(Fotografia: © Team Sky) |
Ellingworth é actualmente o director de performance da Sky (Ineos a partir de 30 de Abril), tendo estado na estrutura desde a sua criação em 2010. Porém, o seu papel no ciclismo britânico começou antes, com destaque para quando em 2003 começou a preparar o programa de academia da British Cycling e que viria a revelar nomes como Mark Cavendish e Geraint Thomas, por exemplo. A escola de formação acabaria por mudar o ciclismo no país, sucedendo-se medalhas olímpicas na pista e com o sucesso a passar depois para a estrada. A Sky surgiu precisamente para abrir as portas aos britânicos nesta vertente, aproveitando muito o trabalho feito na pista.
A história já se conhece. O objectivo era colocar um britânico como vencedor de uma grande volta, principalmente no Tour, e dez anos depois já são três os que ganharam pela Sky: Bradley Wiggins, Chris Froome e Geraint Thomas. Com Froome a equipa já conquistou todas as grandes voltas e claro que há que não esquecer que Simon Yates venceu uma Vuelta, mas ao serviço da Mitchelton-Scott. Os gémeos Yates foram dos poucos a dizer não à Sky e a procurar espaço noutra equipa.
Como ciclista, Rod Ellingworth teve uma carreira curta. No entanto, aos 46 anos, é um dos directores mais respeitados e admirados na modalidade. Cavendish não esquece como foi Ellingworth que acreditou nas suas potencialidades quando era júnior. Correu o risco de não entrar na academia, pois outros ciclistas apresentavam números mais interessantes, mas Ellingworth viu potencial em Cavendish. A relação entre ambos inclui a conquista do título mundial de estrada em 2011, numa altura em que Ellingworth assumia funções tanto na Sky como na British Cycling. No ano seguinte, o sprinter juntou-se à Sky, ainda que só por uma época. Não surpreende que Cavendish, perante a influência que aquele responsável teve na sua carreira, tenha chegado a sugerir que Ellingworth recebesse o título de Sir.
Ian Stannard, Ben Swift e Peter Kennaugh são mais alguns dos nomes que passaram pela academia e foram treinados por Ellingworth. Geraint Thomas, que entrou na academia ainda durante o primeiro ano da sua existência, escreveu no livro que publicou recentemente, após a vitória no Tour: "A sua academia mudou-nos não só como ciclistas, mas como jovens. Não era apenas sobre ganhar corridas, ainda que isso fosse obviamente importante. Era sobre aprender em ser um bom profissional, sobre organização, higiene, dieta e atitude."
Ellingworth é visto não apenas como um excepcional director e treinador no que diz respeito em conseguir levar um ciclista às vitórias, mas também por dar importância ao lado humano, tudo fazendo para manter um espírito de equipa saudável e que todos sintam que façam parte essencial da estrutura.
A Sky agradeceu através de um muito curto comunicado o serviço de Ellingworth, explicando que o director de performance tinha anunciado a sua saída há algum tempo e que se manterá ainda na equipa de forma a garantir uma "suave transição".
Por parte da Bahrain-Merida, que ainda não se pronunciou, a formação ganha um elemento essencial para o crescimento de uma estrutura que ambiciona chegar muito mais alto. Vincenzo Nibali estará de saída para a Trek-Segafredo, salvo algum volte face, pelo que o orçamento ficará mais folgado para contratar um novo líder para as grandes voltas. O italiano deu dois monumentos, um pódio no Giro e outro na Vuelta, mas as exigências contratuais não vão ao encontro do que a Bahrain-Merida procura.
A entrada de Ellingworth será a segunda grande mudança em 2020, pois a equipa deverá passar a chamar-se Bahrain-McLaren. A marca de automóveis estabeleceu uma parceria já em 2019. A Merida deverá continuar a fornecer as bicicletas. A entrada da McLaren permitiu um reforço do orçamento.
