(Fotografia: Facebook UCI) |
55,089 quilómetros é a nova marca, alcançada em Aguascalientes, no México, um velódromo que muito tem sido escolhido por alguns ciclistas, mas que pela primeira vez foi palco de uma tentativa de sucesso entre os homens. "Acho que se olhar para a lista, estou agora entre os grandes ciclistas da história. Estive muito focado nisto durante muito tempo e estou mesmo feliz por ter batido o recorde e estou contente por ter quebrado os mágicos 55 quilómetros", afirmou.
Campenaerts refere-se a uma lista que inclui Eddy Merckx, Miguel Indurain, Tony Rominger e Chris Boardman, por exemplo, mas o belga, de 27 anos, pertence a uma lista, que começou a ser escrita em 2014 por Jens Voigt. A UCI estabeleceu novas regras e os ciclistas são obrigados a utilizar bicicletas e material que esteja disponível para todos. Ou seja, nada de construir "máquinas" especiais para o evento, como aconteceu com as bicicletas que ficaram famosas de Indurain e Boardman e não só. O espanhol e Rominger já tinham ultrapassado os 55 quilómetros, enquanto Boardman fez 56,375 quilómetros, uma marca vista como impossível de bater utilizando as actuais bicicletas, dentro dos regulamentos. Será?
Victor Campenaerts vai agora regressar ao normal, por assim dizer. Foram meses de preparação e este ano só competiu no Tirreno-Adriatico e foi porque tinha dois contra-relógios que aproveitou para se testar. Foi sexto no primeiro, ganhou o segundo. Volta à Romandia e Giro são as suas próximas corridas. Bicampeão europeu de contra-relógio, terceiro nos últimos mundiais, Campenaerts não esqueceu num momento alto da sua carreira o antigo companheiro Stig Broeckx, ciclista que em 2016 caiu devido a um incidente com uma moto numa corrida. Esteve em coma e tem estado a cumprir uma longa recuperação. Campenaerts dedicou o seu recorde a Broeckx.
Agora que a marca de Bradley Wiggins caiu - até o próprio desejava que tal acontecesse, considerando que seria positivo para o desporto - é possível que se verifique de novo um maior interesse. E o senhor que se segue poderá ser o jovem Mikkel Bjerg. O bicampeão do mundo de contra-relógio de sub-23 já tentou bater a marca e fez então a segunda melhor, atrás da de Wiggins: 53,370 quilómetros. Porém, não foi oficial, pois a tentativa não foi feita perante comissários da UCI.
O dinamarquês da Hagens Berman Axeon colocou como um dos objectivos do ano tentar ser o novo recordista da hora, em declarações ao site WielerFlits em Fevereiro, ainda que na altura esperava para ver o que Campenaerts iria fazer. Até pensa em tentar duas vezes. Além de Bjerg parece que Alex Dowsett quer mesmo tentar de novo. O britânico congratulou o belga pelo feito dizendo que foi "recordista merecedor". Para um bom entendedor, meia palavra basta! Dowsett e o seu treinador foram sempre críticos do recorde de Wiggins, acusando de não ser legal, pois o vencedor da Volta a França utilizou um guiador criado propositadamente para o ciclista, através da tecnologia 3D.
Mas dos twits que escreveu sobre o recorde da hora, destaca-se este:
Rohan Dennis também nunca afastou a possibilidade de repetir a experiência, mas o australiano está agora focado não só na sua época com a Bahrain-Merida, mas também em ser campeão olímpico de contra-relógio no próximo ano, em Tóquio. E claro, um nome é sempre falado, mas sem que o holandês se tenha manifestado: Tom Dumoulin. Para já, não é hipótese, mas seria interessante vê-lo tentar.
Lista de tentativas oficiais desde a entrega em vigor das novas regras:
Victor Campenaerts (Bélgica), 55,089 quilómetros - Aguascalientes (México), 16 de Abril de 2019
Dion Beukeboom (Holanda), 52,757 quilómetros - Aguascalientes (México), 22 de Agosto de 2018
Campenaerts refere-se a uma lista que inclui Eddy Merckx, Miguel Indurain, Tony Rominger e Chris Boardman, por exemplo, mas o belga, de 27 anos, pertence a uma lista, que começou a ser escrita em 2014 por Jens Voigt. A UCI estabeleceu novas regras e os ciclistas são obrigados a utilizar bicicletas e material que esteja disponível para todos. Ou seja, nada de construir "máquinas" especiais para o evento, como aconteceu com as bicicletas que ficaram famosas de Indurain e Boardman e não só. O espanhol e Rominger já tinham ultrapassado os 55 quilómetros, enquanto Boardman fez 56,375 quilómetros, uma marca vista como impossível de bater utilizando as actuais bicicletas, dentro dos regulamentos. Será?
