Mas tudo a seu tempo. Uma coisa de cada vez." O apuramento arranca em Agosto, contudo, até lá, Rui Oliveira quer deixar a sua marca. "Agora é continuar a trabalhar cada vez mais. Tudo passa pelo trabalho e pela dedicação, tendo a motivação de um dia estar num nível mais alto."
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"Foi um primeiro ano espectacular. Aprendi coisas que nunca pensei aprender. O Axel e todo o staff sabe muito sobre como correr àquele nível internacional e sem dúvida que nos dá uma bagagem muito grande para um dia podermos estar ainda melhor nos níveis mais altos", realçou. Rui Oliveira deu um exemplo: "Aprende-se a correr em equipa, o que é muito importante. Pensei que já sabia fazer isso, mas os treinadores sabem muito e lêem a corrida de uma maneira fenomenal. Tudo bate certo com o que eles dizem e nós só temos de nos guiar pelo que eles dizem e ter a força para fazer isso!"
"Ser campeão europeu era um dos meus principais objectivos para época e ainda consegui uma medalha no Campeonato da Europa de elite, que foi fenomenal"
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A pista faz parte do ADN de Rui Oliveira que este ano conquistou o título europeu de sub-23 na corrida de eliminação e mais tarde tornou-se no primeiro português a conquistar uma medalha nos Europeus na categoria de elite, com um bronze na mesma corrida. "Ser campeão europeu era um dos meus principais objectivos para época e ainda consegui uma medalha no Campeonato da Europa de elite, que foi fenomenal. Houve coisas más este ano, mas o que interessa foram as coisas boas", frisou. O ciclista refere-se às quedas que o afastaram da competição, como a da Volta a França do futuro (Tour de l'Avenir). Partiu um braço e a sua temporada de estrada praticamente terminou ali.
2018 marcará também o início da qualificação para Tóquio2020: "Estou focado principalmente na estrada, mas os Jogos Olímpicos serão um grande objectivo, quem sabe no omnium e no madison. Mas tudo a seu tempo. Uma coisa de cada vez." O apuramento arranca em Agosto, contudo, até lá, Rui Oliveira quer deixar a sua marca. "Agora é continuar a trabalhar cada vez mais. Tudo passa pelo trabalho e pela dedicação, tendo a motivação de um dia estar num nível mais alto."
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