17 de abril de 2019

Ineos começa mais cedo e terá equipamento de "transição"

Aproxima-se a mudança de imagem (Fotografia: Facebook Team Sky)
O nome Sky vai desaparecer mais cedo. Só um dia! O desejo da equipa era estrear o novo nome e o equipamento na Grã-Bretanha, na apresentação do Tour de Yorkshire, no dia 1 de Maio. No entanto, isso implicaria que houvesse a equipa Sky na Volta a Romandia e a equipa Ineos em Yorshire. O regulamento não o permite, pelo que o nome será estreado mais cedo, mas o equipamento só será apresentado "em casa". Na prova suíça será utilizada uma espécie de camisola de transição.

A Volta a Yorkshire começa a 2 de Maio e, no dia antes, o director da equipa Dave Brailsford quer apresentar como os seus ciclistas se vão apresentar no pelotão, naquele que seria o início da era como Ineos. E conseguiu manter este objectivo, do equipamento. O problema era a Volta a Romandia arrancar no dia 30, terminando a 5 de Maio. Não podendo competir em duas corridas em simultâneo com designações diferentes, neste ponto nada houve a fazer. A Ineos fará a estreia na corrida suíça. Porém, a camisola será uma simples, de cor preta com o nome do novo patrocinador.


(Imagem: Volta à Romandia)
Depois da Sky ter anunciado, em Dezembro, que iria deixar de patrocinar a estrutura de ciclismo no final de 2019, seguiram-se semanas de alguma incerteza. Com um plantel de luxo, algumas equipas começaram a estudar a hipótese de tentar aproveitar um eventual final da Sky. A CCC, por exemplo, não fez segredo querer contar com Michal Kwiatkowski, um polaco para liderar uma equipa polaca. Contudo, a 19 de Março e depois de alguns rumores e de reuniões que em nada resultaram (como aconteceu na Colômbia, onde houve um potencial interesse), foi a Ineos que se chegou à frente.

Liderada pelo o homem mais rico do país em 2018, Jim Ratcliffe (pode ler mais informação sobre o magnata no texto neste link), com a entrada da Ineos, Dave Brailsford não só salvou a estrutura que na última década se tornou na mais poderosa do World Tour, principalmente no que a grandes voltas diz respeito, como garantiu que poderá manter a superioridade financeira. Aliás, até se fala que os cerca de 45 milhões de euros de orçamento até podem ser reforçados.

Brailsford tem vindo a preparar o futuro próximo, pensando além de Chris Froome e Geraint Thomas. Egan Bernal, Pavel Sivakov, Iván Ramiro Sosa, Jhonathan Narvaez e Tao Geoghegan Hart, por exemplo, são alguns dos ciclistas que já vão começando a ganhar destaque, com Bernal a ser uma das mais recentes sensações da modalidade.

Portanto, é melhor começar a pensar em chamar a equipa de Ineos, mas não será fácil deixar escapar o nome Sky de quando em vez. Afinal foram dez anos a ver este patrocinador contribuir para um projecto que não só cumpriu com o objectivo de levar um britânico a vencer uma grande volta, com o pensamento centrado na Volta a França, como depois tornou esta nação numa potência com Bradley Wiggins (um Tour), Chris Froome (quatro Tour, uma Vuelta e um Giro) e Geraint Thomas (um Tour). Simon Yates foi quem fugiu à regra, conquistando uma Vuelta pela Mitchelton-Scott, mas a escola é a mesma de muitos dos corredores britânicos da Sky.

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