Falta agora saber que papel terá Ellingworth e que influência terá nas futuras contratações e renovações. No entanto, ele próprio é uma grande contratação para a Bahrain-Merida e uma perda para a Sky, que vê sair um dos homens que não só sabe tudo sobre o funcionamento da equipa, como é um dos mentores dos segredos do sucesso da equipa mais poderosa do ciclismo mundial.
»»McLaren entra no ciclismo««
»»Ineos começa mais cedo e terá equipamento de "transição"««
A história já se conhece. O objectivo era colocar um britânico como vencedor de uma grande volta, principalmente no Tour, e dez anos depois já são três os que ganharam pela Sky: Bradley Wiggins, Chris Froome e Geraint Thomas. Com Froome a equipa já conquistou todas as grandes voltas e claro que há que não esquecer que Simon Yates venceu uma Vuelta, mas ao serviço da Mitchelton-Scott. Os gémeos Yates foram dos poucos a dizer não à Sky e a procurar espaço noutra equipa.
Como ciclista, Rod Ellingworth teve uma carreira curta. No entanto, aos 46 anos, é um dos directores mais respeitados e admirados na modalidade. Cavendish não esquece como foi Ellingworth que acreditou nas suas potencialidades quando era júnior. Correu o risco de não entrar na academia, pois outros ciclistas apresentavam números mais interessantes, mas Ellingworth viu potencial em Cavendish. A relação entre ambos inclui a conquista do título mundial de estrada em 2011, numa altura em que Ellingworth assumia funções tanto na Sky como na British Cycling. No ano seguinte, o sprinter juntou-se à Sky, ainda que só por uma época. Não surpreende que Cavendish, perante a influência que aquele responsável teve na sua carreira, tenha chegado a sugerir que Ellingworth recebesse o título de Sir.
Ian Stannard, Ben Swift e Peter Kennaugh são mais alguns dos nomes que passaram pela academia e foram treinados por Ellingworth. Geraint Thomas, que entrou na academia ainda durante o primeiro ano da sua existência, escreveu no livro que publicou recentemente, após a vitória no Tour: "A sua academia mudou-nos não só como ciclistas, mas como jovens. Não era apenas sobre ganhar corridas, ainda que isso fosse obviamente importante. Era sobre aprender em ser um bom profissional, sobre organização, higiene, dieta e atitude."
Ellingworth é visto não apenas como um excepcional director e treinador no que diz respeito em conseguir levar um ciclista às vitórias, mas também por dar importância ao lado humano, tudo fazendo para manter um espírito de equipa saudável e que todos sintam que façam parte essencial da estrutura.
A Sky agradeceu através de um muito curto comunicado o serviço de Ellingworth, explicando que o director de performance tinha anunciado a sua saída há algum tempo e que se manterá ainda na equipa de forma a garantir uma "suave transição".
Por parte da Bahrain-Merida, que ainda não se pronunciou, a formação ganha um elemento essencial para o crescimento de uma estrutura que ambiciona chegar muito mais alto. Vincenzo Nibali estará de saída para a Trek-Segafredo, salvo algum volte face, pelo que o orçamento ficará mais folgado para contratar um novo líder para as grandes voltas. O italiano deu dois monumentos, um pódio no Giro e outro na Vuelta, mas as exigências contratuais não vão ao encontro do que a Bahrain-Merida procura.
A entrada de Ellingworth será a segunda grande mudança em 2020, pois a equipa deverá passar a chamar-se Bahrain-McLaren. A marca de automóveis estabeleceu uma parceria já em 2019. A Merida deverá continuar a fornecer as bicicletas. A entrada da McLaren permitiu um reforço do orçamento.
Falta agora saber que papel terá Ellingworth e que influência terá nas futuras contratações e renovações. No entanto, ele próprio é uma grande contratação para a Bahrain-Merida e uma perda para a Sky, que vê sair um dos homens que não só sabe tudo sobre o funcionamento da equipa, como é um dos mentores dos segredos do sucesso da equipa mais poderosa do ciclismo mundial.
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