Victor Campenaerts vai agora regressar ao normal, por assim dizer. Foram meses de preparação e este ano só competiu no Tirreno-Adriatico e foi porque tinha dois contra-relógios que aproveitou para se testar. Foi sexto no primeiro, ganhou o segundo. Volta à Romandia e Giro são as suas próximas corridas. Bicampeão europeu de contra-relógio, terceiro nos últimos mundiais, Campenaerts não esqueceu num momento alto da sua carreira o antigo companheiro Stig Broeckx, ciclista que em 2016 caiu devido a um incidente com uma moto numa corrida. Esteve em coma e tem estado a cumprir uma longa recuperação. Campenaerts dedicou o seu recorde a Broeckx.
Agora que a marca de Bradley Wiggins caiu - até o próprio desejava que tal acontecesse, considerando que seria positivo para o desporto - é possível que se verifique de novo um maior interesse. E o senhor que se segue poderá ser o jovem Mikkel Bjerg. O bicampeão do mundo de contra-relógio de sub-23 já tentou bater a marca e fez então a segunda melhor, atrás da de Wiggins: 53,370 quilómetros. Porém, não foi oficial, pois a tentativa não foi feita perante comissários da UCI.
O dinamarquês da Hagens Berman Axeon colocou como um dos objectivos do ano tentar ser o novo recordista da hora, em declarações ao site WielerFlits em Fevereiro, ainda que na altura esperava para ver o que Campenaerts iria fazer. Até pensa em tentar duas vezes. Além de Bjerg parece que Alex Dowsett quer mesmo tentar de novo. O britânico congratulou o belga pelo feito dizendo que foi "recordista merecedor". Para um bom entendedor, meia palavra basta! Dowsett e o seu treinador foram sempre críticos do recorde de Wiggins, acusando de não ser legal, pois o vencedor da Volta a França utilizou um guiador criado propositadamente para o ciclista, através da tecnologia 3D.
Mas dos twits que escreveu sobre o recorde da hora, destaca-se este:
O ciclista deixou o desafio à Katusha-Alpecin, a sua equipa, ele que desde que Wiggins bateu o seu recorde fala em regressar ao velódromo e tentar de novo. Espera pela resposta da equipa do director José Azevedo.Hey @katushacycling, fancy a crack at it? @N_CyclingCentre have you got a slot available, just need an hour?— Alex Dowsett (@alexdowsett) 16 April 2019
Rohan Dennis também nunca afastou a possibilidade de repetir a experiência, mas o australiano está agora focado não só na sua época com a Bahrain-Merida, mas também em ser campeão olímpico de contra-relógio no próximo ano, em Tóquio. E claro, um nome é sempre falado, mas sem que o holandês se tenha manifestado: Tom Dumoulin. Para já, não é hipótese, mas seria interessante vê-lo tentar.
Lista de tentativas oficiais desde a entrega em vigor das novas regras:
Victor Campenaerts (Bélgica), 55,089 quilómetros - Aguascalientes (México), 16 de Abril de 2019
Dion Beukeboom (Holanda), 52,757 quilómetros - Aguascalientes (México), 22 de Agosto de 2018
Martin Toft Madsen (Dinamarca), 53,630 quilómetros - Aguascalientes (México), 26 de Julho de 2018
Bradley Wiggins (GB), 54.526 quilómetros - Londres (Inglaterra), 7 de Junho de 2015
Alex Dowsett (GB), 52.937 - Manchester (Inglaterra), 2 de Maio de 2015
Gustav Larsson (Suécia), 50,015 quilómetros - Manchester (Inglaterra), 14 de Março de 2015
Thomas Dekker (Hol), 52,221 - Aguascalientes (México), 25 de Maio de 2015
Rohan Dennis (Aus), 52.491, Grenchen (Suíça), 8 de Fevereiro de 2015
Jack Bobridge (Aus), 51,300 - Melbourne (Austrália), 31 de Janeiro de 2015
Matthias Brändle (Aut), 51.852 - Aigle (Suíça), 30 de Outubro de 2014
Jens Voigt (Ale) 51.115 - Grenchen (Suíça), 18 de Setembro de 2014
»»Gilbert a um monumento de um dos grupos mais exclusivos do ciclismo««
»»A ambição de vencer bateu vontade de não perder para um rival««
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