15 de abril de 2019

Pantano suspenso após análise positiva de EPO

(Fotografia: Facebook Trek Segafredo)
Jarlinson Pantano é o mais recente caso de um ciclista a testar positivo por eritropoetina, ou simplesmente EPO. O resultado foi hoje divulgado pela UCI o que levou à sua suspensão imediata, tanto pelo organismo, como pela equipa. A Trek-Segafredo vê assim um ciclista seu novamente envolvido num caso de doping, dois anos depois de André Cardoso também ter testado positivo por EPO.

O colombiano estava a preparar-se para a Volta a Itália, corrida em que estaria ao lado de Bauke Mollema e Gianluca Brambilla. Aos 30 anos tem como ponto alto uma vitória de etapa na Volta a França, em 2016, tendo sido campeão nacional de contra-relógio em 2017. É um dos ciclista que aproveitou a extinta Team Colombia para mostrar o seu potencial. Foi para a IAM Cycling, onde esteve dois anos e quando a equipa suíça fechou portas, no final de 2016, foi contratado pela Trek-Segafredo para reforçar o bloco da montanha.

Nunca se conseguiu afirmar como líder, mas tinha um papel importante na ajuda aos chefes-de-fila. Estava escalado para ir tanto ao Giro, como ao Tour, sendo que seria um dos gregários de Richie Porte em França.

A amostra foi recolhida a 26 de Fevereiro, fora de competição e, confirmado o positivo, o ciclista pode agora pedir a contra-análise, ficando suspenso provisoriamente até ser conhecido o resultado. A sua última aparição foi na primeira etapa da Volta à Catalunha, tendo abandonado (25 de Março). Antes tinha competido no Paris-Nice, na também prova francesa de Haut Var, tendo começado a época na Austrália: Tour Down Under, Cadel Evans Great Ocean Road Race e Herald Sun Tour.

"É com uma enorme desilusão que acabámos de saber que o nosso ciclista, Jarlinson Pantano, foi notificado de um resultado analítico adverso de uma amostra recolhida num controlo fora de competição pela Fundação Antidoping de Ciclismo [da UCI]. De acordo com a nossa política de tolerância zero, ele foi imediatamente suspenso", lê-se no comunicado da Trek-Segafredo.

Há quase dois anos, a equipa viu André Cardoso dar positivo também por EPO e igualmente num controlo feito fora de competição. Faltavam poucos dias para a Volta a França quando o ciclista português foi suspenso. O caso arrastou-se por quase 17 meses até que a UCI anunciou a sanção de quatro anos, que terminará a 26 de Junho de 2021.

Jarlinson Pantano tinha contrato até 2020. Contudo, a sua etapa na Trek-Segafredo terá provavelmente chegado ao fim, com a carreira a ficar também em risco.

A EPO marcou uma era no ciclismo, principalmente na década de 90 e início do século, mas continua a ser detectada em algum ciclistas. No World Tour, além de André Cardoso, também Kanstantsin Siutsou, ciclista que representava a Bahrain-Merida testou positivo, num teste feito no ano passado e está suspenso provisoriamente, ainda que entretanto terminado a sua carreira.

A eritropoetina (EPO) ajuda a aumentar a produção de glóbulos vermelhos no sangue. Tal permite que mais oxigénio chegue aos músculos, o que contribui para uma melhor performance desportiva.

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