7 de setembro de 2019

Froome novamente operado... por corte num dedo

(Fotografia: © Team Ineos)
"Este não é o meu ano." Não é preciso acrescentar muito mais ao sentimento de Chris Froome. Agora que até estava a pedalar novamente, ainda que numa pista exterior, longe das estradas, eis que o britânico sofreu um acidente com uma faca de cozinha. Resultado? Froome teve de ser operado ao polegar esquerdo. Apesar do infortúnio, o ciclista da Ineos manteve a boa disposição ao anunciar nas redes sociais o sucedido.

Froome cortou um tendão e, por isso, teve de ser operado. Porém, não será o problema do dedo que vai atrasar o seu regresso à competição. Afinal, ainda nem se sabe quando poderá acontecer. O britânico continua a sua longa recuperação após a aparatosa queda durante o reconhecimento do contra-relógio, no Critérium du Dauphiné, em Junho. O ciclista fracturou o fémur, cotovelo, algumas costelas, sofrendo fracturas também no esterno, osso situado na parte anterior e média do tórax, e na vértebra C7.

Aos 34 anos, luta para recuperar a condição física necessária para tentar cumprir o seu principal objectivo nesta fase da carreira: a quinta vitória na Volta a França. O ciclista tem partilhado nas redes sociais a sua recuperação e mostrado como está a encarar este enorme desafio. Começou por pedalar em casa apenas com a perna boa e recentemente recebeu autorização para dar umas voltinhas na pista, mas ainda que sem esforçar em demasia.

Percebe-se porque Froome já só tem um desejo: "Não posso esperar por 2020." De facto, 2019 não está a ser nada feliz. Contudo, há que salientar a atitude do atleta, que continua motivado e empenhado em regressar, mesmo sem saber quando vai acontecer.

Entretanto vai assistindo à preparação da sua equipa para a próxima temporada, sabendo que haverá mais um reforço de peso. Richard Carapaz (Movistar), vencedor do Giro, estará na Ineos, ao lado de um Egan Bernal que, após vencer o Tour, dificilmente voltará a ser gregário.

Froome continuará a ser o capitão da Ineos, mas sabe que não terá muita margem de erro, caso não consiga recuperar o nível de antes da queda. Vive um dos maiores desafios da carreira, mas este sempre foi um ciclista que nunca baixou os braços até alcançar o que queria. Foi assim que venceu quatro Tours, duas Vueltas e aquele Giro de 2018 foi um dos maiores exemplos. Não é qualquer ciclista que anda sozinho em fuga nas montanhas durante 80 quilómetros, tendo assim ganho a corrida.


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