27 de abril de 2019

Bruno Silva vence classificação da montanha na Volta a Castela e Leão

Bruno Silva conquistou a camisola vermelha da montanha
(Fotografia: Vuelta Castilla y León/Efapel)
Bruno Silva foi um dos portugueses em destaque na Volta a Castela e Leão. O ciclista da Efapel conquistou a classificação da montanha da corrida espanhola de três dias, tendo vestido a camisola vermelha logo na primeira etapa. Nelson Oliveira e João Matias também se fizeram notar numa prova marcada pela expulsão a um corredor que agrediu David de la Fuente, da Aviludo-Louletano.

O italiano David Cimolai foi o grande vencedor, seguido do companheiro Guillaume Boivin, em mais uma conquista para a Israel Cycling Academy. A equipa ganhou recentemente o Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, por intermédio do colombiano Edwin Ávila. A formação israelita continua assim a manter a promessa de amealhar o máximo de pontos possíveis nas corridas em que vai participando, com uma potencial subida World Tour em vista. Cimolai - que está a preparar a participação na Volta a Itália - venceu ainda duas etapas, sendo que a primeira foi após desclassificação de Carlos Barbero (Movistar), por sprint irregular.

O protesto até foi feito pela Euskadi-Murias, que veria Enrique Sanz conseguir finalmente a vitória na última etapa. O nome não é estranho em Portugal, pois este espanhol triunfou em três das seis etapas da Volta ao Alentejo.

De referir que foi o segundo triunfo consecutivo da Israel Cycling Academy na Volta a Castela e Leão, que em 2018 teve o espanhol Rubén Plaza como vencedor.

Apesar de ajudar o companheiro Carlos Barbero na luta por etapas, Nelson Oliveira teve liberdade para procurar o seu resultado. Dois sextos lugares e um nono, valeram o sexto posto na geral, a 21 segundos de Cimolai. Nelson Oliveira foi o único português no top 20, sendo preciso descer até à 22 posição para encontrar o segundo melhor: João Matias (a 2:48 minutos). A maioria do tempo foi perdido logo na primeira etapa, mas foi na terceira etapa que se viu o melhor do ciclista da Vito-Feirense-PNB. Matias foi segundo, batido por um Enrique Sanz que foi simplesmente demasiado forte para toda a concorrência. Um bom resultado para o corredor português, com a equipa a ter Óscar Pelegrí a terminar no sexto lugar da última tirada, de 151,8 quilómetros, entre Léon e Villafranca del Bierzo.

A Efapel foi das seis equipas portuguesas presentes a que saiu de Castela e Leão com um prémio. O director desportivo, Américo Silva, admitiu que a classificação da montanha era o objectivo e tudo foi feito colectivamente para que Bruno Silva conquistasse a camisola. Na geral, Antonio Angulo foi o melhor da equipa, na 13ª posição, a 2:09 minutos de Cimolai, tendo sido terceiro nas metas volantes.

Alejandro Marque destacou-se no Sporting Tavira, com o 18º posto, a 2:29. António Carvalho foi o melhor da W52-FC Porto, na 28ª posição, a 3:14, Oscar Hernandez (Aviludo-Louletano) foi 36º, a 7:54 e Daniel Freitas (Miranda-Mortágua) foi 40º, a 8:05.


As equipas portuguesas regressam agora a casa para na quarta-feira, dia 1 de Maio, competir na Clássica Aldeias do Xisto, que vai decidir os vencedores da Taça de Portugal.

David de la Fuente agredido, também acabou sancionado

O ciclista espanhol da Aviludo-Louletano terminou a corrida na parte de baixo da tabela - antepenúltimo a quase 30 minutos -, mas foi notícia pelas piores da razões. De la Fuente esteve envolvido numa altercação que resultou na expulsão da Volta a Castela e Leão do ciclista da Delko Marseille Provence, Eduard Grosu, na segunda etapa.

Os directores da corrida acusaram o campeão romeno de "agressão com circunstâncias agravantes", multando-o em 200 francos suíços (cerca de 176 euros) e a perda de 10 pontos do ranking UCI, além da expulsão imediata da corrida. De la Fuente foi sancionado com a mesma multa e também pela dedução igual de pontos por "agarrar a camisola e ameaças".

Na página de Facebook, a equipa algarvia explicou que Grosu atirou o espanhol por uma ribanceira, "deixando-o mal tratado". Espera agora que a UCI aplique uma "sanção exemplar". Em casos recentes, Gianni Moscon (Sky) foi suspenso por cinco semanas por agressão a Elie Gesbert (Fortuneo-Samsic, actual Arkéa Samsic), na última Volta a França. Em 2017, na Volta ao Dubai, Marcel Kittel ficou a sangrar do sobrolho após agressão de Andrei Grivko (Astana), com a UCI a suspender o ucraniano por 45 dias.


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