Com a incerteza a continuar a pairar sobre o futuro da Katusha-Alpecin, José Azevedo já definiu parte do seu. O antigo ciclista português vai deixar a equipa no final de 2019 e deseja regressar ao antigo papel de director desportivo. Nas últimas três temporadas, Azevedo foi o director-geral da estrutura, numa fase de mudança que se revelou difícil e com poucos resultados de sucesso desportivamente.
"Independentemente de a equipa continuar, eu já informei a direcção que farei o meu trabalho até ao final do ano e depois vou parar. O meu contrato termina este ano e o meu desejo é ser director desportivo. É isso que quero fazer outra vez. Para 2020 estou livre", afirmou José Azevedo ao Cyclingnews.
O português, que celebra 46 anos esta quinta-feira, assumiu o cargo de director-geral com a responsabilidade de liderar a equipa na fase em que começou a quebrar com as suas raízes russas. A Katusha-Alpecin passou a ter licença suíça e também deixou de apostar tanto nos ciclistas da Rússia. Porém, apesar da capacidade financeira para contratar alguns ciclistas de referência do pelotão, a formação nunca encontrou uma resposta para a saída de Joaquim Rodríguez, que terminou a carreira no final de 2016. O sucessor era suposto estar na casa e até era russo, mas Ilnur Zakarin nunca confirmou tudo o que se esperava dele, apesar de vitórias em etapas e top dez em grandes voltas. No entanto, nunca conseguiu estar na discussão de uma corrida de três semanas.
Tony Martin foi a primeira grande contratação para a nova Katusha-Alpecin, mas o alemão foi uma sombra do ciclista de anos anteriores. Só se voltou a ver o melhor de Martin quando se mudou esta época para a Jumbo-Visma. Ainda assim, 2017 foi um ano com 17 vitórias para a equipa, mas também foi nesta temporada que se tomou uma decisão que mexeu muito com o número de triunfos da equipa.
Alexander Kristoff começou a dar mostras que não conseguia estar ao nível dos melhores sprinters nas principais corridas e chegou a ser criticado por estar gordo! O ciclista estava em final de contrato e mudou-se para a UAE Team Emirates em 2018. Apesar de não ser o Kristoff de outros tempos, o norueguês somou nove das 17 vitórias da equipa no último ano na Katusha, incluindo nas clássicas Eschborn-Frankfurt 'Rund um den Finanzplatz' e Prudential RideLondon-Surrey Classic. E ainda juntou o título europeu ao currículo.
José Azevedo escolheu fazer uma contratação que se esperaria elevar a Katusha-Alpecin a outro nível nos sprints: Marcel Kittel. Vinha de uma temporada com 14 vitórias, incluindo a geral da Volta ao Dubai e cinco etapas no Tour. Acabou por ser uma aposta completamente falhada. O sprinter alemão conquistou apenas três vitórias em ano e meio, até que anunciou a sua retirada em Maio, aos 31 anos.
Nem nas gerais das grandes voltas, nem nos sprints, Katusha não se conseguiu mostrar. Nils Politt ainda se afirmou nas clássicas, mas faltou a tão necessária grande vitória para uma equipa que em 2018 só somou cinco, as mesmas que tem em 2019, com destaque para a etapa no Giro por intermédio de Zakarin, ciclista que está a caminho da CCC.
A Katusha-Alpecin não conseguiu encontrar uma nova identidade de sucesso e arrisca agora mudar por completo. José Azevedo explicou na mesma entrevista que continua a ser procurada uma solução e que, por isso, ainda não se libertou os 11 ciclistas que têm contrato para 2020: Nils Politt, Enrico Battaglin, Jenthe Biermans, Jens Debusschere, Alex Dowsett, Reto Hollenstein, Daniel Navarro, Dmitry Strakhov, Harry Tanfield, Mads Würtz Schmidt e Rick Zabel. O ainda director-geral referiu que os corredores que têm o vínculo contratual a terminar estão livres para negociar o seu futuro, entre eles os portugueses Ruben Guerreiro (poderá estar a caminho da Lotto Soudal) e José Gonçalves.
A salvação poderá ser uma fusão com uma equipa Profissional Continental. Em França chegou-se a noticiar o interesse da Arkéa-Samsic, que foi desmentido pela equipa, mas a Israel Cycling Academy estará mesmo a procurar concretizar esta solução para garantir a licença World Tour.
Quanto a Azevedo, substituiu Viacheslav Ekimov no importante cargo na Katusha-Alpecin depois de se ter destacado como director desportivo. Antes de se mudar para a então equipa russa, Azevedo conseguiu um dos feitos recentes numa grande volta, com Chris Horner. Era o director desportivo da RadioShack-Leopard quando o veteraníssimo corredor ganhou a Volta a Espanha em 2013. O americano tinha 42 anos (estava a cerca de um mês de fazer 43) e Azevedo estava a quatro dias dos 40.
»»Danke Marcel!««
»»Van der Poel é um íman de patrocinadores e deixa Katusha com futuro incerto««
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Nem nas gerais das grandes voltas, nem nos sprints, Katusha não se conseguiu mostrar. Nils Politt ainda se afirmou nas clássicas, mas faltou a tão necessária grande vitória para uma equipa que em 2018 só somou cinco, as mesmas que tem em 2019, com destaque para a etapa no Giro por intermédio de Zakarin, ciclista que está a caminho da CCC.
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Quanto a Azevedo, substituiu Viacheslav Ekimov no importante cargo na Katusha-Alpecin depois de se ter destacado como director desportivo. Antes de se mudar para a então equipa russa, Azevedo conseguiu um dos feitos recentes numa grande volta, com Chris Horner. Era o director desportivo da RadioShack-Leopard quando o veteraníssimo corredor ganhou a Volta a Espanha em 2013. O americano tinha 42 anos (estava a cerca de um mês de fazer 43) e Azevedo estava a quatro dias dos 40.
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